Diretoria da Paschoalotto, do Bauru Basket e da LNB presente, com Guerrinha, na coletiva de anúncio do acordo – foto reproduzida do Facebook de Alexandre Alves, assessor de comunicação do Grupo NP
Pronto. Só sorrisos, nada de temor, o basquete de Bauru vai seguir firme e forte. Na verdade, desde o anúncio da saída da Itabom, não senti clima de pessimismo no contato com diretores. Pelo contrário: ninguém falava na condicional sobre a próxima temporada – a permanência era certa. Restava saber como. E a resposta veio de forma oficial nesta manhã de sexta.
A Paschoalotto Serviços Financeiros, um dos braços do Grupo Nelson Paschoalotto, é a nova patrocinadora master do Bauru Basket. Os valores não foram revelados, mas especula-se ser superior ao aporte da Itabom – até pela promessa do presidente da empresa, Rodrigo Paschoalotto, de que será formado um elenco para brigar por títulos.
E vêm mais boas notícias nos próximos dias: mais patrocinadores, renovações de contrato (confira no post abaixo – Luquinha e Andrezão já estão ok) e as primeiras especulações.
Vale deixar registrado o elogio ao empenho da Itabom no período em que apoiou o basquete de Bauru. A família Poli se envolveu, vestiu a camisa e certamente seguirão como torcedores – além do ainda diretor Eder Poli, que atua em outro ramo, também atuante na captação de apoiadores.
Como escrevi no post anterior, a diretoria fez tudo certo, a campanha Basquete: Paixão de Bauru está excelente – e rendendo frutos (graúdos).
O final de semana foi offline pra mim – envolvido com o aniversário da minha filha, portanto, não há nada mais importante – e o blog ficou desatualizado de análises do empate noroestino e da derrota do Itabom/Bauru. A coluna, entretanto, não pode faltar e tento nela entender e discutir o atual momento dos dois times. A seguir, texto publicado na edição de 27 de fevereiro de 2012 no jornal BOM DIA Bauru.
Hora de mudar o time
Era uma vez o aproveitamento máximo do Noroeste jogando em casa. E logo depois de sofrer uma goleada fora de casa (para o Audax).Crise? Ainda não. Mas as primeiras vaias no Alfredão são o sintoma de que a escalação ideal já não é aquela que iniciou a disputa da Série A-2. Não se mexe em time que esta ganhando, certo? Pois o Noroeste não vence há dois jogos.
A tabela da primeira fase já ultrapassou a metade e o talentoso meia Velicka segue subaproveitado na lateral. Se ao menos o Norusca atuasse com um esquema com alas e ele pudesse apoiar mais, vá lá. Mas limitado a marcar e a trocar passes na intermediária é um desperdício.
Se nem Bruno, nem Rafael Silva deram conta do recado na vaga de Romarinho, que começa a sofrer desgaste físico, por que não adiantar Leandro Oliveira para essa vaga de segundo atacante, abrindo espaço para Velicka na armação? Pois comentei, semana passada, que está difícil tirar a titularidade do quarteto Garroni, França, Juninho e Leandro.
Vai outra humilde sugestão para Amauri Knevitz: Garroni mais fixo perto dos zagueiros – esquema que ele já treinou – com Juninho na ala direita! Sim, pode dar certo, pois ele tem velocidade e seu chute forte descendo em diagonal (ao melhor estilo Josimar) pode ser um diferencial da equipe. Pela esquerda, Alexandre faz as vezes até a volta de Giovanni, que está próxima. E completam o meio França na direita, Velicka na esquerda e Leandro na ligação. Quando Diego voltar, forma dupla com Roberto.
Essas são apenas algumas possibilidades. O que não pode é insistir com a formação atual e continuar perdendo pontos preciosos. O campeonato chegou em seu momento decisivo.
Tiro longo Apesar de já se encaminhar para a reta final da A-2, não concordo com o lugar-comum que diz que é uma competição de tiro curto. Dezenove partidas para uma fase de classificação é até demais. É meio Brasileirão e estamos falando de um estadual de segunda divisão. Apenas é espremido no calendário, com partidas às quartas e domingos. O tempo é curto, não a tabela.
Seja Rubro, Norusca! Anteontem, o Noroeste voltou a atuar de camisa branca… O mesmo fez o Palmeiras ontem em Presidente Prudente, no clássico contra o São Paulo, também fugindo do calor. No Parque Antarctica ou no Pacaembu, não faria. Mesmo com torcida, Prudente não é a casa alviverde. Já pensou se a moda pega? O Flamengo não joga mais com seu manto rubro-nego no Rio, o Barcelona não vai de azul-grená no Camp Nou, a Seleção Brasileira disputa uma final de Copa do Mundo de azul no Maracanã… Afinal de contas, Esporte Clube Noroeste, você quer se identificar ou não com seu torcedor?
Papo de basquete Providencial a série de reportagens (do jornalista moleque Gustavo Longo) que o BOM DIA trouxe na semana passada sobre a situação financeira do Itabom/Bauru. O jornal fez o que se espera de um veículo regional: prestou serviço à comunidade. Nós precisamos do basquete em Bauru, a modalidade que dá mais retorno de mídia, hoje, ao nome da cidade. Disputa torneios de primeira linha, como a “Libertadores do basquete”, que é a Liga das América. Se Larry Taylor defender o Brasil na próxima Olimpíada, dará ainda mais visibilidade para a cidade – já havia sido assunto quando foi convocado e treinou com a Seleção de Rubén Magnano por alguns dias.
Uma pena esse time precisar, ano a ano, sensibilizar o empresariado. Será que o mercado bauruense não tem cacife para a empreitada do basquete? Porque apoiadores há bastante, mas com cotas tímidas – será o limite de sua capacidade de investimento? E onde estão as universidades desse polo estudantil que é Bauru? Brasília e Uberlândia têm seus patrocinadores máster ligados à educação. Vale essa cartada. Ou que se corra logo atrás de uma marca forte, de abrangência nacional, já que o time vai além das fronteiras paulistas.
Esta é apenas uma das ótimas notícias do Bauru Basket, que fechou cota de patrocínio e viu Panela ressurgir
Bons ventos sopram para os lados do ginásio da Luso. Além de a reforma da Panela de Pressão pela Prefeitura ter sido aprovada por unanimidade na Câmara Municipal, o Itabom/Bauru Basket tem outros ótimos motivos para comemorar.
No dia em que dois de seus atletas se apresentaram à Seleção Brasileira – Larry Taylor e Douglas Nunes -, o técnico Guerrinha contou boas notícias. A primeira delas é que o time irá disputar o NBB sub-21, que foi confirmado pela Liga Nacional de Basquete e será disputado nos meses de agosto e setembro, em parceria com o clube Regatas, de Campinas.
“Já esta acertada a parceria com Campinas, está faltando assinar. O Itabom/Bauru entraria com o nome, uniforme e os seguintes jogadores: Guilherme, Guilherme Ferrugem, Andrezão [reforço que chegou de Assis] e Lucas. A equipe deve ficar bem forte”, contou o treinador. O time será completado por atletas do Regatas e treinado por Hudson Previdello, assistente de Guerrinha. Assistirá Previdello o técnico de Campinas, Marcelo Bandiera.
A outra novidade, segundo Guerrinha, é que o Bauru Basket fechou uma cota intemediária de patrocínio com a rede de postos Rodoserv. Um reforço no caixa, em déficit em relação ao orçamento da temporada passada.
Que venham mais bons ventos. As andorinhas voltaram!
Atualizado: mais uma boa notícia! Segundo o blog Giro no Aro, o processo de naturalização de Larry Taylor foi encaminhado para o Ministério da Justiça. Se a documentação atender aos requisitos, são boas as chances de ele atuar no Pré-Olímpico! Abaixo, a foto da apresentação da Seleção, com o Alienígena com uniforme brasileiro.
Varejão, Giovannoni, Marcelinho, Magnano, Splitter, Huertas e Larry
Treinador diz que Bauru Basket enviou ofício à CBB, que emitiu nota contestando viagem; por aqui, BOM DIA revela dificuldades do clube
O combinado Brazilian All Stars, comandado por Guerrinha, treinador do Itabom/Bauru Basket, jogou sua sexta partida amistosa em solo chinês – e conheceu sua terceira derrota. Jogando sem Douglas Nunes, que sentiu dores no ombro, o time foi derrotado pelo Svjetlost, da Croácia (batido pelos brasucas na final do quadrangular), por 83 a 75. O jogo foi na cidade de Gandou.
“Aproveitei para dar mais tempo de quadra aos jogadores que estavam jogando menos nas partidas anteriores”, conta Guerrinha, por e-mail. O treinador ficou sabendo pelo Canhota 10 da nota emitida pela CBB contestando a viagem de membros do Bauru Basket à China, conforme o BOM DIA publicou na edição de hoje (24/5). “Nossa diretoria, através do Vitinho [Jacob], enviou um ofício onde comunicava as instituições (CBB, FPB e LNB) que o Itabom/Bauru estava cedendo alguns jogadores e o técnico a um combinado, para uma empresa de eventos da China, para participar de um intercâmbio com jogos contra croatas, americanos e chineses”, revela.
Diz a nota da CBB:”A Confederação Brasileira de Basketball faz saber que não recebeu pedido de licença e nem autorizou o clube Bauru, filiado à Federação Paulista de Basketball (FPB), para excursionar à China para participar de torneios e jogos amistosos, no corrente ano”. O Canhota 10 entrou em contato com a assessoria de imprensa da FPB, que disse não ser de sua esfera autorizar a viagem. Já a LNB reconhece a excursão, pois noticiou a ida de Guerrinha e companhia em seu site oficial.
O Brazilian All Star ainda fará mais dois jogos, na sexta e no sábado, contra um time norte-americano, e estará de volta ao Brasil no próximo dia 31.
DIFICULDADES
O BOM DIA Bauru publicou nesta terça matéria de Gustavo Longo falando da dificuldade do Itabom/Bauru em encontrar um copatrocinador master, o que complica a permanência de Jeff Agba e a chegada de reforços de peso. “O problema é o dinheiro mesmo. Vamos começar a trazer os jogadores e tentar manter o Jeff só quando tivermos o apoio de mais um patrocínio. Por enquanto, o panorama não está nada muito animador”, revelou o diretor Vitor Jacob.
Para engrossar o coro, o vice-presidente do Bauru Basket, Joaquim Figueiredo, passou mensagem semelhante aos torcedores, em postagens na comunidade da torcida (Bauru Basketball ITABOM), no Orkut – onde deixou claro estar falando mais como torcedor do que como dirigente.”Jogadores de ponta ou que estão em grandes clubes e em destaque, acredito que não terão o endereço de Bauru, pois seus salários são altos e os clubes fortes estão abrindo os seus cofres (muitos de forma equivocada…). Não na condição de conformista, mas é preferível continuarmos com nossa base, descobrindo alguns valores, como foi com o Douglas, e o trabalho sério do Guerra. Vamos ser campeões? Muito provavelmente não, mas vamos continuar judiando e dando muito trabalho a gente grande… O dia que tivermos algum outro patrocinador master junto com a Itabom, as coisas podem caminhar para outro rumo, mas quem se oferece?”, lamenta.