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Abre aspas: Guerrinha, Hettsheimeir e Jefferson comentam a vitória de Bauru sobre Limeira

Após a vitória por 84 a 66 do Paschoalotto Bauru sobre Limeira, foi aquela correria para o Alfredão, com a bola já rolando entre Noroeste e Lemense. Assim, fiquei devendo as entrevistas pós-jogo. Os papos não esfriaram, tem coisa bacana, ouça abaixo!

RAFAEL HETTSHEIMEIR, o Canela, comenta os treinos nos Spurs (escorregadios, como sempre…)

 

JEFFERSON WILLIAM celebra o retorno, após mais de seis meses de tratamento do tendão de aquiles

 

GUERRINHA comenta a primeira partida com o elenco principal (quase) completo e como os playoffs vão ajudar contra o Real Madrid

 

RAFAEL MINEIRO, pivô de Limeira e reforço pontual do Dragão para o Intercontinental, fala sobre essa oportunidade

 

A propósito, o Bauru Basket já está classificado para os playoffs do Paulista, após a vitória de Franca sobre o América. Se vencer o América nesta terça, termina em segundo e Limeira entra. Se perder, o América fica em terceiro e o Dragão em quarto. Rio Claro e Osasco também estão dentro.

Foto: Caio Casagrande/Bauru Basket

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Jefferson: “Tenho que ficar três anos parado pra perder a mira!”

Depois de perder a reta final da Liga das Américas e do NBB7, o ala-pivô Jefferson William está com o tornozelo zerado e maluco para voltar a atuar. Falta pouco. Com cautela e muito trabalho, o camisa 1 do Dragão se prepara para voltar a encantar a torcida com seu aproveitamento reboteiro e nos triplos. Confira o papo do guerreiro com o Canhota:

Jé, conta pra gente em que estágio está esse tornozelo.
Está superbem, graças a Deus. Já estou no quadra, correndo, pulando, fazendo tudo o que um jogador de basquete faz, mas com intensidade mediada. Agora começo a aumentar a intensidade do treino, porque tenho um déficit de força de uma panturrilha para a outra. Só posso voltar quando esse valor estiver em 11%. Estou correndo atrás e em duas semanas vou igualar isso e treinar com a equipe, mas sem contato ainda. E creio que em um mês estarei em quadra.

Clinicamente, ok, então. É mais uma questão de fortalecimento e ritmo?
O tendão está totalmente curado, mas ainda tenho esse déficit da panturrilha, que sustenta o tendão. Está dentro do padrão, até um pouco acima da média, segundo o médico. Mas tem que ter paciência e evoluir para não sair mais de quadra.

Nos chutes, a mira continua boa?
Ah… Isso não perdi ainda não! Tenho que ficar uns três anos parado pra perder… No arremesso não tenho dificuldades. Não vão ser quatro meses que vão tirar o que eu conquistei em 16 anos como profissional. Estou bem, feliz e vou voltar melhor do que antes.

E essa dupla oportunidade de realizar o sonho de qualquer profissional? Enfrentar o melhor da Europa e logo ali jogar no Madson Square Garden contra feras da NBA…
Eu perdi tanta coisa importante na temporada passada por conta da minha lesão… Perdi Liga das Américas, NBB, chance de convocação para o Pan-Americano. Mas, agora, vamos coroar o trabalho, pelo Intercontinental e depois entrando no grande palco da NBA. Já visitei lá, como turista, agora vou ter o prazer de jogar naquela quadra! Estou me preparando para estar 110% nesse momento, porque é uma oportunidade de saber se tenho condições de atuar nesse nível ou se estou abaixo desse nível. Nunca joguei contra jogadores de NBA ou europeus desse nível e agora quero ver em que nível estou.

Quando você chegou ano passado, já tinha muitos amigos, como o Murilo e o Ricardo. Sua adaptação nesse sentido foi bem rápida. Agora, coube a você estender o tapete para o Paulinho, que está conhecendo a cidade agora, aprendendo caminhos. É bacana contar com essa receptividade, né?
Eu e o Paulinho nunca jogamos juntos. Mas como ele é um ano mais novo do que eu, jogamos um contra o outro a vida inteira. É um amigo de infância, uma pessoa que admiro muito. Já passamos várias datas comemorativas juntos e temos um carinho grande um pelo outro. Fico feliz de poder ajudar um amigo, abrir a porta da minha casa. Ele ficou duas semanas em casa, foi um prazer muito grande. É para isso que servem os amigos. Se você quiser ir lá tomar um café também, está convidado!

 

Foto: Caio Casagrande/Bauru Basket

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Contundido, Jefferson vai fazer muita falta, mas Paschoalotto Bauru continua forte com Murilo

A primeira coisa a fazer é lamentar. Pelo craque que vai fazer falta, mas sobretudo pelo atleta que vai ficar afastado do que mais gosta de fazer. O Paschoalotto Bauru confirmou a ruptura total do Tendão de Aquiles do tornozelo direito, em lance na vitória de ontem sobre Uberlândia, pelo NBB.

jefferson-uberlandia-bauru-nbbO camisa 1 do Dragão passará por cirurgia na próxima semana e a previsão de recuperação é de seis meses — isto é, somente na próxima temporada. “Com certeza é a lesão mais grave de minha carreira, nunca passei por nenhuma cirurgia antes, mas tenho fé que tudo vai dar certo e logo estarei nas quadras de volta, fazendo que mais amo fazer que é jogar basquete. Agora, estarei do outro lado, torcendo muito para o time no NBB e Liga das Américas!”, disse o atleta em seu perfil no Facebook, onde as manifestações de solidariedade se multiplicam. Força, guerreiro!

Passado o baque — inclusive do elenco, era visível ontem a preocupação dos amigos, a solidariedade –, é preciso seguir em frente, o Final Four está logo ali. E certamente os jogadores transformação a tristeza pelo colega em força mental, superação. E na quadra, além do fator emocional, tecnicamente a solução é imediata: Murilo Becker tem jogado bem em seus minutos em quadra. Já está com bom ritmo de jogo. Claro que o scout de Jé é mais forte, mas fazendo a conta das médias de pontos e rebotes divididos pelos minutos em quadra (tanto no NBB, quanto na LDA), percebe-se que o MVP do NBB 4 tem potencial para produzir números bem mais expressivos daqui pra frente:

PTS/MIN=pontos por minuto; REB/MIN=rebotes por minuto
PTS/MIN=pontos por minuto; REB/MIN=rebotes por minuto

É fato que Murilo vai focar o jogo interno e terá que revezar com Hettsheimeir entre as posições 4 e 5 — o que acabará por ser uma arma tática que confundirá adversários. E no perímetro, apesar de Jefferson ser o cara — tanto que disputaria o Desafio de 3 Pontos do Jogo das Estrelas –, Murilo está com aproveitamento idêntico ao dele no NBB, 43%. A diferença é que Jefferson acertou 43% em 171 chutes, enquanto o Murilaço fez esse percentual em apenas 16 chutes. Mas, convenhamos, que com Ricardo, Larry, Alex, Day e Hett, ele não precisa se preocupar com esse quesito.

O técnico Guerrinha comentou ao Canhota 10 como deverá ser o comportamento do time a partir de agora, que realmente haverá inversões entre Hett e Murilo: “É uma situação tática interessante. E tem o revezamento do Mathias, o Alex pode fazer 4 também, abrindo o jogo. Perdemos em algumas coisas, mas temos soluções”.