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Bauru campeão do NBB 9: quando ser teimoso vale a pena

bauru-campeao-retranca(Direto de Araraquara) Podemos dizer, sem medo, que o Bauru campeão do NBB 9 é fruto de muita teimosia. E nem falo dos dois vice-campeonatos nacionais. Esta temporada 2016/2017 em nada se compara com as anteriores e estar na decisão nem era uma expectativa inicial para quem acabava de perder significativo aporte financeiro. O elenco estava mais enxuto, com salários menores e diante de uma torcida que não estava preparada para se desacostumar do pódio.

Daí a primeira teimosia que deu resultado: mesmo diante de tanta chiadeira, o Bauru Basket escalou a molecada, apanhou muito na primeira fase do Campeonato Paulista. À época, escrevi: “goste o torcedor ou não, o recado da Associação é muito claro quanto a isso. O estadual é mesmo o ponto de sacrifício visando fôlego até o fim do NBB.” E não foi só fôlego em quadra… Deixar reforço esperando em casa para começar a treinar, porque o mês não havia virado, foi sacrifício financeiro. E durante todos esses meses a conta custou a fechar.

Mesmo sem esse foco, veio mais uma final, a sétima seguida (descontando o WO no Paulista 2015). Era a vez de Mogi e o vice estadual ficou de bom tamanho. Inclusive para fazer um balanço da fragilidade do elenco e mexer as peças com a bola em jogo. O gringo Roy Booker, mesmo com aceitáveis 10,2 pontos de média em 18min, teve que sair do orçamento para o Dragão aproveitar a oportunidade criada pelo desmanche de Rio Claro. Vieram Gui e Gegê, a diretoria teve que aguentar mais uma bronca pesada — eu mesmo via Gegê com desconfiança. Apostaram na importância dessa dupla para a caminhada, um final que agora sabemos.

Bauru campeão: Gegê e Gui
Gegê e Gui: as peças que completaram o tabuleiro de Demétrius

Veio o NBB, uma campanha vacilante, contusões de Alex e Léo Meindl logo de cara, derrotas categóricas para Minas e Brasília, na Panela, às vésperas do Natal. As trombetas se voltaram para Demétrius. Coisa da nossa cultura, que precisa personificar um culpado. Ele seguiu firme, teimoso, manteve a programação: vão todos descansar, como estava planejado, e voltem revigorados.

Plano de voo sujeito a novas escalas, como a dupla rio-clarense e, mais tarde, a saída de Hettsheimeir. Fodeu. Já era. Adeus, NBB. Vamos depender do Shilton? Foram essas muitas das reações. O que Dema fez? Pegou a prancheta, apagou tudo e rabiscou de novo. Reinventou o time a partir da defesa. Sua tabela foi a menos vazada desde então.

Bauru campeão: Demétrius
Dema, triunfante: chegou a vez dele

Àquela altura, esse trechinho do Canhota 10: “como esta nona edição do Novo Basquete Brasil está maluca (um perde-ganha sem precedentes), o Dragão pode sim continuar sonhando com o título. Seria difícil antes, continuará difícil agora. Pode sonhar, não delirar. Mas quando vemos que o bicho-papão Flamengo mostrou suas fraquezas, que Mogi ainda não se encontrou e até o arretado Vitória, quem diria, já figura no G-4… Portanto, a briga está aberta, mesmo sem Hettsheimeir” (em 27/jan).

Seis vitórias seguidas (sofrendo menos de 70 pontos), confiança de volta e a zona de conforto dá aquela rasteira: a derrota para o Caxias, que custou o G-4… Para uma temporada arrastada na humildade, nada mal encarar o modesto Macaé antes de medir forças com o favorito Brasília. E perder na Panela. E começar a saga de viradas que não parou mais.

Veio o Pinheiros, a bandeirinha, o Paulistano, o “mal podemos esperar”. Se serviu de combustível para os jogadores, se a torcida entrou na paranoia do favorecimento, são apenas mais dois elementos desse NBB que testou a lógica. Ou o que se imaginava lógico. Porque é lógico que quem tem Alex Garcia não desiste de um troféu até que o quinto jogo se resolva. É lógico que a Liga não teria preferência por um clube de pequena torcida em detrimento dessa pulsante galera bauruense que ignora quilometragem. Nem o contrário. Porque a LNB é a unidade dos clubes! Agremiações que reergueram, juntas, o basquete brasileiro. É preciso fazer esse parêntese, sim, porque baixada a poeira é hora de o torcedor compreender algo tão óbvio para valorizar o produto que acaba de conquistar.

Bauru campeão: torcida em Araraquara
Os corações bauruenses: fundamentais na arrancada para o título

Este jogo 5, esse inapelável 92 a 73 sobre o valoroso Paulistano, já está descrito por esse mundão digital — prometo publicar entrevistas com os campeões no próximo post. Mas eu precisava falar sobre gente teimosa. Que não desiste depois de uma derrota, nem de duas — e que não desista de querer um ginásio… Que já tinha conquistado a América, mas queria mesmo é ter o Brasil a seus pés.

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Bauru 2, Paulistano 2: na bola e na garganta #finaisNBB

retranca-bauru-basket(Direto do Parque São Jorge) A série das #finaisNBB vai ter jogo 5, amigos. Pela terceira vez neste NBB 9, o Gocil Bauru reagiu ao início com derrota nos playoffs. Foi assim contra o Brasília, o Pinheiros e agora contra o Paulistano, derrotado por 81 a 64 no ginásio Wlamir Marques, em São Paulo.

O mandante era o Paulistano, mas a bela casa corintiana foi tomada pelo grito dos bauruenses. Quinhentas pessoas fizeram mais barulho do que uma fatia nove vezes maior — o público divulgado foi de mais de 5.200 pessoas. O Paulistano tentou ao máximo restringir os ingressos aos visitantes e agora entende-se por quê.

#finaisNBB Alex Garcia
Alex Garcia comandou a vitória bauruense

Os sócios do clube dos Jardins foram privilegiar o momento, mas a maioria deles não tinha nem familiaridade com o time, tampouco perfil de incentivar o tempo inteiro. O animador tentou, tentou, mas o time alvirrubro perdeu duas vezes: na bola e na garganta. Os torcedores de vermelho assistiram ao show que a galera sem limites proporcionou. Certamente, todo mundo rouco no busão, no vitorioso retorno.

Na quadra, o Dragão sentiu essa energia, encaixou a defesa, acertou a mão e se impôs sobre os jovens do Paulistano, com o peso da responsabilidade de fechar a série. A lamentar, a contusão do ala Lucas Dias. Por mais que seu desfalque enfraqueça o adversário, ele era uma das estrelas desta decisão, vivendo um momento grandioso na carreira — e a dor de um atleta nunca pode ser celebrada.

#finaisNBB Gui Deodato
Gui: tarde monstruosa

O uniforme negro passeou pela quadra corintiana. Polêmica à parte, o fardamento ficou lindo demais. Agora, todo mundo para Araraquara (sábado que vem, às 14h30). Sim, era para ser Botucatu, mas o Gigantão agradou tanto que a diretoria bauruense conseguiu convencer a prefeitura araraquarense a privilegiar o jogo 5 em detrimento de um grande evento universitário — o contrato com o Juca (Jogos Universitários de Comunicação e Artes) não estava assinado, daí a brecha.

E lá não serão quinhentos. Mas se esses quinhentos que estiveram em São Paulo estiverem lá… O que fizeram foi de arrepiar. Alex Garcia foi cestinha, Valtinho gastou toda sua experiência, Gui Deodato arrebentou, mas os craques do jogo estavam nas arquibancadas.

Numeralha

Brabo: 24 pontos, 8 rebotes, 5 assistências, 4 roubos
Batman: 22 pontos, 6 rebotes
Jé: 13 pontos, 6 rebotes
Meindl: 7 pontos, 3 rebotes, 3 assistências
Shiltão: 6 pontos, 4 rebotes
Maestro Valter: 4 pontos, 3 rebotes, 3 assistências
Gegê: 3 pontos, 2 rebotes, 4 assistências
Jaú: 2 pontos, 3 rebotes

Abre aspas

Jefferson comenta a vitória e a cabeça fria para o jogo 5

 

Valtinho, o interminável, feliz da vida!

 

Dema, desculpa te fazer chorar…

 

Palhinha da rainha Hortência:

 

Fotos: Caio Casagrande/Bauru Basket

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Bauru 0, Paulistano 1: tropeço com recado

retranca-bauru-basketSe o Pinheiros, altamente dependente de dois gringos, deu aquele trabalho danado, já era imaginável que contra o Paulistano, focado num jogo mais coletivo, seria ainda mais difícil para o Gocil Bauru. Sobretudo no acanhado ginásio do clube da capital, numa temporada em que finalmente ganhou engajamento de sua torcida.

Se havia alguma zona de conforto para os comandados de Gustavo de Conti era esse jogo 1, vencido por 82 a 78. Foi uma tarde muito ruim do Dragão, mas que deixou um importante recado, ao reagir no último período e 18 pontos de vantagem. Por pouco o jovem elenco alvirrubro deixa escapar a vitória. Sinal de que a experiência bauruense pode pesar sim no decorrer da série.

Sem Valtinho (contundido e lutando para estar no jogo 2) e com Gegê pendurado em faltas logo de cara, Demétrius não temeu colocar o jovem Stefano no jogo. A joia argentina atuou por 10min e permitiu que Gegê descansasse para ajudar nos minutos derradeiros (com dois triplos e toda sua experiência em finais).

Alex Garcia puxou a reação no último quarto, quando marcou nove pontos
Alex Garcia puxou a reação no último quarto, quando marcou nove pontos

Houve momentos também em que o treinador manteve um quinteto sem armador puro. Todo esse improviso forçado acabou por comprometer a atuação ofensiva do time.  Some a isso o domínio do Paulistano no aproveitamento nos triplos (35% a 22%) e a atuação de gala do menino Yago e a derrota está explicada.

Para um time que virou contra Brasília, nas quartas, e Pinheiros, na semi, cada guerreiro sabe que ainda há muita bola pra quicar.

O jogo 2 acontece na próxima sexta (2/jun), na Panela, seguido do terceiro duelo em Araraquara, no domingo. Amanhã (28/mai), o Bauru Basket divulga a dinâmica da venda de ingressos.

Abre aspas

Declarações colhidas pelo repórter Lucas Rocha, da rádio Auri-Verde, na zona mista pós-jogo. Fica aqui, aliás, a solidariedade à equipe Jornada Esportiva, ao Rafa, por mais uma vez terem condições de trabalho precárias numa decisão — isso depois de, como sempre, roerem o osso durante toda a temporada.

“Não podemos deixar o ataque deles jogar confortável. Quando apertamos a defesa, melhoramos. Se tivéssemos um pouco mais de tranquilidade, poderíamos ter vencido o jogo”, diagnosticou o capitão Alex Garcia.

“Geralmente, quando a gente não joga bem no terceiro quarto, a gente não ganha. Temos que focar nos rebotes defensivos, em que não fomos bem hoje. A gente sabe do potencial ofensivo da nossa equipe e um time que quer ser campeão não pode tomar tantos pontos num quarto”, disse Léo Meindl.

“Demoramos pra entrar no jogo, cometemos muitos erros defensivos, principalmente no rebote. Mas precisamos analisar os dois lados: o que aconteceu para o Paulistano abrir e o que fizemos para recuperar e terminar o jogo de uma maneira mais digna”, avaliou o técnico Demétrius.

Numeralha

Meindl: 18 pontos, 8 rebotes
Alex: 18 pontos, 6 rebotes, 5 assistências
Jefferson: 18 pontos, 5 rebotes
Gegê: 9 pontos, 5 rebotes, 3 assistências, 2 roubos
Gui: 7 pontos, 3 rebotes
Shilton: 6 pontos, 4 rebotes
Jaú: 2 pontos, 7 rebotes

 

Fotos: Caio Casagrande/Bauru Basket

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Bauru na final do NBB 9: quem diria? Os números!

retranca-bauru-basketDe fato, e nem o mais otimista dos bauruenses negaria, estar na final do NBB 9 era uma possibilidade remota no galope desta temporada. Da incerteza do patrocínio à saída de importantes jogadores, passando por contusões e dificuldades financeiras, chegar à semifinal já havia sido uma façanha. Ironicamente, entretanto, o Gocil Bauru Basket apropriou-se da famosa frase atribuída ao Flamengo: deixaram chegar…

Caíram os atuais tetracampeões, Mogi (campeão paulista e sul-americano), Franca (grata surpresa no G-4). E coube ao próprio Dragão tirar outro elenco qualificado, Brasília, numa senhora virada nas quartas. E, de repente, o azarão virou favorito. O quinto colocado virou melhor campanha e ninguém tem Alex Garcia ou Jefferson William. Surpreendido no início da série contra o Pinheiros, Bauru recobrou toda sua experiência e se fortaleceu.

Diante de tudo isso, podemos sim soltar um “quem diria?” Mas só por um instante de orgulho pela superação desse time. Pelo osso roído por Shilton, pelo sacrifício de Valtinho, o crescimento de Léo Meindl e o estouro de Jaú.

No instante seguinte, a constatação: o Bauru Basket é gigante da modalidade não é de hoje! Conforme postei na fanpage, são NOVE FINAIS desde 2013 e top 4 em doze das treze últimas competições. Tudo isso com mudanças na diretoria, na comissão técnica, no elenco. Os nomes se alternam, a tradição se alicerça.

 

Tem mais: os números do NBB 9 também são significativos. MELHOR DEFESA, terceiro melhor ataque, segundo time reboteiro, quarto aproveitamento nos triplos, quarta melhor eficiência.

Ontem foi daqueles dias de o torcedor lavar a alma, orgulhar-se do peso que a camisa bauruense tem — que entortou o varal mesmo, porque, euforia à parte, o time jogou mal, amassou o aro no primeiro quarto… Ganhou porque sobra experiência — Alex vai para sua SÉTIMA FINAL em nove edições!

O Pinheiros acusou o golpe já no jogo 3, naquele segundo tempo desmoralizador. Foi às cordas no jogo 4, em casa, e chegou à Panela cambaleando. Apesar do placar apertado (venceu três quartos), não foi sombra daquele time que derrubou o Flamengo e assustou Bauru no início do playoff. Voltou a ser dependente de dois gringos devidamente anulados — o segredo da classificação, aliás.

Recompensa

Duas passagens resumem essa épica classificação. Quando o filho de Shilton chorou ao final do jogo 2 e o pai enfatizou que não havia nada perdido (aúdio do Shiltão neste texto aqui); e o abraço de Jefferson William em Valtinho. “Você é f…, jogou como eu sempre quis que jogasse, pois é merecedor”, algo assim disse o Jé ao Maestro. O camisa 9, com um currículo quilométrico, emocionado por ainda ter a oportunidade de viver (e converter) uma responsa daquelas, fazendo a bola do jogo. Com o acréscimo dramático de ter jogado no sacrifício, a coxa esquerda em frangalhos — que aliás coloca em dúvida sua participação na decisão, aguardemos os exames.

Bola de três de Valtinho colocou Bauru na final do NBB 9
Bola de três de Valtinho colocou Bauru na final do NBB 9

Segue o jogo…

Estou saindo da Panela e deparo-me com uma cena singela. Holloway, de chinelos, mas ainda de uniforme, acaricia um cachorro (dos muitos que perambulam pelo complexo noroestino) antes de entrar no ônibus. Dentro do cenário esportivo de guerra lúdica, ele foi o vilão, provocou e foi provocado. E até por isso esse baita jogador engrandeceu a série. Refeitos da adrenalina, seguimos em frente. E deixo aqui uma abraço ao pivô Mathias, o rei dos tocos, certamente triste pela derrota, por seu desempenho, mas sempre de cabeça erguida. No meio de tanta alegria, a torcida bauruense certamente reservou uma pontinha de carinho pela tristeza de um de seus egressos.

Final do NBB, agende-se

Se foi difícil contra o Pinheiros, espere por um adversário ainda mais qualificado, com jogo mais coletivo, uma molecada boa de bola, muito fôlego, muita marra (o duelo de nervos tem que envolver minar a falação de Gustavinho ao pé do ouvido da arbitragem). Abaixo, as datas. Bauru vai mandar jogos 3 e 5 (se necessário) em Araraquara ou Botucatu. A primeira leva vantagem pelo ginásio em si (o belo Gigantão), Botucatu pela logística. Já o Paulistano, se houver jogo 4, deverá indicar o ginásio Wlamir Marques, do Corinthians — ótima escolha (cerca de 6 mil lugares), pois o Ibirapuera seria um mico danado.

final-do-NBB-datas

Abre aspas

A seguir, áudios de algumas conversas no calor da classificação.

Dema:

 

Meindl:

 

Maestro Valter:

 

Alex Senhor NBB Garcia:

 

Fotos: Caio Casagrande/Bauru Basket

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Pra não esquecer: Gocil Bauru sofre dura derrota para o Paulistano

retranca-bauru-basketEu já escrevi isso outras vezes: é um jogo para se lembrar. Certamente, menos do que gastam o clichê “uma noite para esquecer”. Tem é que lembrar, rever os erros, atacá-los, ter a consciência de que mesmo a ausência de dois titulares (os alas Alex Garcia e Léo Meindl, contundidos durante a partida) não pode ser suficiente para explicar uma derrota tão categórica. O Paulistano bateu o Gocil Bauru Basket por inapeláveis 90 a 66.

Parêntese: o Brabo sentiu um incômodo no pé direito no primeiro minuto da partida; Meindl sofreu um entorse no tornozelo direito. Eles serão avaliados nesta quinta-feira, em Bauru.

Justo na noite em que o time acertou todos os lances-livres que tentou (13), o jogo interno não funcionou. Foram apenas 27 pontos tentados na zona de dois pontos e incríveis 37% de aproveitamento… Sintoma dessa noite infeliz: apenas seis pontos de Hettsheimeir, Jefferson pontuou apenas nos triplos e Shilton e Maicão saíram zerados. Gui Deodato destoou, provando seu novo momento nessa segunda passagem pelo Dragão, buscando protagonismo. Valtinho também acumulou números honestos.

A sacudida na poeira será na marra mesmo: Bauru visita a Liga Sorocabana na sexta (18/nov), às 20h. E a LSB, nesta mesma quarta-feira, superou Franca por 87 a 66 (!) jogando em casa. Barbas de molho, desde já. Este NBB 9, aliás, será de muitos times cascudos atuando em casa. Quem for a Salvador achando que vai bater o Vitória, por exemplo, vai ter que suar muito!

Então, guerreiros, hora de muita conversa, treino dobrado, porque o NBB já começou.

ABRE ASPAS

“É pra gente lembrar desse jogo, ver o que a gente está errando e evoluir. [Alex e Meindl] são dois jogadores titulares da equipe que fizeram muita falta para nós”, disse o ala-pivô Jefferson William, em entrevista ao repórter Chico José (Auri-Verde 760AM/Jornada Esportiva).

Gui: boa atuação destoou
Gui: boa atuação destoou

“Infelizmente, ficamos devendo fisicamente, foi o que fez a diferença. Faltou disposição, correr mais. Tomar 22, 23 pontos no quarto é muito. Sentimos sim a falta do Alex e do Léo, mas se nosso time jogasse um pouco mais fisicamente, ganharia o jogo. O Paulistano teve mérito, agora vamos seguir nossa caminhada. Eu estou treinando, vou dar meu melhor para Bauru, seja fazendo 21 pontos ou zerando e defendo uma bola importante”, falou o ala Gui Deodato.

“É uma derrota que não estava prevista, difícil de digerir. Temos que juntar tudo o que aconteceu nesse jogo, ver as condições dos jogadores que se lesionaram e fazer uma análise muito fria para já reverter na sexta-feira uma situação que incomoda a gente. O resultado fala mais do que eu: o time se abalou, sentiu, sabe que são dois jogadores de confiança, mas não podemos ficar lamentando isso. Temos que assumir os erros, melhorar, não adianta ficar lamentando”, comentou o técnico Demétrius Ferracciú, com voz nitidamente abatida, mas com análise lúcida, sem chorumelas.

“Foi um lance diferente, eu estava com os dois pés no chão, e senti uma dor estranha no pé. Vamos fazer exame amanhã cedo para ver se tem alguma lesão para já tomar providências para a recuperação”, relatou o contundido Alex Garcia.

“O pé inchou um pouco, eu pisei no pé do menino do Paulistano. Mas acho que não vai ser nada muito grave e logo estou e volta. Derrotas assim não podem acontecer, mas são acasos do basquete. Agora é treinar e correr atrás”, disse o ala Léo Meindl, outro a princípio de molho.

NUMERALHA

Gui Deodato: 21 pontos, 7 rebotes, 2 tocos
Valtinho: 10 pontos, 7 rebotes, 5 assistências
Jefferson: 9 pontos, 3 rebotes, 2 assistências
Gegê: 9 pontos, 2 rebotes, 3 assistências
Hettsheimeir: 7 pontinhos, 8 rebotes, 2 roubos
Gui Santos: 6 pontos, 2 rebotes, 1 assistência
Léo Meindl: 4 pontos
Shilton: 6 rebotes
Maicão: 3 rebotes
Stéfano: 1 assistência

 

Fotos: Caio Casagrande/13 Comunicação/Bauru Basket