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Coluna da semana: entrevista com Rubén Magnano, técnico da Seleção Brasileira de basquete masculino

Depois de breve problema na hospedagem e uma virose, voltando a canhotar. A seguir, a entrevista exclusiva com Rubén Magnano, publicada na edição de 13 de junho de 2012 no jornal BOM DIA Bauru.

Fala, Magnano

Somente uma vez este espaço, predominantemente voltado para o futebol, pediu licença para falar só de basquete. Pois chegou a segunda. Afinal, não é todo dia que se fala com um campeão olímpico: Rubén Magnano, medalha de ouro treinando a Argentina, em 2004, e hoje técnico da Seleção Brasileira de basquete masculino. A coluna ouviu o comandante às vésperas da apresentação dos jogadores – a preparação para a Olimpíada começa hoje, em São Paulo. Conforme contei aqui, estou escrevendo a biografia de Larry Taylor e Magnano contribuiu com precioso depoimento sobre o novo armador brasileiro. O papo rendeu aspas que reproduzo a seguir – sobre o Alienígena rumo a Londres e também a participação de Ricardo Fischer, agora jogador do Bauru Basket, no período de treinamentos.

Larry em Londres
“Tem que trabalhar, ganhar sua vaga. Agora, tenho que ver como ele se encaixa nesse novo processo de convocação, esse novo trabalho, e avaliar isso. Acho que vai dar certo, ele tem boa condição, boa mentalidade. Vamos treinar e vamos ver.”

Estilo de jogo
“Eu não vou tirar a natureza de jogo do Larry. Ele tem que continuar jogando com naturalidade e tranquilidade, entendendo que o ímpeto ofensivo é importante, mas que o aspecto solidário do jogo é muito importante. Saber basicamente que um time nacional não é um clube. Acho que ele vai conseguir fazer isso, pois é muito inteligente, tem boa cabeça. Devo fazer minha avaliação, não é a mesma coisa jogar no clube e na seleção, pela responsabilidade, pela pressão, tudo isso vou avaliar e tomar uma decisão.”

Menos tempo em quadra
“Geralmente, um atleta acostumado a ser pontuador em seu clube não tem a mesma quantidade de arremessos, por exemplo, que tem no time. Nem tantos minutos de jogo. A ideia é que ele, na quantidade de tempo em que estiver em quadra, produza cem por cento de tudo o que faz defensiva e ofensivamente.”

Alienígena na ala
“Acho que ele pode atuar na ala, apesar de não ter tanta estatura. Mas pela força que tem, pelo arremesso, poderia fazer a posição dois eventualmente, sem dúvida. Taticamente, há muitas variáveis que posso usar. Essa é uma possibilidade.”

Gente boa
“Quando ele trabalhou comigo, na preparação para o Pré-olímpico, sem dúvida ele fez o que pedi. Aí, conheci mais de perto o Larry como indivíduo, como jogador. E fiquei impressionado com a qualidade de pessoa que ele é.”

Ricardo Fischer
“Esse garoto ganhou essa oportunidade de ser convidado para treinar com a Seleção adulta pelo seu trabalho. Pelo que vi durante a Liga, pela conversa que tive com Régis Marrelli. Minha ideia é que ele viva essa experiência para ver em que nível chegará em relação a atletas de sua posição. Com certeza, se for inteligente, vai fazer uma avaliação de onde se encontra. Por isso convoco jovens para trabalhar conosco.”

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Bauru Basket tem choque de realidade contra o Pinheiros

Jeff briga no garrafão com Fiorotto: mal fisicamente, ele foi poupado por Guerrinha de boa parte do jogo

Em fase difícil, num segundo turno ruim depois da ótima primeira metade do NBB4, o Itabom/Bauru teve um choque de realidade ao enfrentar o Pinheiros fora de casa – adversário superado no turno, na Luso. A derrota por 91 a 67 evidenciou o atual abismo entre o líder do campeonato e o combalido time bauruense, ainda sem Pilar e com Douglas Nunes fora de ritmo. Não fossem as surpreendentes atuações do ala Gaúcho (cestinha do jogo com 19 pontos) e do armador Luquinha no fim da partida – compensando o mau dia de Larry, Fischer e Jeff – o resultado poderia ter sido pior.

O momento agora é esquecer momentaneamente o NBB e fazer as pazes com o melhor jogo dos guerreiros na Liga das Américas, em Bauru, nos próximos dias 16, 17 e 18 de março. Curtirem a Panela de Pressão novinha, serem acolhidos pela torcida. É um momento único, histórico para Bauru, para o projeto da Associação Bauru Basketball Team. Que seja vivido plenamente, com a raça habitual, com aprendizado (pelo enfrentamento com argentinos e chilenos) e superação (enfrentar os atuais bicampeões brasileiros nunca é tarefa fácil).

Após a partida, o técnico Guerrinha concedeu entrevista ao repórter Chico José, do Jornada Esportiva. Pode ser uma impressão equivocada de minha parte, mas achei a voz do treinador abatida – ou foi isso ou ele contou até dez para não dar as habituais respostas em tom de irritação.

“Não fizemos uma boa partida tecnicamente em função da formação tática deles. Teríamos que ter marcado bem e feito contra-ataques. Eu não acredito em sorte ou azar. Se estamos passando por esse momento difícil, é por merecimento. Quem está aqui, está brigando. Mas a temporada foi desgastante, tivemos contusões que sobrecarregaram os outros. O bom é que o Gui e o André estão fazendo bom proveito do maior tempo de quadra que estão tendo”, declarou Guerrinha ao JE.

Sobre a Liga das Américas, o treinador do Bauru Basket espera contar com o calor da torcida, que considera a grande família do time. “Queremos contar com o apoio das pessoas que gostam da gente. A gente sabe a luta que foi trazer esse campeonato e o público de Bauru é merecedor de um campeonato desse nível”, disse.

O técnico da Seleção Brasileira, Rubén Magnano, assistiu à partida e também foi entrevistado pelo Jornada (parabéns pelo trabalho, Chico). Avisou que se Larry estiver naturalizado, certamente será convocado para os treinamentos – e a partir do desempenho na prepraração conquistará ou não sua vaga no grupo que vai à Olimpíada de Londres.

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Bauru Basket

Larry Taylor é o cara

Posando de modelo no lançamento da grife NBB

Difícil algum aficionado pelo Bauru Basket ainda não ter visto, mas não custa deixar registrado, ainda mais porque o Basketeria está fazendo um trabalho brilhante e vai dar o que falar nesse NBB 4.

É que nos últimos dias, Larry Taylor foi o cara do site, protagonizando vários posts:

• Topou bancar o repórter na festa de lançamento da competição, quando soltou a melhor das frases: “Em português, claro, sou brasileiro”, quando o presidente da Liga, Kouros Monadjemi, questionou em que idioma conversaria com o armador.

• Foi eleito pela equpe do Basketeria o melhor estrangeiro do NBB 4 (uma espécie de “ranking de expectativa”)

• Escolhido também como melhor armador

De quebra, o técnico da Seleção Brasileira, Rubén Magnano, deixou ótima pista em entrevista no dia 11 que conta com o jogador do Itabom/Bauru para a Olimpíada – e Gustavo Longo, do Bom Dia, contou que falta pouco, só a prova técnica, pois já saiu o visto permanente.

Enfim, Larry é o cara!