Categorias
Esportes

Dois touros frente a frente

Por Renato Lopes Diniz

Tudo bem, tudo bem, eu sei que vai ficar parecendo uma publicidade gratuita à famosa marca de energéticos, mas nunca um logo publicitário foi tão preciso: os dois touros da Red Bull estão frente a frente.

Os companheiros de equipe Mark Webber e Sebastian Vettel estão liberados pela equipe – vamos chamar de outro jeito então – RBR para brigar pelo título no domingo, dia 14 de novembro, no GP de Abu Dhabi.

Quem ganha com isso? Talvez Fernando Alonso, da Ferrari. O espanhol sabe bem as consequências de uma briga fratricida – em 2007, pela McLaren, ele e Lewis Hamilton disputaram o título até a última etapa e, quem diria, acabaram deixando o campeonato nas mãos do azarão Kimi Raikkonen, então na Ferrari. Este ano, Alonso contou com o jogo de equipe a seu favor, no GP da Alemanha, em detrimento da vitória de Massa.

O duelo entre companheiros de equipe divide opiniões: a Red Bull corre o risco de deixar escapar seu primeiro título de pilotos. Por outro lado, a disputa entre parceiros de escuderia só reforça a competição esportiva, ainda mais se lembrarmos que o jogo de equipes, quando afeta um brasileiro, desperta o inconformismo nacional.

Mais do que a luta Ferrari x RBR ou Alonso x Webber x Vettel, a corrida deste domingo traz a decisão: jogo de equipe x companheiros liberados para o duelo.

• • • • • •
Por falar em 2007, não vamos nos esquecer que naquele ano o campeão foi justamente a maior zebra: Kimi Raikkonen precisava de uma combinação de resultados improváveis e foi campeão. O quarto piloto na disputa nos Emirados Árabes, Lewis Hamilton deve estar sonhando com isso. Precisa vencer e torcer para nenhum dos oponentes pontuar.

• • • • • •
Um dos maiores acertos da FIA este ano foi a pontuação farta. Agora o vencedor recebe 25 pontos, contra 18 do segundo colocado. Foi uma aposta arriscada, já que se um piloto tivesse vencido várias corridas, já na metade do campeonato conheceríamos o campeão. Por sorte, este anos RBR, McLaren e Ferrari protagonizaram um duelo “montanha-russa” com vitórias seguidas de fracassos na pista.

Renato Lopes Diniz é estudante do sexto termo de Jornalismo da Unesp e estagiário da 94FM
E-mail: renatolopesdiniz@hotmail.com
Twitter: @russologoexisto
Blog: www.russologoexisto.blogspot.com

Categorias
Esportes

O horizonte não é bom para o Brasil na Fórmula 1

Por Renato Lopes Diniz

2010 foi a primeira temporada, desde 2005, em que nenhum brasileiro venceu uma etapa da Fórmula 1. Ok, noves fora, Felipe Massa seria o vencedor na Alemanha, mas jogo de equipe é jogo de equipe, e a FIA já decidiu deixar tudo como está. Para todos os efeitos, Massa não venceu este ano. Esse diagnóstico é apenas um indício de que o Brasil, dono de oito títulos na categoria, não tem um futuro promissor a curto prazo.

De olho em uma vaga na Lotus, Bruno Senna cometeu o erro repetido de entrar na F1 pelo caminho mais fácil. Não falo de seu sobrenome, mas de sua equipe de estreia. Diferentemente da Brawn GP – campeã na estreia -, a Hispania não tinha estrutura e logo nos treinos iniciais foi fácil prever o restante da temporada: luta para completar corridas.

Lucas Di Grassi cometeu o mesmo erro, aliás, erro histórico de Enrique Bernoldi, Tarso Marques, Pedro Paulo Diniz e tantos outros – houve uma época em que era certa que uma vaga da Minardi era verde e amarela.

Felipe Massa, que deu certo, começou na mediana Sauber. Erraram por não arriscar um ano em uma equipe mediana como piloto de testes.

Rubens Barrichello corre por música. Este ano nem chegou perto de vitórias. É um grande piloto, só não vai ser campeão.

Cada vez mais o caminho do título vai ficando estreito para Felipe Massa. O problema nem é Fernando Alonso, seu companheiro de equipe – a Ferrari já optou por Massa em 2008, deixando Raikkönen, de lado. Toda temporada surge um novo adversário: antes era só Hamilton, depois Vettel, agora Webber e Button. Daqui para frente teremos Rosberg, Kubica, Sutil e muito provavelmente não irão sobrar vagas em equipes de ponta.

Renato Lopes Diniz é estudante do sexto termo de Jornalismo da Unesp e estagiário da 94FM
E-mail: renatolopesdiniz@hotmail.com
Twitter: @russologoexisto
Blog: www.russologoexisto.blogspot.com

Foto da homepage: Ferrari Media Center

Categorias
Esportes

Quartas-de-final: para os pequenos ou para os grandes?

Por Rafael Placce

No dia 30 de setembro, a Federação Paulista de Futebol (FPF) divulgou o novo formato para o Campeonato Paulista de 2011. Pela primeira vez desde 2004, a competição terá quartas-de-final.

Ao contrário dos últimos anos, quando os quatro primeiros colocados se classificavam e disputavam semifinais e finais em jogos de ida e volta, a próxima edição do Paulistão classificará os oito melhores colocados da primeira fase, que disputarão as quartas e semi em jogo único, na casa do time de melhor campanha.

O presidente da FPF, Marco Polo Del Nero, diz que a intenção é dar mais chances de título aos times do Interior. Será que é só isso?

Se, por um lado, mais times de menor porte se classificarão, por outro, a nova fórmula praticamente assegura a classificação de Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo, abrindo ainda a possibilidade dos quatro grandes pouparem jogadores durante a primeira fase e se dedicarem ao campeonato somente a partir da fase de mata-mata.

Vale lembrar que desde quando o formato com semifinais e finais foi adotado, em 2007, os quatro grandes só se classificaram juntos para a segunda fase no ano de 2009.

Del Nero tenta agradar os pequenos com uma manobra que, à primeira vista, pode parecer boa para o futebol do Interior, mas que com o tempo se mostrará excelente para os grandes. Em tempos de eleições, o presidente da Federação Paulista mostra que sabe fazer política.

Rafael Placce é estudante do 3º ano de Jornalismo, na Universidade do Sagrado Coração (USC), e escreve para o site Webesportiva
Twitter: @rafaelplacce

Categorias
Esporte de Bauru

Construir, reformar, estruturar e apoiar

Por Rafael Pavan

No ano de 2009, o esporte bauruense passou por diversos problemas de ordem estrutural. Havia praças esportivas depredadas, campos de futebol em terra batida ou parcialmente gramados (com buracos), ginásios esportivos com goteiras, sujos e, em casos mais críticos, animais defecavam sobre a quadra.

Após diversos questionamentos e cobranças por parte da população e da mídia local, algumas medidas foram tomadas por parte da prefeitura. Os campos que estavam deficientes em suas estruturas tiveram suas “maquiagens” feitas. Isso mesmo, pequena melhorias foram realizadas, como a troca de alambrado e cal demarcando mais claramente os campos. As quadras de esporte tiveram retocadas as pinturas e lâmpadas foram trocadas. Mas, infelizmente, tais medidas não foram de encontro ao verdadeiro problema.

É necessário que atitudes mais drásticas sejam tomadas, caso contrário teremos nossas praças esportivas sucateadas. A administração pública deve atuar no núcleo do problema, ou seja, adequar os espaços para a prática esportiva por parte da população, não se restringindo a torneios oficiais.

A Semel (Secretaria Municipal de Esportes e Lazer) deve sanar problemas e não adiá-los. É fato que a simples manutenção não resolve e não resolverá a situação deficiente na qual encontramos o esporte bauruense. O atleta e os cidadãos necessitam que praças esportivas passem por reformas para que crianças – como as que moram nas mediações do ginásio Raduan Trabulsi Filho e que participam de treinamentos de basquete – não tenham que se sujeitar a dividir o espaço com os pombos e a conhecida sujeira que produzem.

Não se pode deixar de sinalizar que também são necessárias medidas para o futebol amador. Jogadores atuam em campos esburacados, sujeitos a contusões. Os vestiários, sem higiene nem lâmpadas. Fora outros atletas que não têm espaço na mídia e muito menos locais para a prática esportiva com qualidade, como é o caso do atletismo – por falta de espaço e estrutura, sujeitam-se ao perigo das ruas ou treinam em pistas de areia.

Ocorre que terminamos o ano de 2009 com promessas e suposições e hoje algumas melhorias podem ser vistas e aplaudidas – com moderação.

O atual secretário de esportes, Batata, prometeu e cumpriu – em relação ao distrital Edmundo Coube,  que teve campo, arquibancadas, muros, banheiros e vestiários reformados. Acrescento apenas uma ressalva, pois o secretário de esportes  prometeu uma pista de corrida emborrachada e a que foi construída foi de asfalto mesmo. Mas é de se parabenizar a iniciativa e a conquista.

Mas, de todas as promessas e possibilidades, a que mais deve orgulhar os bauruenses é a construção da praça paradesportiva, onde deficientes físicos poderão praticar esporte. Reconheça-se que tal obra veio graças a um vereador bauruense que conseguiu levantar os recursos. Trata-se de Fábio Manfrinato, que em pouco tempo de cargo (suplente durante a licença-maternidade de Chiara Ranieri) conseguiu tal feito.

Enfim, são ações visando à melhoria das estruturas bauruenses, mas necessitamos de mais reformas, fornecer material para a prática esportiva, apoiar os atletas de representam nossa cidade país afora. Apoiar e dar estrutura para o lazer são, sim, deveres da prefeitura.

Rafael Pavan é estudante de Jornalismo da Universidade do Sagrado Coração e integrante da equipe do Jornada Esportiva

Foto da homepage, do distrital Edmundo Coube, reproduzida do site da prefeitura de Bauru

Categorias
Esportes

Vida após 11 de julho

por Danilo Dias Gatto

Até que eu tentei pensar em outro tema para este artigo. Sei lá, talvez a nova fornecedora de pneus da Fórmula 1, os bastidores dos grandes clubes brasileiros, os próximos confrontos do time de Bernardinho na Liga Mundial de vôlei… Mas não dá! Até o dia 11 de julho, data da grande finalíssima da Copa do Mundo, não há como escapar dos acontecimentos lá da África do Sul.

Muitos reclamam, especialmente aqueles que não apreciam tanto o futebol, da incessante cobertura midiática deste que é considerado o segundo maior evento esportivo do planeta, senão o primeiro, já que envolve apenas um esporte. Os Jogos Olímpicos, soberanos na proposta de unir povos em torno de modalidades praticadas nos cinco continentes, continuam a envolver o maior número de atletas, o maior número de nações participantes, o maior número de espectadores ao redor do planeta. Mas é a Copa que para o nosso país, que coloca os brasileiros em evidência na rede social que mais cresce globalmente – o Twitter – e que nos faz os melhores do mundo em algo considerado nobre.

Como acontece apenas em quadriênios, eu não poderia deixar de externar as minhas impressões desta edição do Mundial de futebol, a primeira em terras africanas: a primeira do Brasil sem o Ronaldo Fenômeno; a primeira da França, já eliminada, sem Zidane, nosso algoz; a primeira em que um anfitrião não se classifica para a segunda fase; a primeira em que a nossa Seleção se destaca mais pela defesa do que pelo ataque… Ah, a Copa do Mundo… O que será de nós, amantes do futebol, depois do seu término?

Acostumamos a ver três partidas por dia… Depois duas… O mata-mata… A decisão por pênaltis… E depois… Depois teremos que voltar a esperar incessantemente pelas quartas e domingos para ver o nosso time do coração entrar em campo em busca do topo da tabela do Brasileirão, que só revelará seu vencedor no final do ano…

Mas e a emblemática camisa canarinho? E os jogadores do nosso selecionado que nos parecem velhos conhecidos? E a saída mais cedo do trabalho? E as comemorações coletivas? O sonho do hexa? A música da Shakira? É… A eliminação do Brasil nas quartas não nos salvou da forte ressaca pós-Copa, a qual já nos acostumamos a enfrentar várias vezes! Mas vejamos pelo lado bom: o assunto Copa do Mundo não vai sair tão fácil dos holofotes, já que a próxima edição será realizada por aqui. Portanto, se você não gosta de futebol, prepare-se… A Copa do Mundo de 2014 já está aí!!!

Danilo Dias Gatto é estudante de Jornalismo da Unesp/Bauru e atualmente estagia na redação da Editora Alto Astral