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Jeff Agba foi defendido pelo Bauru Basket

Como é sabido, foi julgado recurso no Superior Tribunal de Justiça Desportiva que manteve os três jogos de suspensão do  pivô Jeff Agaba — em virtude da “dividida” que resultou na contusão no pulso do francano Jhonatan. Isso foi no último dia 15 de agosto e, prontamente, o Minas anunciou o Gigante como seu reforço para a temporada — onde voltará a dividir o garrafão com Douglas Nunes.

O que não foi muito difundido, e vale aqui o registro, é que o Paschoalotto Bauru enviou advogado para defender o jogador, mesmo não sendo mais do elenco. A medida denota a gratidão e o respeito do time pela trajetória do jogador defendendo o Dragão. E também desvenda uma dúvida que alguns torcedores tinham: Jeff não ficou pela expectativa da punição ou por critério técnico?

O resultado dos tribunais elucida: ele ficou livre da pena de ficar fora até Jhonatan se recuperar, com os argumentos da assessoria jurídica do próprio Bauru Basket. Portanto, não fazia mesmo parte dos planos da comissão técnica para 2013/2014. Como comentei na época da janela de transferências: “A situação de Jeff Agba não depende apenas do julgamento, muitos acreditam que venceu seu tempo em Bauru”. Sua condição física já vinha dando sinais e, como se vê hoje, com Murilo e Tischer, o comportamento tático do garrafão mudou, ficou mais ágil.

De qualquer forma, a atitude da associação é louvável, principalmente em respeito ao que Jeff fez por várias temporadas — e, não à toa, é ídolo da torcida.

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Guerrinha: balanço da temporada do Bauru Basket e reciclagem na Espanha

Guerrinha, técnico do Bauru Basket, já está em solo espanhol, onde fica até o próximo dia 20 em intercâmbio — ao lado de seu amigo Lula Ferreira, treinador do Franca.

O roteiro começa em Madrid, visitando a federação local e a Escola de Treinadores. Ainda nesta terça, conhecem as dependências do Real Madrid e assistem ao jogo 2 do playoff final da liga espanhola, entre Real e Barcelona. Nos dias seguintes, percorrem as estruturas de outros dois clubes da capital, o Estudiantes e o Fuenlabrada. Na sexta, visita ao Centro de Alto Rendimento e desembarque em Barcelona para ver o clube Juventud de Badalona. Mais jogos do playoff no fim de semana e a segundona (17) começa na ACB (a liga deles), antes de irem ao encontro de Marcelinho Huertas e companhia, no clube azul-grená — encontro repetido na terça, último dia de compromissos.

“Vamos ver protocolos de categorias de base, treinamentos, recrutamento… Trocar ideias com técnicos. E será legal rever amigos do meu tempo de jogador. A Espanha é o centro do basquete na Europa. Desenvolve um trabalho muito profissional que queremos trazer para nossas equipes, que têm um perfil de jovens em formação, pois não estamos só buscando jogadores prontos”, contou Guerrinha.

Antes de decolar, falou com o Canhota 10 e fez um balanço da última temporada. Confira:

Pódios
“No Paulista tivemos grandes chances de chegar ao título. Perdemos no quinto jogo do playoff aqui. Todo mundo acha um absurdo, mas São José ganhou a final do Pinheiros lá em São Paulo e tirou Brasília do NBB. Os Jogos Abertos são uma competição atípica, num período em que seria melhor treinar. Se ganhássemos, não teríamos feito mais do que a obrigação. Perdemos, e estava tudo errado… [falando sobre as conclusões e críticas pós-derrota] Mas Limeira, quando encaixa o jogo e a bola cai, ganha de qualquer um. E não fizemos um jogo bom, sem o Larry, eles foram bem e ficamos em segundo: medalha de prata. Na Liga de Desenvolvimento, fomos campeões com o trabalho do adulto. Começamos o NBB com saída e chegada de jogadores, contusões… Mas finalizamos bem. Terceiro lugar e objetivo alcançado, classificados para um torneio internacional.”

Superação
“O importante é ser competitivo, pois o basquete está muito disputado. A equipe cresceu e conseguiu um resultado fora da realidade do plantel — o normal seria de quinto a oitavo. Com mérito, conseguimos essa posição na superação e com a qualidade de jogadores que renderam além. Para nós, foi como um título. O time se uniu, a diretoria também, a torcida entendeu as dificuldades.”

Dois armadores
“Eu já tinha planos para isso, mas no revezamento. A contusão do Fischer antecipou. O Larry na posição 2 melhorou muito a defesa. E o Ricardo melhorou o passe do time.”

Experiência com americanos
“O objetivo sempre é fazer time com brasileiros. Não temos nada contra estrangeiros, mas sabemos que eles têm uma cultura diferente. Tivemos a felicidade de ter o Larry e o Jeff, é muito difícil… Eles normalmente vêm fazer scout, arrumar contrato… Nosso perfil de equipe é vir, ficar, gostar… até chegar uma hora em que o ciclo acaba. Nós só adotamos o modelo de trazer americanos [Thomas, Coleman, Detrick] em função da dificuldade de achar jogadores de nível, com preço razoável, e porque tínhamos dois americanos que consideramos brasileiros. Jamais faríamos um time com quatro americanos! Mas não deu certo, é uma tentativa que não queremos repetir.”

Jogadores na Seleção
“Tivemos muito trabalho com o Larry. Foi ótimo para o projeto, para o Brasil, mas para nós… Eu já tive essa experiência como jogador, sei que quando se vai sem férias, quando volta demora dois meses para se recuperar. Na Seleção, o atleta entra numa pilha, num nível muito elevado, hora que volta, relaxa. E taticamente o Larry voltou descaracterizado e levamos tempo para reativá-lo. Já com os meninos [Ricardo, Gui e Andrezão, que jogarão pela Seleção de novos em julho], não é o caso. Estão indo ver coisas diferentes, aprender com treinadores diferentes — nessa idade, não atrapalha.”

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Bauru Basket entre os melhores do NBB5

Tenho que manter o costume e comentar os meus votos enviados para a Liga Nacional, além de registrar os bauruenses que concorrem a prêmios — confira aqui todos os indicados.

Depois do inédito e fantástico terceiro lugar — mesmo com uma reta final repleta de contratempos –, o Bauru Basket merece cada uma das menções e poderia até ter tido mais uma, pois Guerrinha e Hélio Rubens (Uberlândia) foram tão competentes quanto Régis Marrelli (São José), que está na disputa com os inquestionáveis Lula (e seu surpreendente Franca) e José Neto (apesar de não gostar de sua postura à beira da quadra, a campanha do Flamengo fala por ele).

Vale comemorar muito o ala Gui, novamente cotado para dois troféus. Ano passado, levou dois para casa (revelação e jogador que mais evoluiu). Este ano, volta a competir na evolução e como melhor defensor (uma grande notícia para seu esforço tático!). Ricardo Fischer é outro destaque, competindo como melhor armador e como destaque jovem (finalmente abandonaram o termo revelação, não faz sentido chamar um moleque rodado desse, que já disputou vários NBBs, de revelação…). Por fim, Larry Taylor, deslocado para ala, concorre nessa posição — pesa a seu favor uma série contra Franca em seu nível de outro planeta.

Abaixo, meus votos:

Armador
FÚLVIO (São José)
 Votei antes da confusão no jogo 4 da semifinal. Senão, até pensaria em mudar meu voto. Papelão, o do armador, de inflamar o clima com simulação de agressão — o que não tira a responsabilidade do encrenqueiro Marcelinho Machado e da marrenta comissão técnica do Flamengo. De qualquer forma, é preciso reconhecer a habilidade de Fúlvio em conduzir seu time, que esteve baleado na reta final da fase regular e simplesmente tirou o tricampeão Brasília do páreo.

Alas
MARQUINHOS (Flamengo) Com elenco recheado ao seu redor, tornou-se menos individualista e seu jogo evoluiu — nem por isso deixou de ser cestinha. Grande campeonato dele.
ALEX GARCIA (Brasília) Os tricampeões ficaram pelo caminho, mas não se pode esquecer o segundo turno quase perfeito do Logo-guará, conduzido pelo camisa 10 candango.

Pivôs
JEFFERSON WILLIAM (São José) Espanta o ala-pivô ficar fora dos indicados. Bom reboteiro e chutador implacável, foi fundamental na classificação joseense para as semifinais. Também votei nele para o Jogo das Estrelas.
RAFAEL MINEIRO (Pinheiros) Excelente temporada do camisa 12, coroada pelo título da Liga das Américas. Desde o Campeonato Paulista ele dava sinais de que faria barulho. Neste NBB, foi o destaque do Pinheiros, ao lado de Shamell.

Sexto homem: DUDA (Flamengo) Jogador mais vibrante do Rubro-negro, chamou a responsabilidade em partidas cruciais.
Destaque jovem: LUCAS MARIANO (Franca) Caberiam muitos nomes aqui, mas o pivô francano impressionou pela personalidade no garrafão.
Jogador que mais evoluiu: RICARDO FISCHER (Bauru) Ele sai de uma temporada com poucos minutos em quadra, na reserva de Fúlvio, para outra como titular (ao lado de Larry!) e candidato e melhor armador. Estupenda evolução!
Defensor: ALEX GARCIA (Brasília) Apesar da ótima temporada de Gui nesse quesito, Alex ainda é imbatível.
Melhor jogador: MARQUINHOS (Flamengo) Como escrito acima, ele foi mesmo o cara.
Melhor treinador: LULA FERREIRA (Franca) Remontou Franca e chegou mais longe do que todos esperavam. Excelente trabalho.

Rabisque você também seus melhores!

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Bauru 0, Uberlândia 3: valeu!

Que noite, amigo! Em compromisso, só me restou acompanhar a luta dos guerreiros no tempo real do celular, roendo as unhas esperando a atualização do placar. Pelo scout da Liga, era possível imaginar o Gui destruindo nas bolas de três, o Jeff brigando no garrafão, o Larry infiltrando, o Ricardo conduzindo o time. E de repente me surpreendi com Andrezão! Pelo jeito, não está com dengue, tomou remédio e foi para o sacrifício, depois de grande indisposição. Pilar deve ter brigado muito pela bola e Mosso deu boa contribuição. Kesley e Nandão, certamente, apoiaram os companheiros e foram, de certa forma, um pouco de cada torcedor, mas do lado de dentro.

Depois de uma sequência de dificuldades que foi minando o poder de fogo do elenco, o Dragão deu sua última lição de superação. A reação de torcedores, orgulhosos, agradecendo e parabenizando o time nas redes sociais, resume o que foi essa temporada intensa, de baixos e altos, que terminou com classificação para a Liga Sul-Americana — que classifica para a Liga das Américas.

Com calma, nos próximos dias, o Canhota analisa a campanha bauruense no NBB5. E, como disse o diretor Vitinho Jacob, a temporada 2013/2014 já começou. Então, logo pintarão novidades sobre a formação do novo elenco. Vem notícia boa por aí.

Por enquanto, só resta desejar bom descanso aos guerreiros. Eles merecem.

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Bauru 0, Uberlândia 2: um noite para lembrar

Sim, lembrar. Certamente comissão técnica e jogadores irão assistir ao VT e discutir cada erro — além de rever os acertos de Uberlândia e estudar como neutralizá-los. E ir ao limite do que lhes resta de energia para ter um melhor desempenho no jogo 3 dessa série semifinal. Na noite desta quinta, Uberlândia passeou na quadra do Sabiazinho, diante de 8 mil torcedores (!), vencendo por 93 a 65.

Os mineiros repetiram alto nível de aproveitamento nos pontos tentados (55%, foram 60% no jogo 1), enquanto Bauru caiu muito no rendimentos dos chutes de três (apenas 28%, contra 39% na fase de classificação). Nos rebotes, a vantagem dos donos da casa também fez a diferença: 39 a 25. O ala Audrei novamente foi impressionante nos arremessos de fora (4/5), a ponto de permitir que Robert Day jogasse apenas 18min. Do lado bauruense, Larry Taylor anotou 16 pontos e quatro assistências, enquanto Jeff Agba fez 15 e pegou oito rebotes.

No próximo sábado, o Dragão tem que vencer no Triângulo Mineiro. Do contrário, termina sua participação no NBB5.

Pedido de tempo tenso
Já no final da partida, depois de sucessivos erros de arremessos, Guerrinha resolver instigar os jogadores com suas habituais metáforas. Cutucou o trio Larry, Ricardo e Gui, com contrato até 2016, pedindo mais foco em quadra. Também disse que não era hora de querer resolver sozinho para “salvar contrato”. Foi aí que entrou a voz de Mosso: o áudio ainda captou o camisa 25 dizendo que não estava tentando salvar contrato. Ao microfone de Rafael Antonio, do Jornada Esportiva, o treinador comentou o fato.

“Vai batendo o cansaço, todo mundo querendo resolver individualmente. O Jeff tentando de três, o Mosso forçando chute… Minha função era alertar. O Mosso se exaltou falando que não estava faltando vontade. Eu não disse que estava faltando vontade dele. A gente entende que quer acertar, ajudar. E vai chegando no final, ele fica ansioso em resolver a permanência dele. Sempre dei liberdade para o Mosso chutar e ele nos ajuda muito também fora da quadra, com a experiência. Mas tem hora que tem que jogar simples. Estamos unidos, vamos fazer uma partida melhor no sábado. Eu cobro no tempo porque tenho que defender o time. Se eu ficasse quieto no banco, iam questionar que tipo de técnico é esse”, explicou Guerrinha.

Em outras ocasiões, o treinador já foi mais incisivo em criticar desempenhos individuais ou questionar a postura de seus jogadores. Desta vez, minimizou o acontecido e deu a impressão de que tudo se passou pelo calor do jogo. E concordo com o Rafa, que ponderou na transmissão que o momento não é de procurar polêmica onde não há — até porque, se houver, virá à tona.

Superação
O técnico ainda falou sobre o momento de limite físico e emocional que o Bauru Basket atravessa. “Os jogadores são humanos, não são super-heróis. Fizemos um esforço sobrenatural para passar por Franca. E a equipe de Uberlândia não erra! Estamos aí com mérito e falei para os jogadores no vestiário para fazermos o que fizemos até agora: superação. Vamos convesar, treinar arremesso. Não pode buscar o jogo individual, um tem que apoiar o outro para terminarmos dignamente, independentemente do resultado”, finalizou.

Coleman
Em entrevista ao repórter Chico José, do Jornada, o diretor Vitinho Jacob disse que a situação da noiva do pivô DeAndre Coleman ainda é preocupante. Diante disso, é praticamente impossível a presença do jogador no próximo sábado. Compreensivelmente, seu foco está em ficar do lado dela.