Caderno Mais Esporte do jornal Mais Notícia traz entrevista exclusiva com Deivid, do Flamengo
A partir desta semana, o Canhota 10 passa a atuar em mais um veículo. Além deste site e da coluna ‘Papo de Futebol’ no jornal Bom Dia Bauru, passo a assinar espaço também no caderno Mais Esporte do semanário Mais Notícia, de Ituiutaba-MG, minha cidade natal.
Agradeço o espaço cedido pelo empreendedor Valteir Dutra, abraço meus novos leitores e comemoro meu retorno à mídia tijucana depois de oito anos.
O carro-chefe do espaço – uma página inteira, no formato tabloide – será o Boa Esporte Clube. Apesar de sediado hoje em Varginha, é sabido que muitos ituiutabanos ainda acompanham seu time de coração, o Tricolor da Fazendinha. Na coluna de estreia, decifro o esquema tático do Boa e repercuto declarações da diretoria e do prefeito de Ituiutaba a recentes reportagens sobre o imbróglio Ituiutaba-Varginha.
Há também entrevista exclusiva como centroavante Deivid, do Flamengo, que comenta sua boa fase – e a do Rubro-Negro. Logo estará publicada também neste espaço. Espero que os leitores gostem da novidade.
Abaixo, os patrocinadores que acreditaram no projeto em sua primeira semana (obrigado!). Aqui no Canhota 10, sempre na seção Ituiutaba, repercutirei assuntos ligados a minha atuação no Mais Esporte.
Coluna publicada na edição de 11 de julho de 2011 do jornal Bom Dia Bauru
Aqui é trabalho!
A frase “Aqui é trabalho, meu filho!” ficou famosa com Muricy Ramalho, treinador atual campeão do Brasil e da América, mas serve muito para Jorge Saran, comandante do Noroeste. Simples e comprometido, o técnico falou à coluna após a vitória no último jogo-treino do Alvirrubro (2 a 0 sobre o São Carlos, sábado passado) antes de estrear na Copa Paulista. Deixou claro que, com ele, disciplina é tudo. “Se perder treino, aqui, está fora! Já sabem. Eu digo para os jogadores: o melhor amigo de um atleta profissional é o colchão dele. É a cama! Treina e descansa, treina e descansa. Quem tem família, preocupe-se com sua família. Os que moram no alojamento, sabem que o horário é rígido. Aqui, se sair do horário, está fora! Eu não quero saber quem é, está fora. Aqui não é hotel”, sentenciou.
Saran joga duro porque, com a estrada que tem, sabe que é no detalhe que um atleta alcança o sucesso, por isso, deve estar sempre pronto. E em tom de desabafo, comparou a caminhada da molecada com a de quem a orienta. “Os jogadores sabem que é um chutinho e estão ricos. Esses que estão na Europa: um chute que deram e a vida está sossegada. Nós, não. Treinador, preparador físico, treinador de goleiro, nós trabalhamos dez, 15anos para nos mantermos, essa é a verdade. Eu trabalho há 35 anos, como jogador e treinador, e não comprei minha casa ainda. Porque meu trabalho é muito honesto.”
Se depender de Saran, o Noroeste não vai deixar os adversários respirarem na Copinha, que começa dia 17 para o clube, contra o Rio Preto. “O time tem que ter a cara do treinador. Quando eu era jogador, ia para dentro dos caras, não parava de correr enquanto o jogo não acabava”, avisa. De fato, o Noroeste ocupou todos os espaços, o São Carlos não ameaçou o gol alvirrubro.
Linhas de quatro
Este espaço já contou que o treinador pretendia escalar o 4-4-2 com as famosas duas linhas de quatro. Mas eu estava pagando pra ver. E vi. Os volantes França e Marcelinho no meio, Renam aberto na direita, Altair na esquerda. Um desenho tático nítido, de atletas obedientes. Na frente, Anderson Cavalo e Adilson trocavam de lado. O Norusca chutou pouco a gol, é verdade, mas construiu a vitória com folga e vai mais confiante para a estreia.
O provável time titular para começar a Copa Paulista: Yuri; Betinho, Cris, Bruno Lopes e Gustavo Henrique; França, Marcelinho, Renam e Altair; Adilson e Anderson Cavalo. Tiago Ulisses, recuperado fisicamente, pode aparecer, pelo bom histórico, mas a dupla de volantes está entrosada.
Impressões
O quarto-zagueiro Bruno Lopes chegou chegando, já é dono da posição. O meia-atacante Renam foi bem, armou a jogada do primeiro gol, de Anderson Cavalo. Altair, mal no Paulistão, está mesmo a fim de jogo agora. Já o meia-atacante Da Silva, do futebol paraibano e em fase de testes no clube, fez o segundo gol e pode ter garantido seu espaço no elenco. Agora, vai entender: como é que o lateral-esquerdo Gustavo Henrique foi reserva durante quase toda a campanha do Paulistão? É inexplicável. O jogador chega bem à linha de fundo e não vacila na marcação. Gleidson, emprestado ao Paraná, volta em 2012. Tomara que para ficar no banco.
Decepção
Para uma manhã de sábado bem agradável, esperava mais público no Alfredão para ver o jogo-treino. Famílias, criançada correndo, batucada… Nada disso. O Esporte Clube Noroeste precisa mesmo resgatar e formar seu público. Montou acampamento para oferecer pacotes de ingressos – a ótimo preço, aliás –, e pouco deve ter vendido. Uma pena.
Primeira vela
O Canhota10.com completou um ano no ar e já acumula vitórias. Entre elas, a parceria de conteúdo com o portal da Rede BOM DIA, esta coluna e muita interação com os internautas. Fui mais longe do que imaginava, mantive o pique e colhi bons frutos. Hoje, está no ar, com exclusividade, o “Diário do Larry”. O armador do Bauru Basket relata diariamente ao site sua rotina na seleção brasileira.
Site/blog esportivo bauruense já se estabeleceu como veículo de webjornalismo
Digo site/blog porque, na verdade, o Canhota 10 é um blog com páginas. Mas chamo várias vezes de site, pela relevância das informações que publica e por já ser considerado parte integrante da mídia bauruense.
Quantas madrugadas, quantos chutes a gol, quantos arremessos… Lá se vai um ano canhotando, interagindo com internautas, pautando colegas de imprensa, dando crédito a eles também. O Canhota 10 cumpriu com louvor sua proposta de fazer diferente – o Noroeste e o Bauru Basket como você nunca leu. Levar ao torcedor a fórmula OPINIÃO + INFORMAÇÃO.
Quase consegui publicar um post por dia. Foram 348 textos publicados em 365 dias, que geraram 2.297 comentários. O número expressivo de manifestações se deve ao Campeonato Paulista, quando o Canhota 10 figurou na primeira página do Google ao pesquisar tabela+paulistao+2011 – ficando entre Uol, Globo Esporte e Federação Paulista. Período em que o número de visitas era de aproximadamente 2.000 por dia, alcançando o pico de 3.992 no dia 6 de fevereiro.
Hoje, passado esse furacão, o Canhota 10 se estabiliza entre o público que realmente interessa: o torcedor dos times profissionais de Bauru, esteja onde estiver nesse planeta Terra. São aproximadamente 5.500 visitas mensais, com tendência de alta depois da novidade atual – e exclusiva! -, o diário do Alienígena-brasuca Larry Taylor em seu período na Seleção Brasileira.
Números do Canhota 10 Um resumo deste primeiro ano de vida: • 174.457 visitas • 250.411 visualizações de página • 137.766 visitantes únicos • visitas de 1.463 cidades, de 81 países (fonte: Google Analytics)
Patrocinadores acreditaram no trabalho, em especial a Mariflex a e ST Corretora de Seguros. E até grana do Google Adsense rendeu…
Entre tanta coisa bacana que foi publicada ou repercutida, listo o que vem à mente como relevante ou diferente:
• citações, além do parceiro Bom Dia, em outros veículos de imprensa da cidade, como Jornal da Cidade e 94FM.
• a modificação do motivo das estrelas sobre o escudo do Noroeste, após questionamento do Canhota 10
• a descoberta da tentativa do Norusca em marcar amistoso comemorativo do centenário contra o Remo, do Pará
• os raios-X detalhando as carreiras dos atletas contratados pelo Alvirrubro para o Paulistão (como este, do zagueiro Da Silva)
• a seção Fala, universitário!, que dá espaço a estudantes de Jornalismo que gostam de escrever sobre esporte
• os recados do treinador do Bauru Basket, Guerrinha, via ferramenta de comentários do Canhota 10
• as nem tão misteriosas fotos do atacante Diego, do Noroeste, no Shakhtar Donetsk, que o site descobriu e foi repercutido em sites ucranianos
• análises debruçadas nas estatísticas para entender as boas campanhas do Bauru Basket
• entrevistas exclusivas com personalidades do basquete, como Lula Ferreira e Pacheco
• seção Na gaveta, que reúne textos e entrevistas marcantes da minha caminhada como jornalista
• cobertura in loco de várias partidas do Noroeste e do Bauru Basket
• republicação da coluna Papo de Futebol, no jornal Bom Dia todas as segundas-feiras
Até que é muita história pra um ano!
Agradeço a atenção, a audiência e que sejam muitos e muitos anos canhotando. Grande abraço!!!
Texto publicado na edição de 25 de abril de 2011 no jornal Bom Dia Bauru
O time profissional do Noroeste só volta a jogar no segundo semestre, mas há muito o que falar do clube até lá. Além das mudanças e da preparação para a Copa Paulista, ainda dá tempo de repercutir o rebaixamento. E de cabeça fria, pós-ressaca.
Pra começar, é fácil identificar elementos comuns que acabam em descenso. O primeiro deles, troca de treinador. O Norusca teve três comandantes em 19 partidas: Luciano Dias (cinco jogos), Lori Sandri (11) e Jorge Saran (quatro). Desse entra-e-sai resulta um sintoma fatal: inconstância nas escalações. Foram utilizados 28 jogadores durante a campanha e nada menos do que cinco esquemas táticos! A saber: 4-4-2 (nove vezes), 3-5-2 (seis), 3-6-1 (duas), 4-5-1 e 4-3-3 (uma vez cada).
O diagnóstico mais gritante, entretanto, estava a olho nu: a fragilidade da defesa noroestina, que sofreu 35 gols, sendo que 12 deles foram de jogadas de linha de fundo do adversário. Isso mesmo. Mais de um terço dos gols sofridos pelo Noroeste foi em cima dos laterais e com a conivência da zaga. E com o finalizador de todos os jeitos: na primeira trave, na segunda, no meio dos defensores, chegando de trás… Outros sete gols sofridos foram em avanços verticais, em velocidade, dos adversários. Por fim, o Alvirrubro cometeu cinco pênaltis, todos convertidos. Matheus derrubou os atacantes na área três vezes…
Outro problema foi a quantidade de gols perdidos pelo Norusca. Além de errar dois pênaltis, Zé Carlos desperdiçou alguns na cara da meta, com a bola rolando. Mas não foi só ele. O elogiado Diego também perdeu os seus, Otacílio Neto idem. Essa quantidade de chances jogadas fora resultou em muitos empates, oito, e o rebaixamento comprova que, com vitória valendo três pontos, empatar não é bom placar. Não se ganha um ponto, perde-se dois.
Nesse próximo quesito, imagino pregar no deserto, mas morro abraçado com a tese: Ricardinho não poderia ter sido sacado do time. Mesmo não tendo sido brilhante articulador, foi protagonista de uma das únicas armas ofensivas do time: a bola aérea. Dos 21 gols marcados pelo Alvirrubro no Paulistão, sete foram de cabeça. Cinco com assistência de Ricardinho (um de cabeça foi dele mesmo). Outro jogador mal aproveitado foi Aleílson. Artilheiro do time na competição, com quatro gols, jogou 14 partidas, mas apenas quatro como titular.
Para finalizar, fiz uma breve conceituação dos 19 jogos do time. Atuação boa, média ou ruim. Jogou bem em quatro (contra Botafogo, Mogi, Santos e Portuguesa), médio em seis (Santo André, Bragantino, Paulista, Mirassol, Palmeiras e Prudente) e mal – ou péssimo! – em nove (Corinthians, Americana, São Bernardo, São Caetano, Linense, Ponte Preta, Oeste, São Paulo e Ituano). Se olhar os placares, verá que perdeu jogando bem aqui, ganhou jogando mal ali. O futebol tem dessas coisas. Mas ter quase 80% das partidas com conceito ruim ou médio é como dois e dois são quatro. Degola na certa.
Papo de basquete
Impossível não falar do partidaço de ontem, a vitória do Itabom/Bauru sobre o Flamengo (87 a 85). Os bauruenses dominaram o jogo, foram donos da situação durante quase todo o tempo, mas quase deixaram a vitória escapar. Merecidamente, os guerreiros abriram 1 a 0 no playoff das quartas de final do NBB. Segundo o técnico Guerrinha relatou à coluna, contra um time experiente como o Flamengo nenhuma vantagem é cômoda. O treinador ainda contou que precisou de três pedidos de tempo no final do último quarto para corrigir dois erros recorrentes da equipe: a insistência em delegar a Larry Taylor momentos decisivos e o exagero em chutar de três, mesmo com vantagem no placar. Valeu, guerreiros!
Para quem não leu na edição de ontem (14/3), do Bom Dia Bauru, aí vai o texto da Coluna Papo de Futebol desta semana:
Uma Ponte no meio do caminho
A história se repetiu mais uma vez. O Noroeste começou melhor a partida contra o Linense. Pressionou, mas não balançou a rede. O que eu chamava de produção ofensiva nas rodadas iniciais (sete gols nos quatro primeiros jogos) se transformou em chutes sem rumo ou defendidos na maioria das jornadas seguintes. Zé Carlos, que cansou de perder chances em Lins, é o maior exemplo. Sua finalização de chapa, com o gol aberto, aos 33 do primeiro tempo (ainda 0 a 0), mostrou a tranquilidade de um atacante de time grande. Coisa que ele não é – e deveria ter imprimido força a seu chute, sem frescura.
Minutos depois, foi o que o Elefante fez. Nas poucas vezes em que chegou, arrematou com vontade de sobreviver na elite. Leandro Love carimbou a trave. Minutos depois, Éder abriu o placar estufando as redes.
Como já disse também nesse espaço, resultados derrubam argumentos. Para mim, o Norusca não caía. Já não posso ser tão taxativo nessa opinião, apesar de ainda ver uma luz fraquinha no fim do túnel. O curioso é que, tivesse forças para segurar as vitórias diante de Mirassol e Palmeiras, estaria perto do G8. Mas forças faltam ao Alvirrubro no segundo tempo, já está mais do que comprovado.
Próximos sufocos
Coincidentemente, os dois próximos adversários do Noroeste se enfrentaram nessa 13ª rodada. Ponte Preta e Grêmio Prudente empataram. Enquanto a Macaca está no G8, os prudentinos estão na lanterna. E a partida foi em Campinas… Se futebol tivesse lógica, logo concluiria que a Ponte não assusta tanto assim. Mas esse mesmo time derrotou há pouco dias o Corinthians, no Pacaembu. E diante da fraca campanha alvirrubra, não irá se intimidar no Alfredo de Castilho. Empatar com os campineiros será uma catástrofe e um passo quase irreversível rumo à Série A2.
Últimas chances
A permanência do Noroeste na Série A1 depende, necessariamente, de duas vitórias seguidas em casa. Ponte Preta, no próximo sábado (19/3, às 16h), e Grêmio Prudente, dia 23, às 19h30. Sei que é um pedido difícil, torcedor alvirrubro, mas reserve essas datas e horários para ir ao Alfredão. Pelo clube centenário, pela tradicional camisa. Guarde as vaias para o apito final – na derrota ou na vitória.
Protestos
Na contramão desse apelo, torcedores noroestinos cogitam ficar na porta do estádio e boicotar a próxima partida. Embora discorde, considero uma forma legítima de protesto. Aliás, é comum a galera alvirrubra se manifestar pacificamente nos portões do Alfredão. Virtualmente, as opiniões fervilham no mural do site da organizada Sangue Rubro. A maioria quer a família Garcia fora do clube. Reconhecem seus feitos, mas acham que já deu. Não se importam com o argumento financeiro – que sem Damião o clube não sobrevive –, pois estarão com o Norusca em que divisão estiver.
Fabuloso
A melhor notícia da última semana foi a contratação de Luís Fabiano pelo São Paulo. Irá se encaixar perfeitamente em um trio ofensivo com Lucas e Dagoberto. Aliás, Dagoberto se reinventa sempre no Tricolor, entre tantas críticas. A volta de Ganso ao Santos também deve ser muito comemorada por todos os que gostam de futebol. A camisa 10 da Seleção volta a ter dono.
Adriano
O Imperador está com status de mico, imprestável. Quem apostar nele parecerá estar blefando, mas que ninguém duvide das próximas cartadas desse grande centroavante.