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Imparável, Paschoalotto Bauru vence a Liga das Américas!

Membros da equipe têm repetido muito isso, mas é de fato uma façanha: são pouquíssimos meses de trabalho para tantos resultados expressivos. O elenco foi apresentado no início de agosto, mas só treinou junto mesmo, pra valer, na segunda metade de setembro, quando Alex, Larry e Hett voltaram da Seleção. Por mais que seja realmente uma seleção, a reunião de muitos craques, é pouco tempo. Mas o comprometimento e, principalmente, o suor de cada treino forjaram essa fome de taças. E chegou mais uma, a maior delas, a Liga das Américas. Todos queriam saborerar um triunfo sobre o Flamengo, calando o Maracanazinho. Mas o Pioneros-MEX provou porque mereceu chegar à decisão e deu muito trabalho. Mas abriu a guarda no final e o Dragão confirmou seu favoritismo, vencendo por 86 a 72.

Hettsheimeir: 30 pontos na decisão
Hettsheimeir: 30 pontos na decisão

Naquele ginásio gigante e infelizmente esvaziado, a torcida bauruense fez barulho e vibrou demais com a conquista, coroada com a homenagem de todos a Murilo Becker, que tanto se sacrificou para jogar e ao mesmo tempo acompanhar a recuperação do filho, Gabriel — foi ele quem ergueu o troféu. Hábito, aliás, desta temporada, cada conquista é erguida por um do elenco: Larry no Paulista, Ricardo na Sul-Americana, Gui nos Abertos, Alex na Copa dos Campeões.

Já são 28 vitórias seguidas e há muitas pela frente. Uma hora esse time vai perder. E, claro, não vai erguer todas as taças. Porque perder faz parte do jogo, e só quem sabe ganhar sabe disso. Seja qual for o futuro do Paschoalotto Bauru, uma coisa já é certa: já escreveu uma bela história e ainda há belos capítulos pela frente!

O JOGO
Murilo, que pegaria a taça no final, dá o recado pegando o primeiro rebote. Mas o Pioneiros tem começo agressivo e abre 9 a 2. Duas bolas de três de Hettsheimeir — para mim o MVP da #LDA2015, mas o prêmio está nas boas mãos de Ales — puxam boa sequência e colocam Bauru na frente. Entretanto, a exemplo da semifinal, os mexicanos não se entregam e vigiam o placar de perto, fechando a o primeiro quarto em igualdade: 24 a 24.

O segundo período começa com a tão esperada blitz. Na mira de fora: uma bola de Gui, duas de Hett e uma de Ricardo para abrir 12 pontos (40 a 28). Mas esse time de Cancún é osso duro… Sempre com Keenan, retira a diferença e são apenas três pontos no minuto final. Até que Mathias mete bolinha crucial no último lance e abre cinco para o descanso do intervalo: 46 a 41 (fração de 22 a 17).

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Alex foi eleito do MVP da Liga das Américas

O Pioneros volta melhor no terceiro quarto, marcando seis pontos seguidos e virando. Mas o Dragão reage em jump de Alex. A diferença pequena é administrada lance a lance e não passa de quatro pontos. A 3min do fim do período, Guerrinha parece poupar as forças do time para o quarto final, tirando Ricardo, Murilo e Alex. Aí, cinco pontos seguidos colocam os mexicanos de novo na frente. Mas raça de Day ao se jogar ao chão e roubar uma bola mostra a vontade que Bauru está de vencer. Parcial de 16 a 18 e três preciosos pontinho na frente: 62 a 59.

O último quarto é para afastar a zebra que atacou o Flamengo na véspera. O time consegue abrir dez em cravada de Hett, triplos de Alex e Ricardo, mas Hernandez está com a mão certeira. Até ele errar um chute, reclamar falta e dar providencial técnica para o Dragão. Quando Larry vai às alturas e pega rebote ofensivo que gera mais um triplo certeiro de Hett, o sabor da vitória se avizinha, mas o Pioneros, sempre teimoso, não deixa. Por pouco tempo, graças ao garrafão monstruoso — Hett segue impossível, Murilo sobra. A cravada de Murilo é a senha para o início da festa. De repente, já são 14 pontos de fente. Para não deixar dúvidas de quem é o melhor time das Américas.

NUMERALHA
Rafael Hettsheimeir: 30 pontos, 8 rebotes (PQP, é o melhor pivô do Brasil!)
Murilo Becker: 17 pontos, 11 rebotes (uma vez MVP, sempre…)
Alex Garcia: 16 pontos, 5 rebotes, 8 assistências (e muita lenha pra queimar ainda)
Ricardo Fischer: 8 pontos, 4 rebotes, 9 assistências (maestrinho!)
Larry Taylor: 5 pontos, 4 rebotes (discreto como ele é, mas ídolo eterno)
Thiago Mathias: 4 pontos, 4 rebotes (pé quente, o Balothias)
Robert Day: 3 pontos, 4 rebotes, 2 assistências, 2 roubos de bola (doação em quadra)
Gui Deodato: 3 pontos, 2 assistências (de Bauru para as Américas!)

 

Fotos: Gaspar Nóbrega/Fiba Américas

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Em casa, Jefferson William se emociona com a vitória de seus companheiros do Paschoalotto Bauru

 A exemplo de mim — :( —, o ala-pivô Jefferson William não foi para o Rio de Janeiro. Com o tornozelo direito recém-operado e sem autorização médica sequer para colocar o pé no chão, o camisa 1 do Dragão não pode ir com os companheiros para o Final Four da Liga das Américas. De São Paulo, onde fez a cirurgia, postou foto otimista nas redes sociais, acompanhando a partida com familiares e amigos. E bateu breve papo com o Canhota 10, depois de sacramentada a vitória bauruense, que vai pegar o Pioneros de Quintana Roo-MEX na decisão — sim, o Flamengo conseguiu a façanha de perder no Maracanazinho…

“Graças a Deus conseguimos, estou muito feliz. Falei com eles antes do jogo e todos estavam bem confiantes. Ainda não falei depois da vitória, só que fiquei muito emocionado com as palavras do Alex na entrevista pós-jogo”, conta Jefferson.

O Definidor, além da torcida, dá a receita da vitória para a conquista de mais um título inédito:

“Estamos no caminho certo. A união do time está prevalecendo: foco, tranquilidade e inteligência para jogar e aproveitar os momentos certos de cada jogador no jogo. O time está jogando superbem e se Deus quiser tudo vai dar certo”, finaliza Jé.

 

Foto: Reprodução Facebook do jogador (perfil oficial)

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Tranquilo, Paschoalotto Bauru bate Peñarol e está na final da Liga das Américas!

lda2015Merecido é pouco. É o óbvio: o Paschoalotto Bauru está na final da Liga das Américas! A vitória tranquila de 80 a 61 sobre o Peñarol-ARG foi a sétima em sete jogos e o Dragão chega à decisão na condição de único invicto da competição. Numa partida tranquila, sem sobressaltos, os guerreiros mantiveram  o hábito de ser agressivos no ataque no início e depois, baseados em defesa forte, controlar o placar. É a 27ª vitória seguida desse timaço, que ainda não perdeu em 2015. E empurrado por dezenas de bauruenses que se abalaram até o Rio de Janeiro e fizeram barulho no Maracanazinho. Galera cujo coração não cabe dentro do peito, mas que quer mais. Porque esse time pode mais. Nem o céu é o limite para o Dragão alado.

O JOGO
Mostrando que montou a equipe após muito estudo sobre o time argentino, Guerrinha começa com Gui Deodato entre os titulares, deixando Larry e Day para o revezamento. Com a velocidade do Batman, o Peñarol mal se dá conta do passeio bauruense no primeiro período. As quatro bolas de três convertidas ajudam a construir a parcial de 22 a 8.

No segundo período, a defesa forte compensa o momento sem pontaria do Dragão. A equipe fica quase três minutos sem pontuar, mas mantém uma diferença de 12 pontos na metade do quarto. Só que os erros continuam e os gringos Leiva e Massarelli puxam a reação, diminuindo a vantagem para cinco pontos. E é só: os dois minutos finais são novamente dominantes para Alex (faz cinco pontos), Hettsheimeir e Gui (triplos certeiros). Parcial de 19 a 21, prejuízo evitado e boa diferença na metade da partida: 41 a 29.

O jogo recomeça com o Brabo sobrando em quadra. Sofrendo falta, chutando de fora, infiltrando… além das assistências que têm caracterizado seu leque completo nesta temporada. Num ritmo menos intenso e com o Peñarol claramente sem conseguir encontrar uma forma de reagir, a parcial de 20 a 16 para Bauru fecha o terceiro quarto em 61 a 45.

O período final segue a tônica. O Dragão parece líder de corrida de Fórmula 1, correndo o suficiente para manter a vantagem. As bolas de fora são poucas — uma delas, belo chute de Day, confiante, sem rebote — e o trabalho interno e os contra-ataques funcionam. Num deles, Gui finaliza bandeja após cochilo dos hermanos. Vigiando os minutos de cada jogador já pensando na decisão, Guerrinha descansa Alex e Hett. Jefferson, do sofá de casa, vibra. Mais uma final! Fração de 19 a 15 e vitória tranquila por 80 a 61.

NUMERALHA
Alex Garcia: 18 pontos, 7 rebotes, 6 assistências
Rafael Hettsheimeir: 17 pontos, 7 rebotes
Murilo Becker: 17 pontos, 5 rebotes
Ricardo Fischer: 14 pontos, 8 rebotes
Gui Deodato: 6 pontos, 2 rebotes
Robert Day: 6 pontos, 2 rebotes
Larry Taylor: 2 pontos, 7 rebotes

ABRE ASPAS
Áudio capturado da transmissão do Jornada Esportiva, em entrevistas realizadas pelo repórter figura Luiz Lanzoni.

Guerrinha:

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Ricardo Fischer:

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Gui Deodato:

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Murilo Becker:

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Foto: Henrique Costa/Bauru Basket

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Contundido, Jefferson vai fazer muita falta, mas Paschoalotto Bauru continua forte com Murilo

A primeira coisa a fazer é lamentar. Pelo craque que vai fazer falta, mas sobretudo pelo atleta que vai ficar afastado do que mais gosta de fazer. O Paschoalotto Bauru confirmou a ruptura total do Tendão de Aquiles do tornozelo direito, em lance na vitória de ontem sobre Uberlândia, pelo NBB.

jefferson-uberlandia-bauru-nbbO camisa 1 do Dragão passará por cirurgia na próxima semana e a previsão de recuperação é de seis meses — isto é, somente na próxima temporada. “Com certeza é a lesão mais grave de minha carreira, nunca passei por nenhuma cirurgia antes, mas tenho fé que tudo vai dar certo e logo estarei nas quadras de volta, fazendo que mais amo fazer que é jogar basquete. Agora, estarei do outro lado, torcendo muito para o time no NBB e Liga das Américas!”, disse o atleta em seu perfil no Facebook, onde as manifestações de solidariedade se multiplicam. Força, guerreiro!

Passado o baque — inclusive do elenco, era visível ontem a preocupação dos amigos, a solidariedade –, é preciso seguir em frente, o Final Four está logo ali. E certamente os jogadores transformação a tristeza pelo colega em força mental, superação. E na quadra, além do fator emocional, tecnicamente a solução é imediata: Murilo Becker tem jogado bem em seus minutos em quadra. Já está com bom ritmo de jogo. Claro que o scout de Jé é mais forte, mas fazendo a conta das médias de pontos e rebotes divididos pelos minutos em quadra (tanto no NBB, quanto na LDA), percebe-se que o MVP do NBB 4 tem potencial para produzir números bem mais expressivos daqui pra frente:

PTS/MIN=pontos por minuto; REB/MIN=rebotes por minuto
PTS/MIN=pontos por minuto; REB/MIN=rebotes por minuto

É fato que Murilo vai focar o jogo interno e terá que revezar com Hettsheimeir entre as posições 4 e 5 — o que acabará por ser uma arma tática que confundirá adversários. E no perímetro, apesar de Jefferson ser o cara — tanto que disputaria o Desafio de 3 Pontos do Jogo das Estrelas –, Murilo está com aproveitamento idêntico ao dele no NBB, 43%. A diferença é que Jefferson acertou 43% em 171 chutes, enquanto o Murilaço fez esse percentual em apenas 16 chutes. Mas, convenhamos, que com Ricardo, Larry, Alex, Day e Hett, ele não precisa se preocupar com esse quesito.

O técnico Guerrinha comentou ao Canhota 10 como deverá ser o comportamento do time a partir de agora, que realmente haverá inversões entre Hett e Murilo: “É uma situação tática interessante. E tem o revezamento do Mathias, o Alex pode fazer 4 também, abrindo o jogo. Perdemos em algumas coisas, mas temos soluções”.

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Itabom/Bauru se despede bem da Liga das Américas

Douglas, Larry e Gui: os nomes do jogo

Quando vi Larry Taylor em quadra, não acreditei. Devem ter sido somente câimbras – ele saiu carregado de quadra após esforço sobre-humano contra o Pioneros, no sábado. Mas o Alienígena estava inteiro, jogou 35 minutos contra o Bucaneros-VEN (vitória por 83 a 80), melhor assim. O camisa 4 bauruense anotou duplo-duplo, com 14 pontos e 10 assistências. Gui também se destacou com 17 pontos e 6 rebotes e Jeff quase chegou ao duplo-duplo também, com 14 pontos e 9 rebotes.

Mas o destaque, disparado, foi Douglas Nunes. Impressionante como ele sai de uma partida abaixo da crítica contra o Pioneros (apenas dois pontinhos) e marca 31 contra os venezuelanos, além de 11 rebotes – outro duplo-duplo do Dragão. O camisa 13 foi muito criticado na véspera por torcedores exatamente por oscilar tanto. O curioso é que ele gosta de jogo decisivo, pegado, e o jogo da vida do Bauru Basket na Liga das Américas era contra o Pioneros. Mas não se encontrou, bola pra frente. Que esteja inspirado na reta final do NBB.

Via assessoria, Guerrinha analisou a participação bauruense. “Tivemos uma primeira partida ruim, mas soubemos crescer muito após o primeiro jogo. Se esse quadrangular tivesse sido no Brasil, teríamos nos classificado. Fizemos um bom jogo contra o Pioneros e perdemos nos detalhes. Contra os venezuelanos, conseguimos melhorar e vencer a partida, mesmo diante de todas as dificuldade que estamos. Acredito que toda essa experiência adquirida por nossos atletas irá se refletir muito na sequência no NBB”. Ele tem razão: na Panela teria sido diferente. Lembrando que Bauru só não jogou em seu ginásio porque o chaveamento não permitiu – caiu no grupo do Pioneros, que já estava confirmado como mandante.

Agora, que venha o quinto lugar, que seria importantíssimo para o projeto, pois possibilitaria uma nova vaga em torneio internacional em 2013 – no mínimo, a Liga Sul-Americana. Abaixo, um belo clique do Alienígena.