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Noroeste cogita trazer atacante Chico, do Palmeiras

Durante a goleada do Noroeste sobre o José Bonifácio, conversei com o presidente Emilio Brumati que, quando perguntado se viriam mais reforços, foi rápido: “Tá bom, né?” Ele se referia ao zagueiro Marcelinho, ao lateral-esquerdo Sávio e ao atacante Edson Negão, já regularizados para estrear na segunda fase e que de fato irão encorpar um elenco que já vem dando boa resposta. Mas deixou uma possibilidade no ar: “Podemos tentar trazer o Chico, sem custos, com o Palmeiras pagando os salários.”

Fotos: Cesar Greco/Fotoarena/Agência Palmeiras
Fotos: Cesar Greco/Fotoarena/Agência Palmeiras

Os trunfos para esse contato pelo atacante Chico, de 22 anos, são o fato de ele ser bauruense (filho de Sergio Clavero, ex-atacante do Norusca nos anos 1990 e treinador na base alvirrubra entre 2010 e 2013) e estar em fase final de recuperação de uma fratura no pé. Isto é: estar em casa e ter a oportunidade de voltar a atuar, já que no Palmeiras dificilmente terá espaço neste restante de temporada. Se arrebentar por aqui, entretanto, pode sensibilizar o técnico Marcelo Oliveira para 2016.

PROMISSOR
Chico começou no sub-15 do Noroeste, passou por Santo André (disputou a Copa SP júnior de 2011, um gol), Desportivo Brasil (seis gols na Copinha de 2012) até chegar ao Palmeiras (três gols na edição de 2013). Foi emprestado ao Santo André ainda em 2013, voltou ao Verdão no ano seguinte e entrou em campo duas vezes no Brasileirão. Aí, foi emprestando ao Joinville e compôs o grupo campeão da Série B 2014. Por fim, disputou o último Paulistão pelo São Bento (dez partidas, nenhum gol), quando fraturou o pé. Baixinho, veloz e bom finalizador, iria agregar bastante por aqui. Tomara que o negócio se concretize.

Abaixo, alguns lances do garoto:

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Memória da Bola: o primeiro e grande Dudu, do Palmeiras

Por João Francisco Tidei de Lima

 

O OUTRO DUDU
O Palmeiras, como se viu, peitou São Paulo e Corinthians e ganhou a parada para trazer um tal de Dudu, com passagens pela Ucrânia, Grêmio de Porto Alegre, etc. Se esse cara jogar pelo menos a metade do que jogava o outro Dudu, cerca de  50 anos atrás, o Verdão terá fechado um grande negócio.

Olegário Toloi de Oliveira, apelido de Dudu, saiu de Araraquara para  desembarcar no Parque Antarctica, aos 25 anos, em 1964. Escalado como volante, formou dupla com o meia Ademir da Guia durante dez anos. Como aparece na foto acima, em pé, a partir da esquerda, Eurico, Leão, Luís Pereira, Alfredo, Dudu e Zeca; agachados, Edu, Leivinha, César, Ademir da Guia e Ney. Formação de 1973.

Colecionou títulos regionais e nacionais, além de representar, com o seu Palmeiras, a Seleção Brasileira na inauguração do Mineirão em 1965, vitória de 3 a 0 contra o velho rival, o Uruguai.

INÍCIO NA FERROVIÁRIA
Aquele Dudu, do imortal Palmeiras começou a carreira na inigualada Ferroviária, de Araraquara. Cidade-sede da saudosa Estrada de Ferro Araraquarense. Seguindo o exemplo dos colegas de Bauru, Campinas, Sorocaba, Botucatu e Assis, os ferroviários de Araraquara, à altura de 1950, resolveram fundar um clube de futebol, a Associação Ferroviária de Esportes. Hoje, nas divisões de baixo, como o E.C. Noroeste, a Ferroviária chegou à Primeirona em 1955, logo impôs respeito revelando jogadores e desafiando os grandes na classificação geral.

Conquistou um honroso terceiro lugar no Paulistão de 1959, vencido pelo Palmeiras. Quando também enfrentou o Corinthians, diante do maior público da história do extinto Parque São Jorge. Os 32.419 pagantes  presenciaram  a vitória – 2 a 0 – do Alvinegro, com lances como o da foto abaixo: defesa do goleiro Rosan, assediado pelo corintiano  Joaquinzinho e protegido pelo médio Dudu. Apitou o jogo Stephan Walter Glanz, da Federação Paulista de Futebol.

palmeiras-dudu

 

joao-francisco-tideiJoão Francisco Tidei de Lima é historiador e professor universitário aposentado — passou pelos campi da Unesp de Assis e Bauru e pela USC. Possui especialização no Institut Européen des Hautes Études Internationales, da Universidade de Nice, na França. Organizou o arquivo do Museu Ferroviário de Bauru. Com experiência como  radialista, é autor do livro ‘Alô, Alô, ouvintes: uma história do rádio em Bauru’.

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Bauru Basket

Sem moleza dessa vez, Paschoalotto Bauru vence o Palmeiras

Em sua última partida no ginásio Panela de Pressão, o Paschoalotto Bauru voltou a ter um jogo difícil em casa. Depois dos passeios recentes, veio o Palmeiras, que ainda não havia sido vencido pelo Dragão em 2014, e engrossou, como esperado — abriu vantagem no primeiro quarto. Mas, prevaleceu a força do elenco sem limites, que buscou o placar fechou a partida, num sprint no período derradeiro, por 85 a 77. Antes das festas de fim de ano, os guerreiros têm clássico em Franca, no domingo (21/dez), ao meio-dia, com transmissão do Sportv.

O JOGO
O palmeirense Fabrício estava com a mão quentíssima no início da partida. Com 14 pontos do ala e bom trabalho interno de Toyloy, o Verdão conseguiu abrir vantagem. Bauru não conseguia se impor nos rebotes e, não fossem a as cinco bolas de três pontos, a diferença seria maior. Placar de 21 a 29 para o Palmeiras e alerta do lado bauruense. No segundo quarto, reação com melhor rendimento no garrafão. Mathias entrou bem, Hettsheimeir seguiu pontuando e as bolas de fora, como sempre, caíram. Fração de 21 a 16 e prejuízo diminuído antes do descanso: 42 a 47.

Voltando com Ricardo inspirado e Hett inspiradíssimo, o Dragão construiu sua melhor parcial no jogo (25 a 18), por mais que o armador Neto tenha tentado compensar com seus chutes. Dessa forma, o Paschoalotto conseguiu a virada para decidir no último quarto: 67 a 65. Com mais quatro bolas precisas de fora — a de Larry, especialmente, abrindo a vantagem de vez –, a vitória veio, também pela força da defesa, que não deixou o Palmeiras encostar nos instantes finais. Fração de 18 a 14 para fechar em 85 a 77.

FALA, GUERRINHA
“Hoje foi um jogo normal. Eles têm armadores que têm controle do jogo e defenderam em zona o tempo inteiro. O objetivo hoje era a vitória e o revezamento para o jogo de domingo. O importante é usar as armas. Não entramos com intensidade física, somos seres humanos, o inconsciente fala mais alta, mas não deve. Depois, recuperamos. Se o tempo pede pra chamar o brio dos jogadores, preciso fazer. O técnico, quando menos aparecer, menor”, disse o técnica Guerrinha, que hoje teve mais trabalho, ao repórter do Jornada Esportiva/Auri-Verde, o piadista Luiz Lanzoni.

NUMERALHA
Rafael Hettsheimeir: 24 pontos, 7 rebotes
Larry Taylor: 15 pontos, 5 rebotes, 2 bolas roubadas
Ricardo Fischer: 12 pontos, 4 rebotes, 8 assistências
Jefferson William: 11 pontos, 5 assistências
Alex Garcia: 7 pontos, 5 rebotes, 4 assistências
Murilo Becker: 7 pontos, 5 rebotes

 

Foto: Sergio Domingues/HDR Photo

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Coluna

Coluna da semana: o “projeto” Palmeiras/Bauru

Entre aspas porque não houve planejamento e as meninas é que sofrem com isso. Confira o texto publicado na edição de 4 de junho de 2012 no jornal BOM DIA Bauru.

Descaso com as meninas

Desde que as meninas do futebol feminino chegaram escondidas a Bauru, treinando sem parceria concretizada, o BOM DIA acompanha cada passo de sua agonia, com o brilhante trabalho do intrépido Gustavo Longo. Da refugada do Noroeste à chegada do Palmeiras, as protagonistas dessa história têm vivido um drama. Pingando de alojamento em alojamento, sem ver a cor do dinheiro, sujeitaram-se o quanto suportaram por causa de um sonho. Mas estão vivendo na pele o pesadelo que é o futebol feminino no Brasil.

Na pressa de garantir o time no Campeonato Paulista, colocaram as meninas em campo sem garantias financeiras para honrar seus salários. Não tiveram o mínimo suporte administrativo e escalaram atleta sem condições legais de jogo. Prometeram alojamento (no singular), mas a falta de um teto digno fez com que três jogadoras abandonassem (com razão) o barco e agora o elenco inteiro se mandou para a Capital.

No meio do empurra-empurra entre Semel (Secretaria Municipal de Esportes e Lazer) e Palmeiras, ninguém tem razão. A Semel, na ansiedade de garantir representação nos Jogos Abertos, aceitou hospedar um time sem planejamento – e agora tira o corpo fora, diz que essa equipe não atuará mais por Bauru nos Jogos e que tem feito mais do que prometeu… Do outro lado, é inconcebível que um clube do tamanho do Palmeiras leve ao campo um time que leva seu tradicional escudo no peito sem dar as mínimas condições de trabalho. O diretor do clube à frente do “projeto”, Dema, fica na desconfortável posição de esclarecer o que não tem justificativa. Não sei se é vilão, mas nessa história não tem mocinho.

Ora, essas guerreiras não podem trabalhar de graça! Só foram pagos uns tostões até agora com o louvável dinheiro de um patrocinador (Gocil). O Palmeiras condicionar folha salarial à entrada de apoiadores é uma irresponsabilidade. Valeram-se da boa-fé de atletas que buscam uma oportunidade no esporte que amam praticar.

Está na hora de aparecer o contrato – se é que ele existe – que esclareça qual é a responsabilidade de cada uma das partes, Semel e Palmeiras.

Fuja do mico
Faltam cinco meses para os Jogos Abertos. A declamada pista de atletismo segue uma incógnita. Não duvido que a empresa Recoma consiga finalizá-la. Mas me preocupa é a tal arquibancada, pois não se ergue do dia para a noite. A não ser que venha por aí uma estrutura tubular, bem ao estilo improviso que caracterizou a maquiagem que foi feita na Panela – a quadra é realmente muito boa, mas ao redor dela só se vê gambiarra. E o ringue de boxe não foi a primeira compra de aparelho equivocada da Semel. As tabelas de basquete tinham aros incompatíveis com o jogo profissional e tiveram que usar os do Bauru Basket.

Se houver segundo turno nas eleições, a correria contra o tempo para a cidade estar minimamente aparelhada para as competições irá coincidir com essa disputa. Será ótima munição para a oposição. A não ser que façam em cinco meses o que não fizeram até agora, mais de um ano e meio depois que a cidade foi escolhida como sede.

Papo de basquete
Brasília engoliu São José na final do NBB (Novo Basquete Brasil). Foi inapelável. Nem vale discutir se a final em jogo único prejudicou os joseenses. Eles tinham mais torcida e o formato da competição estava aprovado, não cabe contestar agora. Claro que a disputa em playoff é melhor, mas esse argumento não serve com leite derramado. Que se discuta para o NBB 5. Mas a quarta edição tem seu campeão legítimo e incontestável. Brasília nem precisou usar de sua chata artimanha de pressionar a arbitragem. Na bola, deu um baile no adversário, que abdicou do jogo coletivo e depositou todas as suas esperanças em Murilo. No desespero, começou uma frenética e equivocada tentativa de diminuir a diferença em chutes de três – o irritante defeito do basquete brasileiro.

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Noroeste

Noroeste empata com Palmeiras B e cumpre segunda missão

Sim, a segunda. A primeira missão do Noroeste era não cair para a Série A-3 – isso era um temor geral quando o clube não tinha elenco a menos de 60 dias da competição.

Afastado o perigo desde o início, quando o time mostrou qualidade para brigar pelo acesso, veio a busca da classificação para a segunda fase – com uma rodada de antecedência, após mais um empate (0 a 0 com o Palmeiras B). O Alvirrubro dormiu na sexta colocação, mas pode ser ultrapassado pelo Red Bull, que joga neste domingo.

Na última tarde, na Rua Javari, o Noroeste foi repetitivo: melhor em campo no primeiro tempo, teve certo volume ofensivo, mas não o suficiente para trazer a vitória, que o colocaria na vice-liderança. No segundo tempo, também como de hábito, viu Nicolas trabalhar (bem) algumas vezes.

Semana que vem, para buscar uma vaga entre os quatro melhores – e conquistar o direito de jogar a última rodada da segunda fase em casa -, o Norusca pega o já rebaixado União São João. Obrigação de vencer e até mesmo de construir bom saldo de gols.