“O conselho técnico avaliou que seria interessante permitir mais uma idade na competição, principalmente nessa fase de transição dos atletas, entre o juvenil e o adulto. Somente por isso. Se for constatado que o sub-22 é a idade perfeita para a competição, ela permanecerá assim.”
Essa foi a resposta da assessoria da Liga Nacional de Basquete para o Canhota 10, confirmando que a segunda edição da Liga de Desenvolvimento Olímpico será com atletas até 22 anos.
Se por um lado dá mais uma chance para uma geração que está tentando se firmar em seus clubes, por outro revela o abismo de qualidade e a escassez de trabalho de base no basquete brasileiro.
Particularmente para o Itabom/Bauru, significa mais um ano com Luquinha, Andrezão e Weliton, que completam 22 este ano – Gui e Ferrugem farão 21.
Com o vice-campeoanto brasileiro, a diretoria bauruense se empolgou. Pretende chegar na próxima LDO ainda mais fortes, pois os jogadores estão no time principal, terão mais experiência. Sem contar que chegará mais um atleta dessa faixa etária para compor o grupo no Campeonato Paulista.
Guerrinha conta que será montada uma equipe de base do Itabom/Bauru. “Já está sendo feito. O Cássio, nosso diretor de categorias de base, junto com o Julinho Horta e o Bráulio, estão fazendo um trabalho de levar a categoria cadete a ser federada. Neste ano, vamos manter o esquema de parceria. Que pode ser com o Regatas ou com outra equipe. Vamos trazer mais um jogador para o Paulista. Já serão seis jogadores da nossa equipe. Os outros seis da parceria, desde que seja no mesmo formato, vindo treinar com a gente. A partir de 2013, o cadete já estará no primeiro ano de juvenil, aí poderemos levar uma equipe só nossa para disputar a Liga sub-22”, conta Jorge Guerra.
BALANÇO DO VICE
Hudson Previdello, treinador do Bauru Basket na LDO, fez um balanço da participação dos jovens guerreiros. “Apesar do pouco tempo e de não ser um time que treina todos os dias, formos crescendo durante a competição e ganhando confiança. Vimos que tínhamos condição de ganhar. Independentemente do resultado, o objetivo maior era formar jogadores, dar rodagem para o Gui, o Lucas, o André… Conseguimos dar mais minutos de quadra e experiência a eles, que no adulto nem sempre entram em momentos decisivos. No sub-21, eles foram protagonistas e isso acrescenta muito”, comenta.
O ala Weliton (foto), prova concreta do sucesso da parceria (atleta do Regatas absorvido pelo elenco principal do Itabom/Bauru), avaliou a oportunidade. “Estávamos meio escondidos lá em Campinas, disputando a A-2, que não é tão visada. Foi bom, todo mundo pôde aparecer. Durante a competição, pessas vinham perguntar de onde éramos, onde jogávamos. Ninguém conhecia a gente. Foi uma parceria ótima para todo mundo, para Bauru e para nós. Pôde apresentar a capacidade da galera de Campinas”, comemorou.
O ala está ansioso por sua estreia: “É a primeira equipe grande em que estou participando, espero aprender muito com o Guerrinha, que é experiente, e dar o meu máximo quando ganhar uma oportunidade. Espero evoluir muito aqui”.