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Diego Kami Mura: “Noroeste está pronto fisicamente para estrear”

Em sua terceira passagem pelo Noroeste — antes, em 2009 e 2015/2016 —, o preparador físico permantente Diego Kami Mura se sente em casa. Convidado a retornar, não titubeou em romper um contrato no Japão para abraçar o projeto noroestino. Com bastante bagagem no futebol paulista (Ituano, Mirassol, Capivariano e Botafogo) e no Centro-Oeste (Rioverdense, Gama, Anapolina e Atlético Goianiense) e passagem pela Arábia Saudita (Al Tai), o profissional trouxe novos métodos e tecnologia para o dia a dia dos atletas. E está animado para a temporada 2018. No papo a seguir com o Canhota 10, garantiu que fôlego não vai faltar ao elenco alvirrubro. 

Depois de uma nova passagem pelo exterior, sentiu saudade do Norusca?
Sempre tem saudade! Sou nascido e criado em Bauru, cresci aqui dentro do Noroeste. Então, toda vez que saí pensei em voltar um dia. Facilitou minha volta o clube estar se reestruturando, se reorganizando, com essas pessoas que estão no comando. O projeto me cativou muito para retornar com minha família. Temos trabalhado bastante.”



Como foi o planejamento para o time aguentar um calendário de muitos jogos em pouco tempo? 
Eu cheguei um mês depois do início da preparação, mas falava constantemente com a comissão técnica. Em relação ao calendário, não há muito segredo, já estamos acostumados. Esse formato é idêntico ao de 2016, encurtado por causa da Olimpíada. Somente nas últimas rodadas temos semana cheia para treinar. Sempre brigamos por um calendário mais brando, mas como não muda, temos que nos adequar. Buscar um grupo homogêneo na questão física e ter rodízio, porque temos elenco para isso. Quando houver uma situação de poupar um jogador, ele vai ser poupado. Claro que com bons resultados é mais fácil fazer isso, mas o planejamento meu, do Tuca [Guimarães, técnico] e do Marcelo [Santos, auxiliar] é realmente tentar otimizar ao máximo os atletas em campo.”

É muito pouco tempo entre uma partida e outra. Tem até que dosar a intensidade dos treinamentos.
Sim. Desde a minha passagem em 2016 fazemos o trabalho com o GPS, tanto nos treinos quanto nos jogos. Com isso, dividimos o elenco em grupos para controlar a carga. Quem joga é o grupo um, que já tem uma carga e se condiciona jogando. O grupo dois é dos suplentes. Aqueles que viajam, ficam um dia e meio no hotel para entrar talvez apenas vinte minutos ou nem jogar, pois são apenas três substituições. E o grupo três é quem a princípio não vai para o jogo. Esses grupos dois e três temos mais preocupação: temos que ofertar mais treinamento para o dia em que o Tuca precisar do jogador, ele estar inteiro. Afinal, a oportunidade aparece.”

Diego Kami Mura - Noroeste
Orientando os atletas: trabalho específico e met de chegar ao ague na reta final da primeira fase. Imagens: Bruno Freitas/Noroeste

E tem alguma preparação específica para as funções em campo?
Além do trabalho geral, tem uma preparação específica de acordo com a característica de cada atleta. Dependendo da função tática, um jogador corre mais. Tem também a condição física de cada um. Então, além dos grupos, dividimos também por especificidade, para ter esse cara inteiro os noventa minutos e se recuperar de um jogo para o outro.”

A pergunta de todo torcedor, que quer fazer valer o ingresso: como esse Noroeste 2018 vai correr até o último minuto dos jogos?
O time teve um tempo bom para trabalhar e está pronto fisicamente para estrear. Aos poucos, vai evoluir para chegar no ápice do meio para o final da primeira fase e buscar a classificação tão sonhada.”