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Bauru 2, Franca 2: dois times numa mesma noite

Tudo igual. Tudo certo. Assim como Bauru fez na Panela, Franca fez valer o fator casa e venceu por 70 a 62, empatando a série de quartas de final. Claro que fica a impressão que poderia ter sido diferente, se o time tivesse jogado nos demais períodos o que jogou nos quartos dois e três. Por isso o Dragão teve duas caras nessa partida: a da apatia na primeira parcial (23 a 2 para os francanos!!!) e a da reação logo em seguida (15 a 23 e 12 a 24, respectivamente, empurrado por Pilar). No último quarto, os erros voltaram e os mandantes se impuseram.

Coleman segue como destaque na série (16 pontos e sete rebotes), Jeff fez duplo-duplo (dez pontos, 11 rebotes). Faltaram os pontos de Larry e Gui (oito e seis, respectivamente). Faltaram os do Alienígena lá dentro (apenas dois; Franca levou a melhor no jogo interno: 48 a 38, foi o que decidiu o jogo) e os do Batman fora (nenhuma bola de três; ambos os times acertaram quatro, em aproveitamento muito baixo).

No fim das contas, Bauru vendeu caro as derrotas fora de casa e teve o domínio do placar atuando na Panela. É o que anima para o confronto decisivo, na próxima sexta (10), às 21h. Que se imponha. Claro que bate aquele medo de relembrar a eliminação para São José, no último Paulista… Mas era outra situação. Ao contrário de agora, os bauruenses jogaram mal toda a série: ganharam no sufoco como mandantes e pouco assustaram como visitantes. Aí, no quinto e decisivo, jogaram mal de novo. Nos Abertos, foi a mesma história: a equipe chegou se arrastando à decisão.

Desta vez, os guerreiros estão confiantes (no melhor sentido da palavra, daquela vez era uma zona de conforto…), deixaram seu recado em Franca e já provaram sua postura na Panela. Só o cansaço pode vencer esse time, com uma rotação tão limitada. Por isso, a mudança para sexta-feira, a pedido do Sportv, foi providencial. Fica a torcida para Jeff Agba ser absolvido hoje.
Atualizado: Jeff foi punido por por três partidas, além de ter que ficar afastado até o ala Jhonatan, de Franca, se recuperar. Um péssima notícia. A decisão cabe recurso e o Bauru Basket irá tentar reverter o quadro.

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Bauru 2, Franca 1: o voo de Jeff Agba

Direto da Panela

O pivozão foi mesmo o personagem da vitória bauruense no jogo 3 das quartas desse NBB, por 87 a 78. Afinal, ele fez muita falta na segunda partida, impedido por uma suspensão. Veio o aval para atuar e Jeff Agba voltou a ser o Jeff Agba. Aquele grandalhão apático da reta final da fase regular ficou para trás. De certa forma, o episódio serviu para acordar o Gigante, que fez  duplo-duplo (18 pontos, 12 rebotes).

“Eu estava muito bravo… Mas, normalmente, em playoff eu jogo assim. Eu estava muito tranquilo, mas os caras me acordaram e eu encarei esse jogo como tudo ou nada”, disse o camisa 42, que comemorou suas enterradas com “aviãozinho” para a galera — e, de quebra, para provocar os francanos. “Eu já fiz o aviãozinho, em 2010, 2011… Hoje, com a raiva que eu estava no jogo, o aviãozinho voltou, porque eu estava com muita vontade de jogar”, contou.

Figura central da rivalidade Bauru x Franca nessa série, Jeff sabe que será o alvo principal das vaias no ginásio Pedrocão, na próxima segunda-feira. E não se intimida. “É sempre difícil jogar contra Franca, com a torcida deles. Mas é normal, é bom para o jogador a torcida ficar xingando… Assim o jogo fica muito bom. Vou fazer minha parte, que é jogar basquete”, avisou.

O pivô ganhou elogios do chefe por sua atuação. “A presença do Jeff foi muito importante. Hoje, ele deu revezamento, o Larry descansou um pouco, o Pilar um pouco… A participação dele foi decisiva, como foi a do André no segundo jogo”, avaliou Guerrinha.

Coleman bem de novo
Vale destacar a boa fase de DeAndre Coleman nesse playoff. A exemplo de Jeff, fez duplo-duplo (18 pontos, 12 rebotes). E novamente teve grande aproveitamento (64% dos pontos que tentou). Os dois pivôs norte-americanos foram os principais responsáveis pelo banho que Bauru deu em Franca no quesito rebotes (42 a 18) — o menino Kesley, aniversariante do dia, pegou três nos 4min36 em que esteve em quadra.  Discreto dessa vez, Mosso foi responsável pelo “serviço sujo” (e necessário): fez três faltas em seus 2min38 de jogo.

Larry novamente comandou o time, com 20 pontos, cinco rebotes e seis assistências. Os 11 pontos de Gui e os 13 de Pilar (mais quatro rebotes e quatro assistências) foram fundamentais para a construção da vitória, que esteve ameaçada no final do terceiro quarto, quando os francanos tiraram reduziram a diferença de 11 para três — nesse momento.

Panela bonita
A torcida vibrou o tempo inteiro nos dois jogos, empurrando o time. E a diretoria também fez sua parte, sendo responsável na quantidade de ingressos à venda, respeitando a capacidade do ginásio (na casa de 2 mil torcedores). Uma pena que talvez tenha que abandonar ações promocionais, como a do leque, porque tem sempre um sem-noção disposto a estragar o espetáculo, lançando objeto na quadra…

Clima quente
Franca publicou nota repudiando a postura da LNB e do STJD no caso Jeff Agba, o que ajudou a aumentar a temperatura da rivalidade. Se a torcida bauruense for para lá — e já passou certo sufoco no jogo 1 — que se adiante, chegue cedo e exija proteção (uma obrigação do delegado da partida e da diretoria francana garantir isso).

Foto 10
A seguir, alguns cliques exclusivos do Canhota.

Gui com a bola: ele ficou pendurado com quatro faltas muito cedo…
A bronca de Guerrinha antes de o último quarto começar: vitória foi sua centésima em NBB e ele é o único treinador que atuou nas cinco edições pelo mesmo time
Larry no lance livre, com a torcida Fúria ao fundo: ele acertou quatro de cinco
Vibra, galera! A Panela, de fato, ferveu
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Bauru 1, Franca 1: a batalha da Panela

Direto da Panela

A sugestão do título foi dada pelo furioso Gustavo Lopes (ou seria o gêmeo Felipe? rs) e imediatamente acatada. Foi mesmo uma batalha, sobretudo contra as adversidades. Mesmo com o elenco muito reduzido e exposto a mais contusões pelo nível de esforço em um clássico tenso, o Bauru Basket deu verdadeira demonstração de garra e superou Franca por 86 a 79.

Depois das saídas precoces de Sidão e Detrick e das contusões de Fernando Fischer, Luquinha e, de última hora, Ricardo Fischer, o Dragão ainda sofreu o duro golpe da suspensão preventina de Jeff Agba, por conta de falta cometida em Jhonatan no jogo 1. Resultado: oito atletas em condições, mas, na prática, apenas Mosso preparado para revezar — Nandão chegou a ficar 3min46 em quadra, para ajudar os colegas a descansar.

Na condição de titular, Andrezão respondeu positivamente e jogou em alto nível, com 19 pontos, cinco rebotes e três assistências (uma delas de  costas, coisa linda). Seu parceiro de garrafão, Coleman, assumiu a responsabilidade e foi o grande nome da partida, com 23 pontos convertidos dos 28 que tentou, além de cinco rebotes — quando foi excluído pela quinta falta, a 3min do fim, temi o pior…

Aliás, difícil destacar um ou outro jogador… Todos tiveram que se virar em quadra, correr dobrado, suar muito para manter o placar sob controle. Larry, como sempre, chamou bolas decisivas em momentos cruciais (fez 12 pontos, pegou nove rebotes). Gui mostrou toda a sua vitalidade, jogando os 40 minutos (11 pontos). E Pilar foi Pilar, entrega máxima (19 pontos, sete rebotes).

Vendo o time jogar, conduzindo a bola para o ataque com menos qualidade, trocando passes sem a cadência de Ricardo, dava para temer o pior. Tudo isso foi compensado por uma defesa muito forte, que forçava os erros francanos. E foi uma grande resposta para a manobra jurídica de Franca: a de que jogo se ganha na quadra.

O JOGO

Jeff Agba acompanhou de fora, só na torcida

O primeiro quarto resumiu o que o Bauru Basket teve que fazer a partida inteira: desdobrar-se. Depois de sair perdendo por 0 a 11, conseguiu organizar os nervos, sintonizar o jogo sem Ricardo e ir buscar. Aos trancos e barrancos, fechou o primeiro quarto na frente, 23 a 21. O segundo quarto, puxado para os bauruenses, com banco limitado, enquanto Franca pôde revezar, foi equilibrado e o Dragão conseguiu levar a vantagem para o vestiário: 41 a 39.

Na volta do intervalo, o equilíbrio seguiu total, ninguém conseguiu se desgarrar no marcador — novamente uma parcial empatada (21 a 21). Enquanto os guerreiros se viravam em quadra, fora dela Ricardo Fischer apoiava, catimbava, chamava a torcida, cantava jogadas. E o Ligeirinho vibrou muito quando viu, já no início do último período, Larry e Coleman levantaram a torcida com uma ponte aérea impressionante. Pena que o camisa 24 — excelente partida! — saiu com cinco faltas a 3min do fim… Coube a Andrezão e Mosso brigarem embaixo da cesta nos instantes finais e Pilar dar seu show habitual de entrega em quadra. E se Gui não foi brilhante no ataque, sabe-se o quanto correu na marcação. Enfim, um placar construído com muito, muito suor.

ABRE ASPAS
“É a força do Bauru Basket, a superação. Estou emocionado de ver essa torcida, pena que não pude contribuir. De fora, vendo o jogo de outro jeito, tentei ajudar meus companheiros, que estão de parabéns, jogaram pra caramba!”, comemorou Ricardo Fischer.

“A gente fica nervoso no banco, pede para a torcida empurrar… O time está de parabéns!”, disse Luquinha, outro que compôs o banco para dar uma força.

“Eu sempre me entrego nos jogos, fazendo o que o time precisa. Sobre a ponte aérea, sempre praticamos e, faltando poucos segundos, conseguimos de novo. E espero que o Jeff possa jogar sexta”, comentou Coleman, que ainda não se arrisca no português.

“Um jogo desse é uma aprendizagem para o time. Para mim, por exemplo, foi difícil jogar mais dosado, menos agressivo. Nossa superação é uma prova de que o time não se faz só de um jogador. A gente tem um objetivo a cada jogo, mas não ficamos sonhando, sonhar é perigoso. Vamos realizar!”, avisou o ala Pilar.

“Foi difícil, Franca começou o jogo forte. Depois, ficamos tranquilos, viramos o placar e controlamos. Faz três meses que jogava junto com o Ricardo e tivemos que mudar. Tenho que armar, já fiz isso muito na vida, mas ainda bem que o Pilar leva a bola bem, para me dar um desanso, pois Franca pressiona o jogo inteiro. E a partida é dentro da quadra, cinco contra cinco: vamos buscar outra vitória na sexta”, falou Larry Taylor.

“A torcida veio com o espírito de ajudar a equipe. E ganhou o melhor dentro da quadra. Em cada dificuldade, eu como líder, no lugar de ficar lamentando, propus à equipe algo mais. O grupo também propôs. Todo mundo participando, se dedicando, não só na quadra, mas ajudando, trocando ideias. É melhor ter cinco, seis jogadores da forma como está, do que 12 como estavam no Paulista. Temos que fazer o dever de casa na sexta e jogar a pressão para Franca no quarto jogo”, avaliou Guerrinha.

FOTO10
A seguir, mais alguns cliques da partida:

Ricardo e sua muleta: ele foi um show à parte do lado de fora
Duelo entre amigos: 1 a 1
Coleman e Pilar: duas das almas guerreiras da noite

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Bauru Basket, sobre punição a Jeff: “Não estamos passivos”

“Nosso advogado em São Paulo está correndo atrás disso, mas para amanhã acho pouco provável. O que estão fazendo é um absurdo. Estamos correndo atrás de nossos direitos, como Franca fez. Estamos tomando nossas providências. Não estamos passivos.”

Palavras do presidente Joaquim Figueiredo ao Canhota 10, sobre a suspensão preventiva do pivô Jeff Agba, em função da jogada que resultou na contusão do francano Jhonatan.

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Bauru 0, Franca 1: não há o que lamentar dessa derrota

Se já seria normal perder para Franca, em Franca, numa partida de playoff com Pedrocão cheio, imagine com elenco reduzido. A derrota vendida cara, por 72 a 69, na abertura das quartas de final, serviu para fortalecer o Bauru Basket para essa série que se anuncia dificílima.

Com apenas Mosso e Andrezão para o revezamento, considerando que Guerrinha dificilmente apostará nos jovens Kesley e Nandão, haja fôlego para atravessar a reta final. Que o titular Ricardo Fischer volte logo!

A destacar nos números, os 21 pontos, seis rebotes e seis assistências de Larry Taylor, novamente confortável em sua posição de protagonista, depois de um retorno olímpico titubeante. O duplo-duplo de Jeff Agba (dez pontos, dez rebotes) é um alento, pois espera-se que ele volte ao nível pré-contusão.

Jeff
Vale uma ressalva. Não é de hoje que ele, digamos, fica demasiado competitivo em playoffs. Quem não se lembra de seu cotovelo sobrando no jogo 3 contra Brasília, ano passado? Não o julgo maldoso. O gringo apenas não consegue dosar sua energia. E isso depende dele, pois a comissão técnica “oprimir” sua gana seria um tiro no pé. Essa competitividade é importante para o time.

Falo tudo isso por conta da contusão do ala francano Jhonatan, que teve que passar por cirurgia por causa de rompimento dos ligamentos no pulso esquerdo. Não vou entrar no mérito da responsabilidade ou não de Jeff. Não domino a técnica basqueteira para tanto. E já virou uma discussão besta, porque nenhum dos lados vai ceder. Será monstro para uns, inocente para outros. Apenas destaco que o camisa 42, por seu histórico brigador em quadra, acaba por atrair o julgamento negativo. E será alvo de ação dos francanos, segundo o Basketeria. Mas nada a tempo de tirá-lo da série.
Atualizado: deu tempo sim… O Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Basquete (STJDB) agiu rápido e suspendeu preventimante Jeff Agba por 30 dias. Segundo a reportagem do GloboEsporte.com, o órgão descarta a possibilidade de essa decisão ser embargada antes do julgamento (isto é, não cabe recurso), que deverá acontecer nos próximos dias. 

Enfim, devagar com os julgamentos e vamos ao jogo 2.

INGRESSOS PARA OS JOGOS 2 e 3
Comunicado do Bauru Basket:

“Para as duas partidas da série quartas de final contra Franca, iremos realizar venda antecipada de ingressos. Paschoalotto/Bauru e Vivo/Franca se enfrentam nesta quarta-feira, às 19h30 e na sexta-feira, às 20h, no Ginásio Panela de Pressão.

Os ingressos serão vendidos nesta terça, quarta, quinta e sexta-feira, na praça de alimentação do Bauru Shopping, das 12h às 20h45. A bilheteria da Panela de Pressão irá abrir somente se ainda restarem ingressos para os jogos. Os preços continuam os mesmo, R$20,00 inteira, R$10,00 meia e R$40,00 cadeira cativa.”