O happy hour da sexta-feira dos bauruenses não teve nada de feliz, a partir da postagem deste Canhota 10, em sua fanpage, informando a saída do armador Ricardo Fischer do Bauru Basket, rumo ao Flamengo. A rescisão contratual do camisa 5 foi a primeira admitida pela diretoria bauruense — a semana foi de intensas (e tensas) negociações com agentes do quinteto Ricardo, Alex, Meindl, Jefferson e Hettsheimeir. A intenção é realizar novos contratos dentro de outra realidade financeira da equipe. Com a forte investida do clube carioca, a saída tornou-se inevitável. Comenta-se que a duração do novo contrato pesou — Ricardo queria dois anos, Bauru ofereceu um —, mas segundo reportagem de Marcello Pires, do GloboEsporte.com, o contrato com o Rubro-Negro deverá ser de um ano. Para quem teve o sonho de jogar na Europa adiado por um ano (por causa da contusão no joelho), não faria mesmo sentido adiá-lo por mais dois. Portanto, o que pesou mesmo foi o desejo do jogador em atuar no Flamengo.
MURILO TAMBÉM NO RJ
Outro jogador que vai para o Rio de Janeiro é o Murilo Becker. Depois de alguns dias estudando a proposta do Vasco, o pivô decidiu fechar com o clube carioca. Na última quinta-feira, ele se submeteu a uma rápida intervenção cirúrgica no olho esquerdo (última etapa do descolamento de retina sofrido ano passado). Assim que terminar o repouso, embarca para a Cidade Maravilhosa para assinar contrato.
OPINIÃO: HISTÓRIA SEM VILÕES
Claro que a torcida do Dragão está apreensiva e chateada com os dias de incertezas. Mas é desmedido e injusto quem chama jogador de mercenário. Igualmente injusto é hostilizar o Bauru Basket pelas perdas ou a Paschoalotto por ter saído. Paixões à parte, é preciso compreender como o jogo é jogado. Que patrocínios vêm e vão, que todo profissional tem o direito de escolher seu destino e que a Associação tem se esforçado ao máximo dentro da realidade que se apresenta. É simples assim, sem vilões.
Imagem: montagem sobre fotos de Caio Casagrande/13 Comunicação/Bauru Basket