Aí estão os mantos para o grande desafio — logo saberemos se, nesta sexta-feira, o azul ou o branco —, a Copa Intercontinental, contra o Real Madrid. O uniforme especial para essa disputa vem com grafismos geométricos, gola em V e a volta dos detalhes em laranja. Outra novidade é a tipologia: letras e números mais encorpados, que lembram aqueles usados por univesidades norte-americanas.
Confeccionadas pela Cambs, as camisas estão à venda (por R$ 160) por encomenda pelos seguintes canais de contato: E-mail: cambs@cambs.com.br Telefone: (34) 3223.0171
Texto publicado na edição de 20 de fevereiro de 2012 no jornal BOM DIA Bauru comemora o fato de o Noroeste voltar a jogar de camisa vermelha no Alfredão e revela detalhes dos bastidores do clube
Sempre rubro, Norusca!
A última semana foi de forte mobilização pelo uso do uniforme tradicional do Noroeste jogando no estádio Alfredo de Castilho. Começou aqui na coluna, desafiando o clube a jogar com camisa vermelha na quarta-feira, contra o Santo André. Assim foi feito, pois era questão de coerência – pois afirmavam que o branco era para enfrentar o calor e o jogo era à noite. Mas a campanha ‘Seja Rubro, Norusca!’ seguiu, no Canhota10.com e no Facebook. E para felicidade geral da nação alvirrubra, no último sábado a Maquininha foi a campo de vermelho.
O resultdo positivo se deve à adesão da torcida, com dezenas de compartilhamentos nas redes sociais e comentários como o do presidente da Sangue Rubro, Vitinho Vieira: “Noroeste é vermelho e branco, não branco e vermelho”. Deve-se também ao bom senso da pessoa no clube que decide pelo fardamento.
Ora, se o Noroeste quer resgatar sua identificação com a torcida, que comece pela roupa que usa. Em 2011, o marketing criou o projeto Primeira Pele. A pele do noroestino é vermelha! Coisa mais linda o Alfredão anteontem, arquibancada com muita gente, o time jogando com entusiasmo, o uniforme na cor certa. Não é uma fórmula tão difícil, certo?
Vigilante
O sucesso da empreitada pelo uniforme rubro – e seguiremos de olho! – nada mais é do que prestação de serviço à comunidade noroestina. Ser vigilante pelo interesse do público, que quer ver o time vestido de vermelho. Em 2010, o Canhota10.com já havia botado o dedo em outra ferida, as mal explicadas duas estrelas acima do escudo, o que forçou o clube a mudar o motivo delas. Para lembrar: constava no site oficial que cada estrela era um acesso da era Damião Garcia (2004 e 2005). Portanto, após subida no ano do centenário, seria necessário bordar a terceira, mas havia passado batido. Aí, a solução após meu questionando foi creditá-las ao título do Interior de 1943 e à Copa Federação de 2005.
Outro lado
A coluna ouviu um jogador noroestino que afirmou que realmente a camisa vermelha sob sol forte fica mais quente. Mesmo assim, segundo ele, isso “não justifica” ignorar a importância do manto para a torcida.
Sem Bauru
Os mais atentos já devem ter notado que, na camisa atual do Norusca, a palavra BAURU não consta mais sobre o escudo, o que é visualmente mais agradável, mas novamente esbarra na tradição.
Discussão
Na última reunião do Conselho Deliberativo, que empossou Toninho Gimenez como novo presidente do órgão, a dívida de cerca de R$ 6 milhões do clube com a pessoa física de Damião Garcia esquentou os ânimos dos conselheiros. O balanço financeiro de 2011 causou discórdia e não foi aprovado – lembrando que ele deve ser publicado no prazo que manda a Lei Pelé, até o último dia útil do mês de abril.
Em campo
No gramado, o Norusca vai bem. Como já disse outras vezes, tem um elemento que não se via nas temporadas anteriores: garra. E o time está tão redondo taticamente que está difícil mexer na escalação para encaixar Velicka no meio, pois Garroni é um excelente cão de guarda, França é o pulmão, Juninho é decisivo no chute de fora da área (já fez três gols) e Leandro Oliveira é o artilheiro. A equipe ainda passa sufoco, mas se garante. Venceu um confronto direto e mostrou que se impõe jogando em casa. O resultado: trouxe o torcedor de volta. A média de público é de 1.324 pagantes no Alfredão – e a olho nu parece haver muito mais.
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Camisa vermelha, calção branco e meias vermelhas. É assim que a torcida quer ver o Noroeste jogar no Alfredão”. Veja abaixo comentário deixados aqui no Canhota 10 e nas redes sociais:
“Para mim, o uniforme de um clube é o link do time com a sua história. Por esse motivo, eu nunca gostei e nunca vou gostar do uniforme oficial do Noroeste que não seja com as camisas vermelhas, calções brancos e meiões vermelho. Este é o uniforme que me fez aprender a torcer pelo Norusca na minha primeira ida ao Ubaldo Medeiros, atual Alfredo de Castilho, quando da sua inauguraçao. Nem precisou o Noroeste vencer o Palmeiras neste jogo memorável pra que eu me tornasse noroestino. O que bastou foi somente a entrada dos jogadores em campo e vindo saudar a torcida noroestina com o seu uniforme tradicional. Que imagem maravilhosa de um tempo em que o time se identificava com a torcida. Este acontecimento está guardado até hoje na minha retina. Foi sensacional.” Reynaldo Grillo
“Eu sou da velha guarda e gravei no meu subconsciente, desde 1972, essa manta alvirrubra como a principal lembrança do meu time de coração.” Marcão Shopping
“Não vejo a hora de assistir o Norusca com seu uniforme de verdade.” Fábio Campanelli
“Maquinina Vermelha. Vermelha!!!” André Luiz Pinto
“Este é meu Noroeste que me faz arrepiar, temos que voltar às origens do nosso uniforme.” José Souto
“Noroeste é vermelho e branco, não branco e vermelho.” Vitinho Vieira
Na última quarta-feira, o Noroeste foi apenas coerente, repetindo o que havia feito nos últimos jogos noturnos (contra Paulista e Oeste, na Copa Paulista, semestre passado). Valeu para instigar. Agora é pra valer: o torcedor gostou de ver seu Alvirrubro bem trajado, o Alfredão estava bonito e teve até buzinaço na saída do Alfredão – o que não era ouvido faz tempo.
Portanto, o Noroeste está desafiado a jogar de camisa vermelha, calção branco e meias vermelhas neste sábado, contra o União Barbarense. SEJA RUBRO, NORUSCA!
Noroestino, faça coro, compartilhe no Facebook, grite no Twitter, fique à vontade.
Está lançada a campanha. Por um Noroeste de camisa vermelha, calção branco e meia vermelha em jogos no Alfredão. Se o time quer resgatar sua identidade, que comece pelo seu tradicional uniforme.
(Fotomontagem de imagem reproduzida no site na fornecedora, a Nakal, com foto minha tirada no Alfredão lotado em 2007)