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Não foi dessa vez, mas Noroeste traz bom empate de Penápolis

Lance do jogo no Tenente Carriço. Foto: Thiago Navarro/ECN

O tabu de mais de quatro anos sem vencer o Penapolense continua, mas olhando isoladamente para o jogo dessa quarta (5/9), foi um bom resultado. O Noroeste volta a Bauru praticamente classificado após o empate em 1 a 1 com o CAP – vencia até os 42 do segundo tempo. O garoto Ruan, aposta do sub-20 nesta Copa Paulista, abriu o placar também na etapa final, aos 21.

Difícil avaliar à distância a primeira partida sob o comando do novo treinador, Moisés Egert. Apenas é perceptível que ele é do ramo, tem papo de boleiro, mas sabe se posicionar – o Noroeste já treve treinadores que judiavam da língua portuguesa. Seu cartão de visitas será mesmo na última rodada da primeira fase (na penúltima o Alvirrubro folga). Afinal, o Norusca já tinha atuações regulares fora de casa com Amauri Knevitz. A pedra no sapato é o Alfredão. E que presente ganhou Egert: encarar a lanterna e desclassificada Santacruzense! Presente ou pesadelo, se seus comandados não fizerem o jogo fluir até as redes.

No mais, bacana ver Mizael titular, Gilsinho parece ter dado bom ritmo ao meio-campo e Romarinho vai se firmando – só vale corrigir quem disse que o garoto não tinha prestígio com Knevitz, pois ele foi titular nos últimos jogos do antigo comando. O menino Ruan, não necessariamente pelo gol, ganha moral.

“A equipe está de parabéns. Teve transpiração e obediência tática próxima da perfeição. Fomos felizes na proposta de marcação forte e contra-ataques”, resumiu Moisés Egert após a partida, ao microfone de Jota Martins (87FM/Jornada Esportiva).

Com 17 pontos, seis a mais que o Marília, o Norusca precisa apenas empatar em casa na rodada final. Ficar de fora seria uma façanha gigantesca.

O Alvirrubro empatou com o Penapolense com Walter; Mizael, Lima, Neto e Ralph; Kasado, Ruan, Gilsinho e Romarinho; Diogo (Daniel Grando) e Fernando Russi (Roberto).

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Coluna da semana: os novos rumos do Noroeste, com novo técnico

Assisti à vitória do Noroeste sobre o América de Rio Preto, mas não pude postar comentários sobre a atuação alvirrubra. Algumas impressões estão no texto publicado na edição de 3 de setembro de 2012 do jornal BOM DIA Bauru, além da reflexão a partir do novo nome anunciado como treinador do Noroeste, Moisés Egert. Fechei a coluna antes da vitória do Bauru Basket, mas o post logo abaixo desse comenta o momento dos guerreiros. Boa leitura.

MUDANÇA DE ROTA

A conturbada semana noroestina terminou bem. Depois da indigesta derrota para o Marília na quarta-feira – que resultou na demissão do técnico Amauri Knevitz –, uma boa festa de aniversário de 102 anos, no sábado. Sinal de que o treinador interino, Luciano Sato, transformou o time que venceu o América? Nem tanto. Nada muda drasticamente em três dias. Já era comum o Noroeste atuar melhor fora de casa, em detrimento da interminável síndrome do Alfredão (com parêntese da discreta vitória sobre o Barretos).

Deve-se considerar também a injeção de ânimo que um elenco recebe quando se muda o comando técnico. Afinal, quem estava encostado volta a ter chance, como aconteceu com os laterais Mizael e Ralph, responsáveis pelas assistências dos gols da vitória. O importante é que o triunfo em Rio Preto recuperou os três pontos perdidos em casa para o MAC e manteve o Alvirrubro vivo no G-4 do grupo 1 da Copa Paulista. O mérito de Luciano Sato foi segurar a vantagem conquistada em duas bolas alçadas na área. Com um jogador a menos em boa parte do segundo tempo, montou uma linha defensiva capaz de evitar o abafa do América nos minutos finais.

Se a permanência na Copinha ganhou fôlego, a preparação para a Série A-2 2013 está sob suspense. Seguirá esse grupo como a base para a luta pela elite? Parece pouco provável, pois foi Amauri Knevitz quem o montou. Difícil imaginar que o novo treinador, Moisés Egert, não vá trazer atletas de sua confiança. Por enquanto, terá o restante do semestre para avaliar o que tem em mãos, pois as inscrições para a competição estão encerradas.

Acredita-se que essa mudança de rota se deu “antes tarde do que nunca”. Pode ser, mas terá seus efeitos colaterais. Corre-se o risco de que, novamente, os treinamentos com o plantel definitivo para a segundona comecem tarde.

O novo treinador noroestino foi apresentado nesta segunda. Foto: Thiago Navarro/ECN

Moisés Egert
O novo treinador chega com o respeitável currículo de dois acessos seguidos pelo XV de Piracicaba, mas também com um tropeço recente. Egert foi demitido do Rio Branco após mal início na Copinha. Torcedores reclamam que ele desmontou metade do time campeão da A-3 e indicou reforços que não renderam no Tigre. Especula-se que acabou “boicotado” por parte do elenco e que também não gozava da simpatia na prefeitura de Americana, que tem ligação estreita com o clube.

Camisa 9
Tomara que o Noroeste já tenha redigido um pré-contrato com Fernando Russi. Centroavante com a qualidade técnica com o a dele, que finaliza com frieza, é artigo raro. Emprestado pelo Ituano, com quem tem vínculo até o fim do ano, já passou no teste. Caneta na mão dele já para ter a garantia de um homem-gol em 2013.

No primeiro gol noroestino sobre o América, Russi dominou, entre dois zagueiros, uma bola lançada a mais de 40 metros. Amaciou a pelota e fuzilou o goleiro com sua canhota. Além de bom finalizador, faz também com eficiência a função de pivô. E aparentemente encontrou no esforçado Diogo um bom parceiro de ataque. O grandalhão parece desengonçado, mas não se entrega no combate à saída de bola adversária. Falta mostrar competência para balançar as redes, o que ainda não aconteceu.

Camisa 2
Mizael vem ganhando chances na lateral-direita noroestina há dois anos. Ainda não se firmou, muito por ter deficiências como defensor. Mas, ao contrário de Bira, com quem disputa posição hoje, é bastante atuante no apoio ao ataque. E provou isso na boa atuação contra o América. Fica a dica ao novo treinador: dar sequência de jogos e confiança ao jovem lateral, além de transformá-lo em bom marcador. Com três zagueiros a proteger suas descidas, ele funciona bem. Mas não se pode montar um esquema tático em função de um lateral.

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O peso de um clássico: Amauri Knevitz fora do Noroeste

Treinador caiu após derrota no clássico. Foto: Eric Mantuan/GloboEsporte.com

Futebol e incoerência andam juntos. O tempo todo. Ok, sempre é tempo de corrigir erros, mas o problema é nunca aprender com eles. É o que acontece com o Noroeste nos últimos anos em relação à Copa Paulista. O clube nunca teve claro o que deseja extrair dessa competição. Ao demitir o técnico Amauri Knevitz, nessa quinta (30/8), após a derrota para o Marília em casa, ontem, deu mais uma prova disso. É uma sequência de erros.

“A Série A-2 já começou”
Assim que começou a preparação para a Copa Paulista, Amauri Knevitz afirmou que o principal objetivo da competição seria montar o elenco que vai tentar o acesso à elite estadual em 2013. Para isso, foi mantida a base que fez boa campanha no primeiro semestre e vieram os reforços solicitados pelo treinador – alguns até “sonhos de consumo” do clube, como o atacante Diogo, com contrato assinado já para o ano que vem. Só esse tópico seria suficiente para segurar Amauri no cargo, independentemente de resultados, tendo em vista ser um projeto.

Categorias de base ignoradas
Ao tentar deletar o termo laboratório do vocabulário noroestino, a diretoria se apoiava no fato de que o time estava pronto para encarar 2013. A ponto de não ser necessário promover garotos da base – além dos que já compunham o elenco, como Nathan e Romarinho (o volante Ruan foi a única exceção de aposta). Entretanto, o laboratório segue (há jogadores com contrato até 31 de dezembro) e fica o problema exposto de anos anteriores: para repor os jogadores “em teste” que não vingarem, novamente virá aquela chuva de contratações, já que mais uma vez se perde a oportunidade de dar bagagem aos meninos do sub-20.

O discurso ingênuo
“Perdemos, mas ainda estamos no G-4”, disse Amauri ontem após a derrota. Isso é subestimar o torcedor… Virão dois jogos fora, contra América e Penapolense, há sempre que se projetar, antever dificuldades e abandonar esse discurso de que “se o campeonato terminasse hoje…”. Mas não é um discurso exclusivo de Knevitz. Suas falas eram produto do meio. Há tempos o Noroeste usa de eufemismos para mascarar sua realidade.

Mudança de rota
O que pretende a diretoria alvirrubra a partir dessa demissão? Apenas salvar o semestre, temendo uma vexatória eliminação na primeira fase da Copa Paulista? Ou corrigir a rota rumo a 2013? Qualquer um dos caminhos já está com curvas sinuosas  – e pelo mesmo motivo: o elenco foi montado por Amauri. Então, nesta Copinha, o novo treinador (ou Luciano Sato, o interino, se ficar até o final) terá que se desdobrar para encontrar um padrão de jogo. De olho na Série A-2, a coisa fica pior: vem por aí um desmanche, para se formar um plantel que atenda aos propósitos do novo comandante? Isto é, do dia para a noite, após o peso de uma derrota em um clássico, toda a declamada preparação com antecedência pode voltar à estaca zero.

Por mais que a demissão de Amauri Knevitz tenha agradado à torcida, essa decisão evidencia o quanto escolhas desastrosas cobram altos preços. É provável que, mais uma vez, o Noroeste tenha um semestre perdido, que não deixe legado para 2013, que é o que interessa. Se foi um erro mantê-lo após a Série A-2, passa-se a impressão de que estão corrigindo “antes tarde do que nunca”. Mas, na real, apenas se renderam ao imediatismo, à pressão, à ressaca de sucumbir em casa ao maior rival. Perceba, leitor(a), que esta não é uma defesa ao trabalho de Knevitz. Apenas uma constatação de que ele é o menor dos culpados. É até covardia personificar nele uma coleção de insitentes equívocos quando se fala de Copa Paulista no Alfredão.

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Não poderia ser pior: Noroeste perde clássico para o MAC em casa

Thiago comemora o segundo gol maqueano

 

Direto do Alfredão

Já era sabido que seria um clássico sem badalação, pela atual (má) fase de Noroeste e Marília. Mas foi bem pior do que o esperado… Muito triste um dérbi tão tradicional assistido por apenas 586 pessoas – não veio nenhum torcedor alviceleste. De quebra, o Alvirrubro perdeu de forma incontestável para seu grande rival: o MAC abriu 2 a 0 na primeira metade do primeiro tempo e pouco foi pressionado desde então.

Dessa forma, as vaias não demoraram a ecoar em Alfredo de Castilho, aumentando a pressão sobre o técnico Amauri Knevitz. A vaga na segunda fase da Copa Paulista segue em risco e seria um verdadeiro desastre ficar de fora da competição de forma tão precoce, sendo esse o pretenso elenco para a Série A-2 2013. Ou seria pretensioso?

No final do jogo, a formação tática evidenciava o desespero noroestino. Diogo, Daniel Grando, Mariano e Roberto: quatro atacantes tentando encontrar uma brecha e buscando a bola, pois o meia Velicka esteve nulo em todo o confronto.

“O Marília veio a 220 e nós a zero por hora”, lamentou o zagueiro Samuel ao microfone do repórter Jota Martins (rádio 87FM/Jornada Esportiva), ao sair de campo. Se não acelerar logo, o Norusca poderá ser ultrapassado pelo rival. Com 13 pontos, já vê o Marília no retrovisor, com 11…

O Noroeste perdeu com Walter; Bira (Mariano), Lima, Samuel e Giovanni; Ruan (Daniel Grando), Johnnattan, Velicka e Romarinho; Diogo e Fernando Russi (Roberto).

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Foto 10: Noroeste x Marília no Alfredão

Cliques do dérbi válido pela décima rodada da Copa Paulista.

Diogo tenta, em vão, levar o Norusca à frente no primeiro tempo
As vaias começaram cedo para Amauri Knevitz
Pressão sobre o árbitro: uma breve muvuca no clássico
Faixa de cabeça para baixo: até o acesso será assim