Na tarde dessa segunda, o Bauru Basket apresentou sua nova logomarca. Iniciei sem citar o patrocinador, a Gocil, intencionalmente, porque um ponto interessante da nova identidade é que a marca independe de quem a apoia — ao contrário dos patrocinadores anteriores, desde a GRSA; e não falo por memória, mas pela linha do tempo apresentada no evento. Em mais uma ação capitaneada por Paulo Razera e sua agência MR Tempo, o Dragão deu um passo importante em sua visibilidade. Claro que não sem antes lidar com o estranhamento e a resistência de parte dos torcedores, o que eles mesmos admitiram, processo normal em qualquer mudança desse tipo.
Por que a mudança é positiva? Posso exemplificar com as imagens abaixo. Quando se deparava com adversários, o Dragão precisava de uma lupa:
Só o novato Campo Mourão (segundo à direita de Bauru) consegue ser menos visível entre os escudos dos 16 times que disputarão o NBB 9. Vejamos se não fica melhor agora:
Eu disse escudos? Sim. A logo de um clube precisa ser aplicada no uniforme. E aí estava outro problema do Dragão. Nas últimas temporadas, ele teve que se arranjar nas beiradas da camisa — com exceção dos belos trajes das competições internacionais, que limitam a quantidade de patrocinadores. Na temporada 2015/2016, foram tantas marcas que nem sequer houve espaço para o símbolo da equipe. Nem a palavra Bauru figurou no uniforme! Agora, a marca consegue estar centralizada e visível, no esboço do que deveremos ver no uniforme para o NBB, que é a vestimenta de treino:
Verde? Pois é. A nova paleta de cores enaltece o verde do Dragão, o laranja do fogo e se apoia no preto e no branco. O azul de tantas glórias se foi. Nos comentários de torcedores até agora, sentiram mais falta da cor do que estranharam a nova marca — a maioria que se manifestou, gostou. O traço do desenho anterior já entregava a idade, estes tempos pediam algo mais agressivo. E ao mesmo tempo, ainda carismático.
“A gente chamou de agressividade simpática. Ao mesmo tempo em que precisamos que o Dragão personifique a força do time, não queríamos perder o tom amigável de um mascote que vai representar as pessoas, para terem simpatia, reconhecimento e ligação forte com ele”, explicou o publicitário Paulo Razera, que começou a colaborar com a Associação há quase 20 anos, por amor à causa — jogou basquete no Luso —, mas acompanhou o processo de profissionalização da gestão e hoje sua empresa presta serviços. “Esse período recente foi o que desenvolvemos mais materiais”, conta, enaltecendo ainda a facilidade de aplicação da nova marca em diversos produtos. Abaixo, a versão branca da camisa de treino. Antes de conhecermos o manto para o NBB, o uniforme alusivo ao Outubro Rosa irá voltar. E aí, gostou?