O Vôlei Bauru faz sua primeira partida de 2018 em casa, na Panela de Pressão, nesta terça (9/jan), às 18h30, contra o Brasília. O objetivo é manter-se no G-8 da Superliga feminina — ocupa hoje exatamente a oitava posição. Mas é possível sonhar melhor: com a sexta posição.
Explico. Terminar em oitavo significa pegar de cara o praticamente imbatível Praia Clube nas quartas — tchau, sonho da semifinal. Em sétimo, o também fortíssimo Sesc Rio. Para sonhar com uma inédita (e histórica) semifinal de Superliga, o sexto lugar colocaria as gigantes no caminho de Osasco ou Minas nos playoffs, duas equipes contra quem tiveram jogos mais parelhos nesta temporada. No popular: dá jogo.
Por que o sexto lugar é possível? Vejamos. O Vôlei Bauru tem 17 pontos. Barueri (sexto) e Pinheiros (sétimo) têm um pontinho a mais. E ainda haverá confronto direto com o Barueri. Na caminhada até o fim do returno, além desta partida contra o ex-time de Paula Pequeno (vencer ou ganhar!), faltam Sesi Santo André (3 a 0 obrigatório), depois aquela sequência complicada que, convenhamos, perder no tie-break para arrancar um pontinho já será lucro — Minas (fora), Praia (casa), Osasco (fora), Rio (casa) e Barueri (fora) —; por fim, mostrar força de quem aspira algo mais se impondo contra Valinhos e São Caetano, mesmo ambas longe de Bauru.
Nessa sequência, certamente Tifanny estará ainda mais entrosada e poderá manter a condição de maior pontuadora da Superliga — o que, obviamente, levanta mais questionamentos sobre sua presença no vôlei feminino. Mas ela está apta diante das regras estabelecidas. Ponto. Podem questionar CBV, FIVB, COI, critérios adotados para a inclusão de transexuais, mas não a jogadora — sobre sua trajetória, sugiro a leitura da entrevista que fiz para o site de Veja, que teve repercussão nacional.
Foi divulgada a tabela do Paulista de vôlei feminino 2017, que começa no próximo dia 11 de agosto, sexta-feira. O Vôlei Bauru estreia na terça, 15, às 19h, fora de casa, contra o Sesi. Mais uma vez com fórmula enxuta, o estadual terá no máximo 12 jogos para uma equipe que chegar à decisão.
Os sete clubes se enfrentam na primeira fase em turno único, que serve para o chaveamento das quartas de final entre os colocados entre segundo e sétimo — o primeiro vai direto para a semifinal. Nos mata-matas, são duas partidas, havendo set desempate (o golden set) caso cada equipe vença uma. Confira os compromissos bauruenses na primeira fase:
Data • Horário • Adversário • Local
15/ago • 19h • Sesi • Santo André
22/ago • 19h30 • Pinheiros • Panela
25/ago • 19h30 • Osasco • Osasco
30/ago • 19h • Barueri • Panela
12/set • 20h • São Caetano • São Caetano
16/set • Valinhos • Panela
Pelo terceiro ano seguido o Bauru Basket disputa a final do NBB. Mais uma vez, viu-se obrigado a buscar uma “casa” provisória para mandar os jogos decisivos, já que a Liga Nacional de Basquete exige arenas de maior capacidade para valorizar seu produto. Em 2015 e 2016, a torcida migrou para Marília. Neste 2017, Araraquara será a sede do jogo 3 da decisão e um eventual jogo 5 será em Botucatu, aumentando a saga itinerante do Dragão. Tudo isso porque o sonho de um ginásio de grande porte em Bauru segue apenas no papel…
Diante disso, o assunto novo ginásio veio novamente à tona. Lembro que questionei todos os candidatos a prefeito sobre este assunto, na bancada do Informasom da 94FM, ano passado. Todos deram respostas evasivas, de buscar recursos, blablablá. Novamente, este Canhota 10 ouviu alguns personagens-chave para viabilizar a Arena Bauru.
Roger Barude: “Temos que criar uma comissão”
Barude: na luta desde 2014
Hoje vereador pelo PPS, Roger Barude foi quem articulou, enquanto secretário de esportes no governo Rodrigo Agostinho, o que existe de concreto até agora em relação à Arena Bauru. “Fiquei um ano e meio atrás de pessoas, entidades e associações para viabilizar o projeto executivo”, lembrou Barude, que convenceu a Assenag (Associação dos Engenheiros Arquitetos e Agrônomos de Bauru) a fazer um concurso, patrocinado pela Paschoalotto (então patrocinadora máster do Bauru Basket), para viabilizar o projeto. O vencedor foi o escritório do arquiteto Carlos Ricci. “Com o projeto pronto, fui a Brasília três vezes atrás de recursos com o então ministro do esporte, George Hilton. Infelizmente, o país já dava sinais de crise e não foi possível conseguir um repasse de R$ 20 milhões para a construção”, descreveu o vereador.
O passo seguinte foi procurar a iniciativa privada. Roger reuniu-se com os empresários Walter Torre (da construtora W.Torre, que fez a arena do Palmeiras) e Roberto Graziano (notório por investir muito no Guarani de Campinas), mas não teve êxito. O que está a seu alcance, agora como vereador, é mobilizar quem pode ajudar. “Nos bastidores, conversei com vários deputados. Percebo que está faltando vontade política de todos os interessados. Não aceito dizerem que não têm recursos. Que sinalizem com alguma coisa, um valor menor… Conversei com o Gazzetta, ele tem vontade de fazer. Acho que temos que criar uma comissão e ir pra cima, avançar. É uma vergonha para Bauru não ter um ginásio, por tudo o que tem conquistado no esporte”, finalizou Barude, que é figura assídua nas partidas disputadas na Panela de Pressão.
Pedro Tobias: à disposição
Assim que o Bauru Basket conquistou a classificação para a final do NBB 9, a fanpage do deputado estadual Pedro Tobias publicou uma homenagem ao time. Não demorou para receber críticas nos comentários, que viram oportunismo do deputado, pouco notado no cenário esportivo da cidade.
Por meio de sua assessoria, ele se mostrou disposto a ajudar. “Estou à disposição das autoridades locais para discutir esse assunto e voltar à pauta essa prioridade, mas a responsabilidade primeira é do município. É preciso juntar esforços e disponibilizar recursos nos níveis local, estadual e federal”, disse. Entretanto, Tobias demonstrou desconhecimento sobre o andamento do assunto Arena Bauru: “Esse projeto não sairá do papel se a prefeitura não colocar à disposição a doação de uma área bem localizada.” Na verdade, o local já está definido: um terreno de 100 mil metros quadrados na Avenida Nações Norte, em área denominada Parque Água do Castelo.
O deputado lembrou que viabilizou, em 2002, uma verba de R$ 600 mil junto ao deputado federal José Aníbal para o início da construção de um ginásio, mas que a prefeitura da época não apresentou projeto executivo. Pudera: na época Bauru estava quebrada e com ambiente político bastante turbulento.
Em resposta aos questionamentos de bauruenses no Facebook, o parlamentar afirmou que desde 2002 nunca mais foi procurado pelas autoridades locais para falar sobre ginásio. Não concordo que alguém do quilate político dele se acomode numa posição de expectativa. Pelo menos ele se disse disposto a dialogar, mesmo não estando familiarizado com o tema. Que Gazzetta e as famosas “forças vivas” da cidade batam à porta de seu gabinete.
O prefeito Gazzetta e o deputado estadual Pedro Tobias: a cidade aguarda
Gazzetta: viabilizar até 2020
Anote a promessa aí, bauruense: o prefeito Clodoaldo Gazzetta pretende viabilizar a Arena Bauru até 2020. A princípio fora de seu plano de governo, o ginásio com capacidade para 5 mil pessoas será contemplado no Plano Plurianual (PPA), segundo a assessoria de comunicação da Prefeitura, em resposta ao Canhota 10. O PPA é o planejamento da administração municipal para os próximos quatro anos e está em fase de elaboração para envio à Câmara Municipal. Para conseguir os cerca de R$ 20 milhões, “o município vai buscar a captação de recursos, seja através de parceria público-privada (PPP), Imposto de Renda Pessoa Jurídica (lucro real) ou convênios junto às esferas estadual e federal”, prometeu Gazzetta.
Ginásio no papel
Vale recordar que a Arena Bauru teve projeto executivo aprovado em outubro de 2014 e entregue à Semel (Secretaria Municipal de Esportes e Lazer) em abril de 2015. Nesse período, houve comitivas em busca de recursos, mas no olho do furacão da crise política e econômica, o assunto esfriou. Abaixo, algumas imagens do projeto do arquiteto Carlos Ricci:
A fachada da Arena Bauru
Visão interna: projeto prevê cerca de 5 mil lugares
A semana rendeu. Em sete dias, o Genter Vôlei Bauru emplacou três vitórias seguidas, saltou para a quinta posição e o G-4 é logo ali. O triunfo da vez foi sobre o São Caetano, por categóricos 3 sets a 0 (parciais de 25 a 18, 25 a 19, 25 a 17), em 1h10min de partida, na Panela de Pressão.
Assim como contra o Fluminense, a oposta Bruna Honório foi a maior pontuadora do time, desta vez com 20 pontos! Recuperando a titularidade que foi absoluta na última temporada, a camisa 3 vive grande momento, coroado pelo troféu Viva Vôlei de melhor jogadora desta partida contra o São Caetano. Além da eficiência ofensiva, ela anotou quatro pontos de saque.
Juma e Valquíria: boas tramas ofensivas
As centrais Valquiria e Angélica também deixaram bom recado, com 12 e dez pontos, respectivamente — seis dos 12 bloqueios do time foram delas, aliás. E é sempre um deleite ver Brenda Castillo em quadra. Muita técnica, muita leitura de jogo, craque! A certa altura do terceiro set, sobrou para ela o terceiro toque, obrigação de líbero devolver à quadra adversária sem atacar. Mas a dominicana fez uma manchetinha marota, rente à rede, e as adversárias se enrolaram com a bola. Perfeita! Sem contar os levantamentos precisos.
Agora, as gigantes têm um tempinho para descanso e treinamentos: voltam à quadra somente na próxima sexta (2/dez), às 19h30, contra o Pinheiros, fora de casa.
ABRE ASPAS
Thaisinha, Valquiria e Bruna celebram mais um ponto. Fotos: Neide Carlos/Vôlei Bauru
“Faz um tempo que estou buscando melhorar. Estou muito feliz. A sombra de qualquer jogadora do elenco vai me dar um ‘up’. Mas a Mari é uma campeã olímpica e se eu bobear ela vai me ultrapassar. Então, tenho que me superar sempre”, comentou Bruna Honório à repórter Fabiola Andrade, do canal Sportv, que transmitiu a partida.
“Fiquei seis meses parada, focada na família, depois da perda do meu pai. Ainda tenho que ganhar ritmo de jogo, a Bruna está indo muito bem, o time encaixou, mas todo mundo vai ter uma oportunidade. Eu mesma posso atuar na ponta”, avaliou a oposta Mari, que entrou durante a partida.
“Nosso objetivo é somar pontos e nestes três últimos jogos somamos nove pontos, o que foi muito importante em termos de classificação para atingirmos a melhor colocação possível. O time foi muito sólido e isso foi importante. Ditamos o ritmo da partida, mas em alguns momentos tivemos dificuldades, o que também é importante para ver como o time reage diante dos problemas. Isso é construção”, avaliou o técnico Marcos Kwiek, via assessoria.
Depois de encarar três pedreiras logo de cara na Superliga, o Genter Vôlei Bauru visitou o lanterna, Valinhos Country, que mandou seu jogo na vizinha Vinhedo. Moleza? Nada. Os dois primeiros sets foram disputadíssimos e somente a partir do terceiro é que as gigantes conseguiram deslanchar. Evitando o tie break, trouxeram três importantes pontos na bagagem com a vitória por 3 sets a 1 (parciais de 26 a 28, 27 a 25, 25 a 14, 25 a 19). Foi a segunda vitória em quatro partidas — a primeira com Mari atuando pra valer.
A ponteira Thaisinha foi a maior pontuadora do jogo, anotando 30. A central Valquiria, eleita melhor em quadra, anotou 16, sendo oito de bloqueio. Destaque também para os dez pontos de Mari, que começou no banco, mas entrou no segundo set (no lugar de Rivera) e ganhou importante ritmo de jogo. Se o ataque melhorou, a parte defensiva segue bem: Brenda Castillo e Mari Cassemiro foram responsáveis por mais da metade das recepções e das defesas, com bom aproveitamento.
ABRE ASPAS
“A gente sabia que ia ser difícil. Perdemos em casa para o Rexona, então tínhamos que buscar fora. O adversário arriscou o tempo inteiro e isso é difícil. Foi uma vitória importante, mas a gente sabe que pode render muito mais. Precisávamos desses três pontos, pois sabíamos que sairíamos machucados de uma sequência contra o vice e o campeão”, comentou o técnico interino Fabiano Kwieck ao repórter Chico José (Auri-Verde/Jornada Esportiva).
PRÓXIMOS JOGOS: PROMOÇÃO
Agora, o Vôlei Bauru volta pra casa. Na próxima semana, fará dois jogos seguidos na Panela de Pressão: Fluminense (na terça, 22/nov, às 19h30) e São Caetano (quinta, 24, às 18h). Haverá venda casada de ingressos: com R$ 25 (arquibancada) ou R$ 50 (cadeira), o torcedor verá os dois jogos e ganhará um squeeze. Vendas antecipadas na Concilig, na avenida Getúlio Vargas, 3-03, das 8h às 12h (sábado) e das 8h às 18h (segunda a sexta).