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Papo de Futebol: coluna da semana

Texto publicado em 4 de abril de 2011, no jornal Bom Dia Bauru

Já era? Que nada!

A vida do Noroeste continua difícil, mas a boa vitória sobre a Portuguesa, fora de casa, faz ressurgir uma esperança que parecia ter morrido antes dos últimos. Há uma semana, este colunista jogou a toalha, após semanas de insistente defesa de um time que não é tão medíocre como dizem. Jogou porque a tabela era ingrata. E mantém o pano na lona, pra ser coerente.

Ao mesmo tempo, este torcedor passeou orgulhoso no domingo com sua camisa alvirrubra. Quer que a coerência se exploda por aí. Quer que venha uma vitória improvável e emocionante sobre o São Paulo. Que Lucas se esqueça por um dia como é bom de bola, que Rogério Ceni volte a ver um chute de Vandinho balançar as redes – como em 2007 e 2008.

Jorge Saran, o herói da vez, deve assistir com muita atenção duas partidas. A derrota noroestina para o Palmeiras, para identificar os buracos que o time cedeu aos alviverdes quando cansou. E a vitória do São Paulo sobre o Mirassol, ontem, para estudar como neutralizar o brilhante Lucas e como conter os avanços de Juan pela esquerda.

Correndo errado
O menino Diego tem chance de emplacar em um bom time da Série B nacional, pelo menos. É raçudo, sabe driblar e faz seus golzinhos – apesar do jeito desengonçado de chutar a gol, como foi contra a Lusa. Mas o cabeludo precisa conhecer melhor seus limites. Não há jogo que não corra como um louco e saia substituído, sofrendo com câimbras. Isso desde a Copa Paulista, diga-se.

Correndo certo
Assim como Diego, Gustavo Henrique foi outra grata surpresa na Copinha. Garantiu seu lugar no Paulistão, foi escalado e ficou quietinho em quase todas as partidas, além de quebrar o galho na direita. Quando teve sua primeira chance na lateral-esquerda, não decepcionou. Que seja mantido.

Novo velho herói
Torcedores aclamam o ex-presidente noroestino Cláudio Amantini – da famosa foto ajoelhado no acesso de 1970 –, que mobilizou a rubraiada para apoiar o Norusca no Canindé. Não deixa de ser emblemático, afinal, se o clube se salvar do rebaixamento, não será Damião Garcia o nome exaltado. Por mais heroica que possa ser essa fuga, já está claro para os alvirrubros que não terá sido feita mais do que a obrigação.

Grande Verdão!
Vila Belmiro, Neymar, Ganso… Nada disso assustou ou Palmeiras, afinal, líder do campeonato não pode temer ninguém. Ainda mais quem tem a defesa que ninguém passa. Apesar de baseado em forte marcação, não é um time de pouco talento. Patrik está tão bem na armação a ponto de ninguém se lembrar de cobrar o retorno de Valdivia, novamente no departamento médico. E a equipe vai melhorar: para o Brasileirão, Felipão contará finalmente com um camisa 9 de ofício (Wellington Paulista) e com um bom zagueiro para substituir Danilo, que vai embora no meio do ano – Gustavo Bastos, do Mirassol.

Vem logo, Muricy
Acho que o homem já descansou o suficiente. Se Muricy Ramalho vai mesmo assumir o Santos, que comece logo a trabalhar, pois o time está precisando. Um desafio e tanto para a imagem imaculada do treinador: não vacilar no Paulistão, nem sair precocemente da Libertadores. No Brasileirão, com o elenco que terá nas mãos, brigará por seu quinto título em seis anos.

E como Arouca faz falta! Outro nome que faria o Peixe voltar a jogar bem é Dorival Junior. Mas, da forma como saiu ano passado, além de ainda estar prestigiado no Galo, parece ser só um sonho.

Atualizado: apurei mais tarde, depois de a coluna publicada, que o secretário de esportes Batata e o vice-presidente do Noroeste, João Bidu, também contribuíram para a viagem da torcida ao Canindé, ao lado de Amantini. O Noroeste cedeu os ingressos, com a ajuda de colaboradores.

Atualizado 2: cometi o grande equívoco de citar Lucas como perigo tricolor, mas o camisa 7 são-paulino está suspenso e não enfrenta o Norusca…

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Acreditável Otacílio

Coluna PAPO DE FUTEBOL da semana fala da redenção de Tatá

Texto publicado na edição de 21 de março de 2011 no jornal Bom Dia Bauru

Acreditável Otacílio

O futebol desperta tanta paixão por resistir a prognósticos com suas zebras, encantar multidões por ser a melhor das metáforas da vida fora dos gramados. E, principalmente, por gerar tantos personagens com histórias riquíssimas – a maioria delas, vividas no limite entre o céu e o inferno. No último sábado, a saga de Otacílio Neto no Noroeste ganhou mais um capítulo. Sua trajetória alvirrubra cheia de suor e gols estava se desmanchando até que, munido de seu mais característico poder, a raça, reergueu-se. Até a forma como fez seu gol espelha essa luta.

Nada que o devolva de imediato ao patamar de heróis noroestinos, mas os gritos de “Burro!” que o treinador Lori Sandri teve que ouvir da torcida ao substituir Tatá já são um sinal de reconciliação com a galera. Acrescente-se que a substituição era mesmo necessária, para poupar o atleta, voltando de contusão e pendurado com dois cartões.

Como no futebol a opinião é pautada pelo imediatismo, Otacílio terá nova prova na próxima quarta-feira, contra o Grêmio Prudente. E assim segue a vida do filho de Seo Barreto e Dona Nonon, orgulho da comunidade de Estreito, na cearense Orós. Como milhares de conterrâneos, trilhou o caminho do Sudeste. Mais um retirante que venceu.

Após inicialmente recusar-se a usar a camisa do Inacreditável Futebol Clube – referência ao incrível gol que perdeu contra o Mirassol, na 11ª rodada –, o atacante voltou atrás e a vestiu, para minimizar a antipatia que gerou em meio a sua fase negra. Não colou muito – botou a negativa na conta da diretoria –, mas a verdade é que essa camisa não lhe caiu bem. Por sua trajetória, Otacílio Neto é digno de crédito. Boto fé que o Norusca pode se salvar com sua ajuda.

Corneta desligada
Ser cronista é tarefa das mais difíceis. Afinal, é preciso desligar o lado torcedor e botar a razão na frente da emoção para não passar informação equivocada. Nem no formato opinativo se dá ao direito de cometer uma injustiça. Por isso mesmo, corro o risco de parecer ingênuo. Mas nunca irresponsável.

A corneta da vez em Bauru é a de que o time só correu depois que Damião Garcia prometeu premiação pela permanência da Série A-1. Pra falar a verdade, não vi nada de excepcional sábado, no Alfredão. O Noroeste jogou mal de novo, passou certo sufoco no segundo tempo e rifou a bola como pode. E não me pareceu mais raçudo do que antes. Excetuando as partidas contra os grandes, naturais combustíveis pela visibilidade que geram, há pelo menos três jogos em que o time correu mais (e melhor). Ao buscar o empate com o Bragantino no finalzinho e nas boas atuações contra Botafogo e Mirassol.

Tem mais: o timaço alvirrubro de 2006, exaltado em prosa e verso, era movido a bicho – combinado desde o início, é verdade, mas era. Jogador de futebol gosta de dinheiro como todo mundo. Amor à camisa? Em time de aluguel isso não existe. Ou você acha que atletas dos times do Interior que estão no G-8 beijam seus escudos?

Calculadora
Apesar do alívio momentâneo, a situação do Norusca segue preocupante porque a tabela é cascuda depois de encarar o fraco Prudente. O time precisa de pelo menos uma vitória fora de casa contra Oeste, Portuguesa ou Ituano. Difícil imaginar qual o menos complicado, mas a esperança está na Lusa, que costuma escorregar no Canindé vez ou outra. Como acabou de golear o Mirassol, sua caminhada oscilante pode ter uma baixa justo contra o Alvirrubro…

Já com o São Paulo, em casa, a torcida é para que o Tricolor poupe jogadores pensando na Copa do Brasil. Um empate já seria precioso.

Foto na homepage: Arquivo/Agência Bom Dia (Luís Cardoso)

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Coluna Papo de Futebol da semana

Para quem não leu na edição de ontem (14/3), do Bom Dia Bauru, aí vai o texto da Coluna Papo de Futebol desta semana:

Uma Ponte no meio do caminho

A história se repetiu mais uma vez. O Noroeste começou melhor a partida contra o Linense. Pressionou, mas não balançou a rede. O que eu chamava de produção ofensiva nas rodadas iniciais (sete gols nos quatro primeiros jogos) se transformou em chutes sem rumo ou defendidos na maioria das jornadas seguintes. Zé Carlos, que cansou de perder chances em Lins, é o maior exemplo. Sua finalização de chapa, com o gol aberto, aos 33 do primeiro tempo (ainda 0 a 0), mostrou a tranquilidade de um atacante de time grande. Coisa que ele não é – e deveria ter imprimido força a seu chute, sem frescura.
Minutos depois, foi o que o Elefante fez. Nas poucas vezes em que chegou, arrematou com vontade de sobreviver na elite. Leandro Love carimbou a trave. Minutos depois, Éder abriu o placar estufando as redes.
Como já disse também nesse espaço, resultados derrubam argumentos. Para mim, o Norusca não caía. Já não posso ser tão taxativo nessa opinião, apesar de ainda ver uma luz fraquinha no fim do túnel. O curioso é que, tivesse forças para segurar as vitórias diante de Mirassol e Palmeiras, estaria perto do G8. Mas forças faltam ao Alvirrubro no segundo tempo, já está mais do que comprovado.

Próximos sufocos
Coincidentemente, os dois próximos adversários do Noroeste se enfrentaram nessa 13ª rodada. Ponte Preta e Grêmio Prudente empataram. Enquanto a Macaca está no G8, os prudentinos estão na lanterna. E a partida foi em Campinas… Se futebol tivesse lógica, logo concluiria que a Ponte não assusta tanto assim. Mas esse mesmo time derrotou há pouco dias o Corinthians, no Pacaembu. E diante da fraca campanha alvirrubra, não irá se intimidar no Alfredo de Castilho. Empatar com os campineiros será uma catástrofe e um passo quase irreversível rumo à Série A2.

Últimas chances
A permanência do Noroeste na Série A1 depende, necessariamente, de duas vitórias seguidas em casa. Ponte Preta, no próximo sábado (19/3, às 16h), e Grêmio Prudente, dia 23, às 19h30. Sei que é um pedido difícil, torcedor alvirrubro, mas reserve essas datas e horários para ir ao Alfredão. Pelo clube centenário, pela tradicional camisa. Guarde as vaias para o apito final – na derrota ou na vitória.

Protestos
Na contramão desse apelo, torcedores noroestinos cogitam ficar na porta do estádio e boicotar a próxima partida. Embora discorde, considero uma forma legítima de protesto. Aliás, é comum a galera alvirrubra se manifestar pacificamente nos portões do Alfredão. Virtualmente, as opiniões fervilham no mural do site da organizada Sangue Rubro. A maioria quer a família Garcia fora do clube. Reconhecem seus feitos, mas acham que já deu. Não se importam com o argumento financeiro – que sem Damião o clube não sobrevive –, pois estarão com o Norusca em que divisão estiver.

Fabuloso
A melhor notícia da última semana foi a contratação de Luís Fabiano pelo São Paulo. Irá se encaixar perfeitamente em um trio ofensivo com Lucas e Dagoberto. Aliás, Dagoberto se reinventa sempre no Tricolor, entre tantas críticas. A volta de Ganso ao Santos também deve ser muito comemorada por todos os que gostam de futebol. A camisa 10 da Seleção volta a ter dono.

Adriano
O Imperador está com status de mico, imprestável. Quem apostar nele parecerá estar blefando, mas que ninguém duvide das próximas cartadas desse grande centroavante.

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Noroeste pode vencer o Palmeiras. Por que não?

Coluna Papo de Futebol desta semana fala do jogão desta quarta no Alfredo de Castilho

Para quem não leu –  ou quer ler de novo – segue a coluna Papo de Futebol publicana na última segunda (7/3) no jornal Bom Dia Bauru.

Vencer o Verdão: por que não?

Ao Noroeste não interessa mais empate, seja em que campo for. Em outras circunstâncias, a igualdade fora de casa contra o então líder do campeonato, Mirassol, seria comemorada. Mas, ainda mais da forma como foi – abrindo 2 a 0 –, o time bauruense só tem a lamentar mais dois pontos perdidos. Situação na classificação à parte, é bom destacar que a equipe jogou bem na partida da última sexta-feira.

O Norusca sufocou o adversário no primeiro tempo e foi pouco atacado. Depois do apagão nos minutos iniciais da segunda etapa – mais mérito do ataque mirassolense do que falha alvirrubra –, o time soube suportar a pressão amarela. Quando não teve jeito, o goleiro André Luis salvou.

A lamentar, mais uma contusão de Otacílio Neto, dúvida para o próximo jogo – a exemplo de Diego. Não concordo com críticas de que o atacante está aderindo ao “chinelinho”. Ele se notabilizou em Bauru exatamente por sua conduta profissional. Quem já conversou com Tatá uma vez na vida sabe de sua obstinação e vontade de estar em campo. Podem questionar a diretoria por sua contratação, mas nunca o caráter desse atleta.

Cinzas verdes
Com a incrível marca de sete empates em 11 jogos, o Norusca não pode se dar ao luxo de perder para o Palmeiras, na próxima quarta de cinzas, nem sob o argumento de o adversário ser um time grande. Precisa fazer valer seu mando de campo. O que, diga-se, será pelo fator de maior adaptação ao gramado, pois a expectativa é de que haja mais alviverdes nas arquibancadas.
Vencer o Verdão, que ainda oscila muito, não será nada de outro mundo. O time da capital já foi líder, mas hoje ocupa apenas o quinto posto após empatar com o fraco Santo André, no Pacaembu. Não cometer faltas na entrada da área, evitando assim os chutes de Marcos Assunção, será boa medida. Outra: não descuidar da marcação de Adriano Michael Jackson no jogo aéreo.
No Alfredo de Castilho, para alívio noroestino, o técnico Felipão não poderá contar com Kleber Gladiador. O atacante Patrik também está fora. Em compensação, são grandes as chances de Valdivia estar em campo.

Palcos vazios
Não tenho muita esperança de um grande público no Alfredão para o duelo contra o Palmeiras. Aquele encanto de ver time grande de perto está diminuindo na mesma proporção em que o preço do ingresso sobe. Exemplo disso ocorreu no sábado passado. Apenas 2.213 pessoas pagaram para ver Oeste x Santos, em Itápolis. Em Lins, apesar dos mais de 50 anos fora da elite, foram somente 6.234 pagantes no duelo Linense x Corinthians. O passeio dos grandes pelo Interior era meu melhor argumento em defesa dos Estaduais…

Centésimo
O Palmeiras poderá marcar seu gol número 100 em jogos contra o Noroeste pelo Paulistão. Em 55 confrontos no Estadual, são 35 vitórias do Palestra, 13 empates e sete vitórias noroestinas. O Verdão soma 99 gols no duelo e o Norusca, 41. As estatísticas incluem partidas das edições de 1956 e 1957 – que não aparecem no Futpédia do GloboEsporte.com –, anos em que houve uma fase preliminar que definia classificados para Série Azul (o Paulistão de fato, para o site) e Branca (repescagem contra o rebaixamento). O confronto em Bauru, portanto, será o de número 56.
Das sete vitórias alvirrubras sobre o Verdão, duas delas foram conquistadas na última década. Em 2007, no Parque Antarctica, por 2 a 1 (gol da vitória de Otacílio Neto, de perna direita, a mesma que errou incrível gol em Mirassol…), e em 2008, no Alfredão, gol de Vandinho e 1 a 0 no placar.

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Complicou, Norusca!

Coluna desta semana no Bom Dia acende a luz vermelha no Alfredão

Complicou

Resultados desconstroem argumentos. Sempre afirmei que o Noroeste não cai, por ser um time que criava no ataque e só precisava arrumar a zaga. Criava. Após sua pior partida no campeonato – nem na derrota por 5 a 1 em casa, para o Americana, fora tão apático – o Alvirrubro volta à zona de rebaixamento. Se continuar com essa bolinha, minha previsão vira fumaça. Previsão essa não motivada por otimismo, sério. Ainda dá, mas o tal fantasma do rebaixamento já está puxando um dos pés.
O atacante Danielzinho, do São Bernardo, em entrevista no intervalo da partida, definiu bem o que foi o time do ABC no primeiro tempo: agressivo. Partiu pra cima de um Noroeste acanhado, inofensivo, que obrigou o goleiro adversário a fazer uma única defesa, aos 36 minutos! Registre-se, entretanto, o escandaloso pênalti marcado a favor dos aurinegros. Renderá uma nova carta lamentosa da Federação Paulista, que não muda nada na classificação…
O treinador Lori Sandri teve que abandonar o 3-6-1 ainda no primeiro tempo, colocando Diego. Mas não precisava tirar Halisson, o melhor zagueiro do time! O técnico foi ainda mais infeliz no segundo tempo, ao colocar o meia Altair. Lento, muito lento, destruidor de contra-ataques. O segundo tempo, aliás, foi desacelerado e o Bernô apenas administrou sua vantagem.

Conta contra degola
Seguindo o raciocínio dos salvadores 21 pontos, seguem faltando 13, agora com 30 a disputar. O Alvirrubro precisa ter um aproveitamento de 43% para chegar lá. E a vaga para a Série D está bem longe.

Previsão furada
O diretor executivo do Noroeste, Beto Souza, afirmou a mim e aos colegas do Jornada Esportiva, ainda em 2010, que o time marcaria nove pontos nas três primeiras rodadas do campeonato: venceria Santo André em casa, o Botafogo fora e um Corinthians vindo de curta pré-temporada, no Pacaembu. Como se sabe, passadas nove rodadas, essa pontuação ainda não foi alcançada.

Desafio

O questionamento de semana passada nesta coluna refletiu no Complexo Damião Garcia. A diretoria baixou o ingresso para R$ 30 e lançou um desafio aos torcedores: só manterá o preço para as próximas partidas se o público pagante contra o São Caetano alcançar 5 mil. Difícil, pois a arquibancada é reflexo do time em campo.
O Noroeste justificou ainda que não baixa mais o preço – o que é permitido pela Federação, como comprovado aqui – por não ter apoio do empresariado local para subsidiar tal ação, o que acontece em outras cidades, segundo o marketing do clube.
Por fim, o Norusca tentou ser coerente ao anunciar que qualquer promoção daqui pra frente não poderá ter preço do ingresso mais baixo do que aquele já adquirido com antecedência pelo torcedor “Primeira Pele”. Escorregou. Quem comprou o pacote entre o final de novembro e o início de janeiro pagou R$ 325 pelos nove jogos, o que resulta em pouco mais de R$ 36 por partida. Valor maior do que os R$ 30 atuais, evidentemente…

Timão mordido
Se ainda não convenceu, o Corinthians ao menos tem entrado com motivação extra em clássicos. As piadas dos rivais pela queda na Libertadores viraram elixir para o Timão, que fez convincente 3 a 1 sobre o Santos. O Alvinegro ainda descobriu que Fábio Santos é bom na bola parada.

Lucas, o cara
O moleque que arrebentou no Sul-Americano sub-20 já retornou ao Morumbi gastando a bola. No São Paulo, virou referência técnica, acima de Rivaldo. Finalmente cai do pé mais um fruto de Cotia.

Texto publicado na coluna Papo de Futebol, do jornal Bom Dia Bauru de 21 de fevereiro de 2011