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Neto, o inexplicável

(4/10) Chegou a hora do encontro com o herói da infância. Idolatria não se aplica ao melhor, ao mais vencedor. Cada fã tem sua nuance. Acho que Neto me encantou pelo drible que dava na balança, pela criticada lentidão compensada por lançamentos longos e precisos (já raros naquela época) e, claro, pela característica que atribuíam a ele como negativa, e eu adorava: “só fazia gol de falta”. Um deleite cada gol dele nesse quesito (um top 5 no vídeo abaixo). Na foto acima, ele comemora o que considero o gol mais bonito de sua carreira: contra o São Paulo, na primeira fase do Brasileirão de 1990. Mas não sejam injustos: fez gols de cabeça, de pé direito, em arrancadas, de bicicleta…

Eu via os jogos do Corinthians para ver o Neto jogar. Em 1994, quando foi para o Atlético Mineiro, houve um jogo em Uberlândia, cidade vizinha da minha Ituiutaba. Pedi para o meu pai me levar. Ele foi substituído no intervalo, mas já foi bom vê-lo de perto, principalmente quando foi cobrar escanteio próximo ao meu setor… Foi como ver um astro do rock do pé do palco. A carreira dele desandou a partir dali, eu era novinho quando ele estourou no Guarani, mas tudo bem. O auge no Timão valeu a pena.

Anos mais tarde tive a oportunidade de encontrá-lo num evento. Descrevi a experiência no jornal Bom Dia Bauru, em 2011 — eu era colunista na época. Já tive minhas restrições com o comentarista, mas hoje me divirto com o apresentador Craque Neto e sobretudo com o youtuber. Um comunicador com um jeitão só dele, transparente, ríspido e dócil ao mesmo tempo, como era o jogador. Um craque contestado, um “gênio amado e incompreendido”, “incomparável”, como descreveu uma edição de Placar, em 1993 (reprodução abaixo). Para um fã, inexplicável basta.

Craque Neto

Texto da série de 10 jogadores que influenciaram meu gosto pelo futebol. Neto é o quarto na minha cronologia.

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Ídolo com a camisa do rival: confira imagens perturbadoras

O termo imagens perturbadoras foi usado pelo Bolívia Zica, em seu blog, o primeiro a repercutir essa baita sacada do designer gráfico Marco Aurélio Valentim, que viralizou (clique aqui para ver o trabalho). Falei com o Marco Aurélio, que autorizou a reprodução do trabalho, e ele contou que buscou jogadores que causassem “ódio” no rival. Ele mesmo, são-paulino, teve dificuldades de manipular a imagem do ídolo Rogério Ceni com a camisa do Palmeiras. Baita sacada, baita trabalho, tomara que faça mais!

NO VÍDEO ABAIXO, repercuto e comento o trabalho:

ASSISTA: o merecido e controverso Mundial de 2000 do Corinthians
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Mundial de 2000: o controverso e merecido título do Corinthians

Em 14 de janeiro, comemora-se a conquista do Mundial de 2000 pelo Corinthians. Aconteceu no Maracanã, contra o Vasco, a decisão do primeiro Mundial de Clubes organizado pela Fifa. Uma participação pela indicação como representante do país-sede, motivo de questionamentos, sobretudo dos rivais do time paulista. No vídeo abaixo, explico como foi concebida aquela competição e falo de algumas curiosidades.

ASSISTA: a seleção do tetra e a importância para uma geração do futebol brasileiro.
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12 gigantes do futebol brasileiro: na história, não no presente

É questão de almanaque: todo mundo sabe de cor os 12 gigantes do futebol brasileiro. Esse seleto grupo tem lugar cativo na primeira prateleira da história, mas as forças mudaram. Há grandes diminuindo e novos clubes com mais poder (econômico e competitivo). Confira a reflexão de Fernando Beagá:

O que significa a negociação do Real Madrid por Reinier? Assista!

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Bauru Basket

Bauru 2, Paulistano 2: na bola e na garganta #finaisNBB

retranca-bauru-basket(Direto do Parque São Jorge) A série das #finaisNBB vai ter jogo 5, amigos. Pela terceira vez neste NBB 9, o Gocil Bauru reagiu ao início com derrota nos playoffs. Foi assim contra o Brasília, o Pinheiros e agora contra o Paulistano, derrotado por 81 a 64 no ginásio Wlamir Marques, em São Paulo.

O mandante era o Paulistano, mas a bela casa corintiana foi tomada pelo grito dos bauruenses. Quinhentas pessoas fizeram mais barulho do que uma fatia nove vezes maior — o público divulgado foi de mais de 5.200 pessoas. O Paulistano tentou ao máximo restringir os ingressos aos visitantes e agora entende-se por quê.

#finaisNBB Alex Garcia
Alex Garcia comandou a vitória bauruense

Os sócios do clube dos Jardins foram privilegiar o momento, mas a maioria deles não tinha nem familiaridade com o time, tampouco perfil de incentivar o tempo inteiro. O animador tentou, tentou, mas o time alvirrubro perdeu duas vezes: na bola e na garganta. Os torcedores de vermelho assistiram ao show que a galera sem limites proporcionou. Certamente, todo mundo rouco no busão, no vitorioso retorno.

Na quadra, o Dragão sentiu essa energia, encaixou a defesa, acertou a mão e se impôs sobre os jovens do Paulistano, com o peso da responsabilidade de fechar a série. A lamentar, a contusão do ala Lucas Dias. Por mais que seu desfalque enfraqueça o adversário, ele era uma das estrelas desta decisão, vivendo um momento grandioso na carreira — e a dor de um atleta nunca pode ser celebrada.

#finaisNBB Gui Deodato
Gui: tarde monstruosa

O uniforme negro passeou pela quadra corintiana. Polêmica à parte, o fardamento ficou lindo demais. Agora, todo mundo para Araraquara (sábado que vem, às 14h30). Sim, era para ser Botucatu, mas o Gigantão agradou tanto que a diretoria bauruense conseguiu convencer a prefeitura araraquarense a privilegiar o jogo 5 em detrimento de um grande evento universitário — o contrato com o Juca (Jogos Universitários de Comunicação e Artes) não estava assinado, daí a brecha.

E lá não serão quinhentos. Mas se esses quinhentos que estiveram em São Paulo estiverem lá… O que fizeram foi de arrepiar. Alex Garcia foi cestinha, Valtinho gastou toda sua experiência, Gui Deodato arrebentou, mas os craques do jogo estavam nas arquibancadas.

Numeralha

Brabo: 24 pontos, 8 rebotes, 5 assistências, 4 roubos
Batman: 22 pontos, 6 rebotes
Jé: 13 pontos, 6 rebotes
Meindl: 7 pontos, 3 rebotes, 3 assistências
Shiltão: 6 pontos, 4 rebotes
Maestro Valter: 4 pontos, 3 rebotes, 3 assistências
Gegê: 3 pontos, 2 rebotes, 4 assistências
Jaú: 2 pontos, 3 rebotes

Abre aspas

Jefferson comenta a vitória e a cabeça fria para o jogo 5

 

Valtinho, o interminável, feliz da vida!

 

Dema, desculpa te fazer chorar…

 

Palhinha da rainha Hortência:

 

Fotos: Caio Casagrande/Bauru Basket