O novo comandante do Noroeste pelo ponto de vista de um amigo
Como já foi difundido, o novo treinador do Noroeste, Lori Sandri, tem sua estaca fincada no estado do Paraná, onde atuou profissionalmente como jogador e também onde teve passagens marcantes como treinador. Por lá, tem um amigo chamado Roberto Queiróz, que muitos noroestinos já devem saber quem é.
Queiróz é tio do atacante Diego, titular nas duas últimas partidas do Norusca. A meu pedido, ele fez um relato traçando um perfil de Lori Sandri e fez questão de destacar: não vai pedir uma vaguinha ao sobrinho para o amigo. Que conquiste na bola. Confira:
“Bem, o estilo do Lori é o da palavra correta. Ou seja, com ele o jogador não terá espaço para mil desculpas ou uma outra chance para provar que é capaz.
Ele é do diálogo, porém, com personalidade para não aceitar estrelismo.
Com argumento embasado em profundos conhecimentos, não só do futebol brasileiro, mas também com o futebol mundial, é um cara simples, educado e boa praça.
Lembro que em 2008/09 ele treinava o Marítimo, de Portugal, e o presidente do time começou a dar pitacos na escalação, já que o time estava meio lá e meio cá no campeonato. O Lori não aceitou as interferências do presidente e se mandou do time.
Com toda certeza é de personalidade forte e exemplar. Uma outra situação foi em um jogo entre Paraná Clube e São Paulo. O Paraná foi goleado sumariamente e durante a entrevista ele disse mais ou menos assim: ‘Meus atletas não tiveram a ousadia nem pra sujar a camisa do Rogério Ceni. Ele não precisará mandá-la pra lavanderia…’.
Ele é muito querido nos Emirados Árabes, onde conquistou títulos, como a Copa do Golfo, se não me engano em 1993, pelo Al Shabab, e em 1999 a Copa Príncipe Faissal, o nosso Brasileirão e a nossa Copa do Brasil, respectivamente.
Ele era volante, jogava duro, porém limpo. Fez sucesso no Atlético Paranaense, embora ele tenha jogado também em um dos times que originou o Furacão (o Água Verde) e no Londrina.
Posso dizer que ele pode ser a ‘salvação’ do Norusca, se o elenco ajudar (principalmente) e não houver interferências da diretoria, pois não faz parte do hábito dele receber ordens para escalar esse ou aquele.
Resumindo: personalidade, conhecimento, palavra correta e tranquilidade. Este é o estilo do seu Lori Paulo Sandri.
Embora o conheça… Não tenho a ousadia de falar pra ele: ‘Pô, seu Lori, coloca o Diego, ele precisa de ritmo de jogo’. O cabeludo terá que ganhar a vaga na raça, no talento e marcando gols, o que é mais importante! Se quiser pode publicar essa observação sobre o Diego. O lance é esse, jogar aberto.”
(Roberto Queiróz)
Foto na homepage: Diogo Carvalho/Noroeste