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Bauru 2, Paulistano 2: na bola e na garganta #finaisNBB

retranca-bauru-basket(Direto do Parque São Jorge) A série das #finaisNBB vai ter jogo 5, amigos. Pela terceira vez neste NBB 9, o Gocil Bauru reagiu ao início com derrota nos playoffs. Foi assim contra o Brasília, o Pinheiros e agora contra o Paulistano, derrotado por 81 a 64 no ginásio Wlamir Marques, em São Paulo.

O mandante era o Paulistano, mas a bela casa corintiana foi tomada pelo grito dos bauruenses. Quinhentas pessoas fizeram mais barulho do que uma fatia nove vezes maior — o público divulgado foi de mais de 5.200 pessoas. O Paulistano tentou ao máximo restringir os ingressos aos visitantes e agora entende-se por quê.

#finaisNBB Alex Garcia
Alex Garcia comandou a vitória bauruense

Os sócios do clube dos Jardins foram privilegiar o momento, mas a maioria deles não tinha nem familiaridade com o time, tampouco perfil de incentivar o tempo inteiro. O animador tentou, tentou, mas o time alvirrubro perdeu duas vezes: na bola e na garganta. Os torcedores de vermelho assistiram ao show que a galera sem limites proporcionou. Certamente, todo mundo rouco no busão, no vitorioso retorno.

Na quadra, o Dragão sentiu essa energia, encaixou a defesa, acertou a mão e se impôs sobre os jovens do Paulistano, com o peso da responsabilidade de fechar a série. A lamentar, a contusão do ala Lucas Dias. Por mais que seu desfalque enfraqueça o adversário, ele era uma das estrelas desta decisão, vivendo um momento grandioso na carreira — e a dor de um atleta nunca pode ser celebrada.

#finaisNBB Gui Deodato
Gui: tarde monstruosa

O uniforme negro passeou pela quadra corintiana. Polêmica à parte, o fardamento ficou lindo demais. Agora, todo mundo para Araraquara (sábado que vem, às 14h30). Sim, era para ser Botucatu, mas o Gigantão agradou tanto que a diretoria bauruense conseguiu convencer a prefeitura araraquarense a privilegiar o jogo 5 em detrimento de um grande evento universitário — o contrato com o Juca (Jogos Universitários de Comunicação e Artes) não estava assinado, daí a brecha.

E lá não serão quinhentos. Mas se esses quinhentos que estiveram em São Paulo estiverem lá… O que fizeram foi de arrepiar. Alex Garcia foi cestinha, Valtinho gastou toda sua experiência, Gui Deodato arrebentou, mas os craques do jogo estavam nas arquibancadas.

Numeralha

Brabo: 24 pontos, 8 rebotes, 5 assistências, 4 roubos
Batman: 22 pontos, 6 rebotes
Jé: 13 pontos, 6 rebotes
Meindl: 7 pontos, 3 rebotes, 3 assistências
Shiltão: 6 pontos, 4 rebotes
Maestro Valter: 4 pontos, 3 rebotes, 3 assistências
Gegê: 3 pontos, 2 rebotes, 4 assistências
Jaú: 2 pontos, 3 rebotes

Abre aspas

Jefferson comenta a vitória e a cabeça fria para o jogo 5

 

Valtinho, o interminável, feliz da vida!

 

Dema, desculpa te fazer chorar…

 

Palhinha da rainha Hortência:

 

Fotos: Caio Casagrande/Bauru Basket

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Bauru 0, Paulistano 1: tropeço com recado

retranca-bauru-basketSe o Pinheiros, altamente dependente de dois gringos, deu aquele trabalho danado, já era imaginável que contra o Paulistano, focado num jogo mais coletivo, seria ainda mais difícil para o Gocil Bauru. Sobretudo no acanhado ginásio do clube da capital, numa temporada em que finalmente ganhou engajamento de sua torcida.

Se havia alguma zona de conforto para os comandados de Gustavo de Conti era esse jogo 1, vencido por 82 a 78. Foi uma tarde muito ruim do Dragão, mas que deixou um importante recado, ao reagir no último período e 18 pontos de vantagem. Por pouco o jovem elenco alvirrubro deixa escapar a vitória. Sinal de que a experiência bauruense pode pesar sim no decorrer da série.

Sem Valtinho (contundido e lutando para estar no jogo 2) e com Gegê pendurado em faltas logo de cara, Demétrius não temeu colocar o jovem Stefano no jogo. A joia argentina atuou por 10min e permitiu que Gegê descansasse para ajudar nos minutos derradeiros (com dois triplos e toda sua experiência em finais).

Alex Garcia puxou a reação no último quarto, quando marcou nove pontos
Alex Garcia puxou a reação no último quarto, quando marcou nove pontos

Houve momentos também em que o treinador manteve um quinteto sem armador puro. Todo esse improviso forçado acabou por comprometer a atuação ofensiva do time.  Some a isso o domínio do Paulistano no aproveitamento nos triplos (35% a 22%) e a atuação de gala do menino Yago e a derrota está explicada.

Para um time que virou contra Brasília, nas quartas, e Pinheiros, na semi, cada guerreiro sabe que ainda há muita bola pra quicar.

O jogo 2 acontece na próxima sexta (2/jun), na Panela, seguido do terceiro duelo em Araraquara, no domingo. Amanhã (28/mai), o Bauru Basket divulga a dinâmica da venda de ingressos.

Abre aspas

Declarações colhidas pelo repórter Lucas Rocha, da rádio Auri-Verde, na zona mista pós-jogo. Fica aqui, aliás, a solidariedade à equipe Jornada Esportiva, ao Rafa, por mais uma vez terem condições de trabalho precárias numa decisão — isso depois de, como sempre, roerem o osso durante toda a temporada.

“Não podemos deixar o ataque deles jogar confortável. Quando apertamos a defesa, melhoramos. Se tivéssemos um pouco mais de tranquilidade, poderíamos ter vencido o jogo”, diagnosticou o capitão Alex Garcia.

“Geralmente, quando a gente não joga bem no terceiro quarto, a gente não ganha. Temos que focar nos rebotes defensivos, em que não fomos bem hoje. A gente sabe do potencial ofensivo da nossa equipe e um time que quer ser campeão não pode tomar tantos pontos num quarto”, disse Léo Meindl.

“Demoramos pra entrar no jogo, cometemos muitos erros defensivos, principalmente no rebote. Mas precisamos analisar os dois lados: o que aconteceu para o Paulistano abrir e o que fizemos para recuperar e terminar o jogo de uma maneira mais digna”, avaliou o técnico Demétrius.

Numeralha

Meindl: 18 pontos, 8 rebotes
Alex: 18 pontos, 6 rebotes, 5 assistências
Jefferson: 18 pontos, 5 rebotes
Gegê: 9 pontos, 5 rebotes, 3 assistências, 2 roubos
Gui: 7 pontos, 3 rebotes
Shilton: 6 pontos, 4 rebotes
Jaú: 2 pontos, 7 rebotes

 

Fotos: Caio Casagrande/Bauru Basket