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Noroeste precisa de mais 13 pontos para não cair

Calculadora na mão

Dito e feito. O Noroeste perdeu para o Santos na Vila Belmiro – uma partida que não entrava na conta alvirrubra. Valia, como escrito na semana passada, como termômetro do time bauruense para o restante do campeonato, que segue produzindo ofensivamente – mas não pode desperdiçar pênalti, Zé! –, pois obrigou o goleiro Rafael a trabalhar duramente duas vezes.

Entretanto, a zaga ainda merece atenção. Ou melhor, o posicionamento defensivo. O primeiro gol do Peixe saiu de contra-ataque, após escanteio noroestino. Júlio César ficou na cobertura, marcando Zé Eduardo, e perdeu na corrida para ele. E o lado direito da zaga, com Cris, sofreu com as investidas de Diogo, que pedalou e driblou por ali como quis… O grande nome da retaguarda é Halisson.

Com isso, constata-se que melhor seria ter contratado um zagueiro experiente do que um meia. Victor Júnior, o novo reforço, é uma incógnita, mas com carimbo do treinador. Lori Sandri o treinou no Marítimo, de Portugal, na temporada 2008/2009. Além disso, o jogador é formado no futebol paranaense, base do trabalho do técnico alvirrubro.

Contas contra degola
Nas últimas seis edições do Paulistão, quem fez 21 pontos não caiu. Esse número, portanto, é uma boa referência para o Noroeste. Hoje com oito, faltam 13 para escapar. Com 33 por disputar, o Norusca precisa de um aproveitamento de 40%. Simplificando: vencer São Caetano, Ponte Preta e Grêmio Prudente no Alfredão (nove pontos) e conseguir mais quatro fora (uma vitória e um empate em seis jogos). Não incluí Palmeiras e São Paulo na conta, mesmo em casa. Pontuar contra esses grandes, então, tornará a tarefa melhor. Vendo assim, não parece difícil. Basta jogar bola direito.

Preço do ingresso
Quando anunciou os preços dos ingressos para este Paulistão, o Noroeste justificou os R$ 40 de arquibancada pela necessidade de cobrir custos da adaptação do estádio Alfredo de Castilho ao Estatuto do Torcedor – incluindo o sistema de monitoramento por vídeo. Ok. Nos últimos tempos, entretanto, a diretoria já se justificou baseada no preço mínimo estipulado pela Federação Paulista de Futebol, R$ 30. A coluna entrou em contato com a FPF e é possível, sim, praticar preços menores, como vêm fazendo vários clubes. Abre aspas para a resposta da entidade: “A FPF tem o poder, pelo Regulamento Geral de Competições, de estipular o valor dos ingressos para os campeonatos que ela organiza, mas dá autonomia ao clubes para colocarem seus preços, seja para mais ou menos de R$30,00. Para isto, o clube precisa comunicar a FPF via ofício”. A diretoria alvirrubra poderia ter mantido o argumento anterior…

É caro mesmo
As despesas (arbitragem e outras tantas taxas) a cada mando de campo estão na casa dos R$ 20mil. O Noroeste teve prejuízo em três de seus quatro jogos no Alfredão. Mesmo assim, tem uma receita líquida de bilheteria, até agora, de R$ 20.967,30 – a partida de estreia salvou os cofres. A média de público do clube é de 1.142 pagantes por partida. A sabedoria popular diz que os preços são majorados porque a maioria paga metade. Faz sentido: 83% dos ingressos vendidos pelo Norusca foram de meia-entrada.

Pacotes
Outra questão respondida pela Federação foi a respeito dos borderôs. Segunda a FPF, os ingressos comprados por pacote promocional estão incluídos nos boletins financeiros – apesar de não especificados. A coluna indagou o Noroeste sobre a quantidade de pacotes vendidos para os nove jogos e aguarda resposta.

Valeu, Ronaldo!
Hora de deixar o papo de gordo de lado e aplaudir o fechar das cortinas da brilhante carreira do Fenômeno. O maior ícone do futebol mundial nos últimos 15 anos.

Texto publicado na coluna PAPO DE FUTEBOL, do jornal BOM DIA BAURU, no dia 14 de fevereiro de 2011

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Coluna repercute goleada e prevê o jogo em Santos

Texto de ‘Papo de Futebol’ do dia 7 de janeiro, publicado no Jornal Bom Dia Bauru

Com já foi comentado no programa Bom Dia na Arquibancada deste dia 8 de fevereiro, não pude estar no Alfredão no último sábado (foto na homepage de Cristiano Zanardi/Agência Bom Dia). Entretanto, pude constatar a mudança de ânimos não só no Noroeste, mas na crônica e entre os torcedores. E é disso que fala a coluna Papo de Futebol do dia 7, que ainda lança olhar sobre a partida do Norusca contra o Santos, a próxima sexta-feira.

Após o texto, para não perder o hábito – nem o histórico -, ficha do jogo e os gols.

Entre o céu e o inferno

As reações que o futebol provoca são imediatistas, vindas do calor da emoção e com pouca razão. É essa mistura perigosa que leva gente a chacoalhar o ônibus de um time ou, no caso do Noroeste, decretar o pior a 13 rodadas do fim da tabela – mesmo a poucos pontos do G8, já estava fadado a desafiar o rebaixamento. A goleada sobre o Mogi Mirim provou que o céu e o inferno são vizinhos. Na pré-temporada, o time estava voando e causava otimismo. Bastou um início vacilante no Paulistão para o elenco virar um bando de pernas de pau.

De repente, chega treinador novo, o Norusca goleia, méritos do professor que motivou o grupo, aquela prosa toda. Mas as pernas são as mesmas, ora bolas! Cenário igual ocorreu na sequência de derrotas na Série A2 de 2010, que derrubou Amauri Knevitz. Naquele momento, ninguém acreditava no acesso. Que veio.

A história de um campeonato se conta em capítulos (rodadas), muitos deles dramáticos. Deve-se analisar a caminhada do time à medida que se acumulam os jogos.

Ok, o Noroeste passou vexame na goleada para Americana, perdeu muitos gols em Jundiaí, mas trouxe bons empates de Ribeirão Preto e, principalmente, do corintiano Pacaembu. Faltava se impor no Alfredão. Não falta mais.

Demorou para dar esse passo, mas segue vivo, segue na briga, como sempre foi dito neste espaço. Não é questão de bancar o “eu já sabia”. Eu não sei de nada. É que somente a rodada 19 saberá.

Oito e oitenta
Opinar no calor do revés já transformou heróis em vilões em Bauru – e que deverão ganhar elogios de novo. Gleidson era o ala moderno e apoiador na pré-temporada. De repente não servia nem para o futebol amador.

Com Aleílson, sempre guerreiro na frente, foi questão de miopia mesmo: foi (mal) comparado com o fraco Adílson Souza, hoje no XV de Piracicaba. Matheus, sim, joga com descrédito desde o início. A ausência contra o Mogi pode ter feito bem a ele. Que volte sem pensar que é Domingos da Guia ou Lúcio. Melhor dar chutão do que entregar o ouro.

3-5-2
Parece mesmo que o esquema com três zagueiros deu mais equilíbrio ao Noroeste, que está bem servido de volantes. Hernani e Marcelinho são sombras incômodas para os titulares Francis e Júlio César.

Já na armação das jogadas, Ricardinho é absoluto, com suas preciosas assistências. E Zé Carlos, na ausência do capitão Francis, assumiu a braçadeira. Um moral para o goleador, que errou e se redimiu. Isso pode ser creditado à sensibilidade de Lori Sandri.

Normal
Não será nenhum espanto se o Norusca perder para o Santos, na Vila Belmiro, na próxima sexta-feira. Até de goleada, pois a turma de Elano e Maikon Leite tem média de quase três gols por jogo. E aí, volta a crise? Será preciso avaliar a forma como o time eventualmente perderá. Se empatar ou vencer, surpreendendo o baladado Peixe, a maré vira de vez.

Fiel?
A palavra fiel não combina com as atitudes dos torcedores corintianos na última semana. Indignação tem limite: a vaia e o boicote – deixar de comprar ingresso, afinal, as arquibancadas são termômetro da situação de um time.

Acho que nem o melhor dos sociólogos explica porque uma derrota esportiva causa tamanha revolta enquanto o gramado em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, ficou vazio no dia seguinte à aprovação de mais um aumento estratosférico do salário de nossos “produtivos” deputados.

Ficha de Noroeste x Mogi

Os gols de Noroeste 4 x 1 Mogi Mirim