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Mais desfalcado ainda, Bauru Basket sofre contra o Pinheiros

retranca-Paulista copyOs meninos do Bauru Basket tiveram seu terceiro tijolinho colocado neste Campeonato Paulista. O mais complicado de assentar até aqui. Contra os experientes gringos Bennet e Holloway e o escolta Neto (cestinha do último NBB), era sabido que a defesa bauruense sua maior dificuldade até aqui. O que complicou mais, entretanto, foi a capacidade de atacar, sobretudo depois da contusão do armador Stefano Pierotti durante a partida. Assim, o placar de 70 a 45 para o Pinheiros, que jogou em casa, não foi assustador, se analisado o contexto.

O pequeno argentino é o único “armador puro” à disposição do técnico interino Hudson Previdelo neste momento, pois Gui Santos está contundido e Valtinho ainda está em pré-temporada. Ele sentiu uma lesão na panturrilha direita no segundo quarto da partida, o que comprometeu a construção das jogadas do Dragão — que fez um primeiro quarto parelho, 21 a 15 para os pinheirenses.

Enfim, dentro da proposta do uso do elenco sub-19 como base neste início de estadual — e ainda assim desfalcado de Gui Santos, Gabriel Jaú e Felipe Smith —, não se deve cobrar vitórias, muito menos se comover com o tamanho das derrotas. Apenas torcer para que, de fato, a molecada evolua técnica e fisicamente durante esta excelente oportunidade.

Na torcida para que não tenha sido nada com o Boludinho, que já preocupa o treinador. “Armador no basquete é uma posição que não dá pra improvisar. Então o time ficou limitado, desorganizado em quadra, não conseguiu atacar. Mas é um aprendizado. Éurgente o Stefano melhorar, senão vai ficar bem difícil. Nossa preocupação é evoluir o time, mas sem o Stefano a tendência é um placar elástico. O Valtinho não está pronto fisicamente, precisa de pelo menos mais dez dias. Temos que trabalhar para minimizar essa ausência”, lamentou Hudson Previdelo, em entrevista pós-jogo ao repórter Lucas Rocha, da Auri-Verde 760AM/Jornada Esportiva..

O próximo desafio do Bauru é outra pedreira: o Paulistano, também na capital, no sábado, 6/ago, às 18h.

NUMERALHA
Maicão: 14 pontos, 4 rebotes, 4 tocos
Eltink: 10 pontos, 8 rebotes, 3 assistências, 1 toco
Júnior: 6 pontos, 8 rebotes, 2 tocos
Henrique: 5 pontos, 5 rebotes
Renan: 3 pontos, 4 rebotes, 2 assistências
Stefano: 2 pontos, 3 rebotes, 2 assistências

 

Foto: Caio Casagrande/13 Comunicação/Bauru Basket

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Bauru 1, Pinheiros 0: mais uma noite de Robert Day

retranca-NBB“Varrer” é o termo usado no basquete quando um equipe supera a outra em playoffs sem ser derrotada. E o que o Paschoalotto Bauru já está de vassoura na mão, após abrir a série quartas de final do NBB 8 contra o Pinheiros, fora de casa, com vitória (95 a 85).

A vitória foi conquistada pela pontaria inspirada dos guerreiros, que converteram 17 bolas de três pontos, com um aproveitamento impressionante de 47,2% no quesito — o ala Robert Day guardou seis dos sete triplos tentados!

Vale aqui também resgatar o texto anterior, que comparava as médias do Dragão na temporada regular deste NBB com o anterior, sob o argumento de que há números a perseguir. Já melhorou. A atuação dessa noite no ginásio do Pinheiros foi superior em muitos fundamentos:

NBB 8 PTS %3pt %2pt %LL REB AST RB
Temp. regular 86,3 38,9% 55,9% 76,7% 34,6 17,7 6,3
BBT95x85PIN 95 47,2% 55,2% 92,3% 34 26 7

 

Importante destacar também a atuação de Paulinho Boracini. Paira sobre ele a maior das cobranças. Menos pela responsabilidade de assumir o papel de Ricardo, mais pelo seu desempenho até aqui. Para começo de conversa, seu escaute nos 27min em quadra são animadores. Vejamos como se comportará diante da exigente torcida bauruense — sobretudo a das cadeiras.

O Paschoalotto Bauru volta a enfrentaro Pinheiros na sexta-feira (22/abr), às 19h, e no domingão (24), às 12h30, ambos na Panela de Pressão, esse controverso ginásio.

ABRE ASPAS
“Estou feliz com a vitória. O resultado é muito importante para a sequência dos playoffs. Mas, perdemos um pouco o foco no segundo quarto e precisamos jogar focados o tempo todo nessa fase decisiva. Temos que melhorar esses pontos para o próximos jogos”, alertou Roberdei, via assessoria.

NUMERALHA
#ficaDay: 24 pontos, 4 rebotes, 4 assistências, 2 roubos de bola
Hett: 17 pontos, 2 rebotes, 2 assistências
Jé: 14 pontos, 7 rebotes, 3 assistências
Magic Paulo: 13 pontos, 4 rebotes, 4 assistências
Brabo: 11 pontos, 2 rebotes, 6 assistências
Murilaço: 10 pontos, 2 rebotes
Sena: 4 pontos, 2 rebotes
Meindl: 2 pontos, 5 rebotes, 5 assistências
Gui Santos: 1 rebote, 2 assistências

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Foto: Caio Casagrande/13 Comunicação/Bauru Basket

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Bauru Basket tem choque de realidade contra o Pinheiros

Jeff briga no garrafão com Fiorotto: mal fisicamente, ele foi poupado por Guerrinha de boa parte do jogo

Em fase difícil, num segundo turno ruim depois da ótima primeira metade do NBB4, o Itabom/Bauru teve um choque de realidade ao enfrentar o Pinheiros fora de casa – adversário superado no turno, na Luso. A derrota por 91 a 67 evidenciou o atual abismo entre o líder do campeonato e o combalido time bauruense, ainda sem Pilar e com Douglas Nunes fora de ritmo. Não fossem as surpreendentes atuações do ala Gaúcho (cestinha do jogo com 19 pontos) e do armador Luquinha no fim da partida – compensando o mau dia de Larry, Fischer e Jeff – o resultado poderia ter sido pior.

O momento agora é esquecer momentaneamente o NBB e fazer as pazes com o melhor jogo dos guerreiros na Liga das Américas, em Bauru, nos próximos dias 16, 17 e 18 de março. Curtirem a Panela de Pressão novinha, serem acolhidos pela torcida. É um momento único, histórico para Bauru, para o projeto da Associação Bauru Basketball Team. Que seja vivido plenamente, com a raça habitual, com aprendizado (pelo enfrentamento com argentinos e chilenos) e superação (enfrentar os atuais bicampeões brasileiros nunca é tarefa fácil).

Após a partida, o técnico Guerrinha concedeu entrevista ao repórter Chico José, do Jornada Esportiva. Pode ser uma impressão equivocada de minha parte, mas achei a voz do treinador abatida – ou foi isso ou ele contou até dez para não dar as habituais respostas em tom de irritação.

“Não fizemos uma boa partida tecnicamente em função da formação tática deles. Teríamos que ter marcado bem e feito contra-ataques. Eu não acredito em sorte ou azar. Se estamos passando por esse momento difícil, é por merecimento. Quem está aqui, está brigando. Mas a temporada foi desgastante, tivemos contusões que sobrecarregaram os outros. O bom é que o Gui e o André estão fazendo bom proveito do maior tempo de quadra que estão tendo”, declarou Guerrinha ao JE.

Sobre a Liga das Américas, o treinador do Bauru Basket espera contar com o calor da torcida, que considera a grande família do time. “Queremos contar com o apoio das pessoas que gostam da gente. A gente sabe a luta que foi trazer esse campeonato e o público de Bauru é merecedor de um campeonato desse nível”, disse.

O técnico da Seleção Brasileira, Rubén Magnano, assistiu à partida e também foi entrevistado pelo Jornada (parabéns pelo trabalho, Chico). Avisou que se Larry estiver naturalizado, certamente será convocado para os treinamentos – e a partir do desempenho na prepraração conquistará ou não sua vaga no grupo que vai à Olimpíada de Londres.

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Os melhores do NBB 3

Recebi na quinta-feira (12/5) o convite para participar da votação dos melhores do Novo Basquete Brasil 3 e, de prima, enviei meus indicados.

O júri dos destaques do NBB 3, eleição promovida pela Liga Nacional de Basquete, é formado pelos técnicos e assistentes de todas as equipes, personalidades do basquete e membros da imprensa especializada (é aí que eu entro).

Agradeço o convite. Abaixo, os votos do Canhota 10, comentados:

Armador: LARRY TAYLOR (Itabom/Bauru)
O Alienígena não esteve na sua mais brilhante temporada, mas certamente na mais madura, em que se tornou mais solidário – até porque o time de Bauru, mais qualificado, passou a depender um pouco menos dele. E, como sempre, os amantes do basquete vibraram com suas jogadas mágicas. Larry protagonizou os dois lances mais bonitos do NBB 3: a rebodunk contra Franca e a enterrada-show no Jogo das Estrelas.

Ala: MARCELINHO (Flamengo)
Por mais marrento e intocável que seja, impossível deixar o camisa 4 rubro-negro de fora. Experiente, Marcelinho não se desconcentra da partida, não dá a mínima para provocações de torcedores e tem uma precisão impressionante em seus chutes. Mas espero que tenha consciência de sua importância para o basquete e deixe de protagonizar cenas lamentáveis – invariavelmente as confusões começam com chiliques dele.

Ala: SHAMELL (Pinheiros/Sky)
Outro norte-americano que oscila entre a eficiência e o estilo showman. Como Larry, às vezes peca em momentos decisivos, mas só erra quem tenta e eles não fogem de suas responsabilidades. “Brasileiríssimo”, o carismático ala também é admirado por outras torcidas e foi um dos grandes responsáveis pela grande campanha do Pinheiros.

Pivô: GIOVANNONI (Uniceub/BRB/Brasília)
O cara é completo. Bom reboteiros, exímio chutador e jogador que se impõe na quadra. Sua experência com a Seleção e no basquete europeu está evidente em seu comportamento durante uma partida. Quando torcedores sonham com um reforço de peso, é sempre um dos primeiros a ser lembrado.
Também votei em Giovannoni como MELHOR JOGADOR DA TEMPORADA

Pivô: DOUGLAS NUNES (Itabom/Bauru)
Tivesse menos de 21 anos, também mereceria o troféu de revelação – e confesso que não votei nele como ‘Jogador que mais evoluiu’ para não ser bauruense demais nos votos! Douglas personificou a alma guerreira do time e rapidamente passou de promessa a selecionável, como parte da crônica já requisita uma Amarelinha para ele. Seus chutes de três na hora certa foram fundamentais. Falta evoluir na defesa, como o próprio Guerrinha diagnosticou.

Sexto homem: BENITE (Vivo/Franca)
Revelação (sub-21): BENITE (Vivo/Franca)
Jogador que mais evoluiu: BENITE (Vivo/Franca)
O menino de Franca correspondeu às expectativas lançadas sobre ele antes do início do NBB 3. Rápido e habilidoso, fez 24 pontos na partida que eliminou o Flamengo nas semifinais. Até o final dessa fase, tinha boa média de 14,8 pontos por partida e aproveitamento de 53,4% em seus arremessos. Vai longe.

Melhor defensor: OLIVINHA (Pinheiros/Sky)
Nada mais justo do que o melhor reboteiro (8,61 por jogo). De quebra, é o segundo jogador mais eficiente do NBB 3 (dados até o fim das semifinais).

Técnico da temporada: GUERRINHA (Itabom/Bauru)
Parece um voto caseiro, mas não é. Aqui pedi ajuda ao meu amigo Oswaldo Thompson, expert no assunto, para encontrar o melhor critério. “Pegue um time inferior no papel que chegou longe”. Isto é, um treinador que explorou bastante o potencial de cada jogador. Aí, ficou fácil. O 12º elenco em orçamento terminou o campeonato em quinto.

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Bauru Basket cochila e Shamell decide

Líder do campeonato vira jogo após estar perdendo por 17 pontos de diferença

Larry x Shamell: ala do Pinheiros levou a melhor. Foto de Sergio Domingues/HDR Photo/NBB (inclusive home)

Por uma meia dúzia de vezes neste Novo Basquete Brasil 3, eu já me perguntei: “Como é que Bauru conseguiu perder esse jogo?!”. Ao fechar o primeiro tempo com 12 pontos à frente sobre o líder do NBB, Pinheiros, o Itabom/Bauru parecia galopar rumo a sua décima vitória – chegou a abrir 17. Mas, a diferença se foi no terceiro quarto e os paulistanos só não viraram nesse período porque Larry estava inspirado, praticamente jogando sozinho. A partida terminou 94 a 89 para Pinheiros.

O duelo dos melhores estrangeiros do NBB, aliás, foi um show à parte. E o ala Shamell, 33 pontos, levou a melhor. Chamou o jogo para si e conduziu o Pinheiros a sua 12ª vitória. Larry (22 pontos), mais uma vez, falhou em bolas decisivas no último quarto – mais do que uma crítica, é uma constatação de que ele chama a responsabilidade.

A série de cinco jogos em casa – o sexto mudou-se para Assis, nesta sexta (11/2) – acabou. E foram apenas três vitórias (Vila Velha, Vitória e Joinville). Limeira e Pinheiros levaram a melhor no ginásio da Luso. Mesmo fora, bater o Paulistano é praticamente uma obrigação para as pretensões bauruenses, o que renderia apenas 50% de aproveitamento nessas partidas, o que atrapalha a tentativa de ficar entre os quatro primeiros – ficar entre os oito já parece líquido e certo, não é mais um desafio.

O terceiro quarto
“É no terceiro quarto que se ganha jogo!” bradou Guerrinha, logo após o intervalo. O comandante novamente criticou as famosas “jogadas de NBA” (como se refere a lances de efeito) sem ninguém no rebote. Pinheiros começou 12 pontos atrás e terminou empatado – venceu o período por 31 a 19.

Os rebotes, aliás, fizeram a diferença. Enquanto Pinheiros pegou 26 (12 de Olivinha, duplo-duplo com 17 pontos), o Itabom/Bauru, apenas 17. Jeff, referência do time, ficou apenas 22 minutos e quadra e só pegou seis rebotes. O que há com o camisa 11? Opção tática, cansaço, músculos poupados? Na derrota para Limeira, a torcida chiou por Guerrinha ter deixado o norte-americano no banco em momentos decisivos.

Enfim, uma jornada infeliz do Itabom/Bauru. Mais uma. Mas, é bom reconhecer também que não necessariamente o time bauruense perdeu. Foi o Pinheiros, líder do NBB, quem impôs seu jogo na hora certa.