Na tarde de ontem, na Câmara Municipal de Bauru, o Itabom/Bauru Basketball Team recebeu Moção de Aplausos, em reconhecimento aos resultados que o time vem conquistando e, consequentemente, levando o nome de Bauru consigo – inclusive em disputas internacionais.
Qualquer manifestação a favor do projeto é bem-vinda. A moção foi elaborada pelo vereador Fabiano Mariano, sabidamente de estreita relação com o basquete. Mas vale uma reflexão até onde o poder público pode ajudar o esporte profissional. O prefeito Rodrigo Agostinho diz categoricamente que não pode colocar dinheiro, sempre que questionado (como na reportagem de hoje do BOM DIA, sobre o mico do time feminino do Noroeste). Mas como a prefeitura de São José dos Campos estampa seu patrocínio na camisa do time de basquete? Como a prefeitura de Varginha carrega o time do Boa no colo? Como Barueri e São Bernardo estão aí, no futebol profissional, graças ao dinheiro de seus respectivos municípios?
Não defendo tirar da saúde, da segurança, do asfalto, da educação para colocar no esporte profissional, pelo amor de Deus. Estou falando em gestão financeira, usar com sabedoria o orçamento — e ter a visão de que investir em times profissionais de elite (Noroeste e Bauru Basket) traz visibilidade para a cidade. Parabéns ao Guerrinha por tocar na ferida quando teve a palavra nesse momento solene — sem se render ao oba-oba de que a gestão da Semel é a oitava maravilha do mundo.
Enquanto isso, a prefeitura gasta uma grana absurda para promover os Jogos Abertos, evento de diminuta repercussão na grande imprensa. Terá uma pista de atletismo fabulosa que, podem apostar, será mal-cuidada, negligenciada e sucateada em questão de meses.
Quanto à Panela de Pressão, por mais que atenda à comunidade com escolinhas e torneios — tomara que isso aconteça bastante —, o que justifica sua retomada é o Bauru Basket. Os Jogos Abertos vão passar, as eleições vão passar, mas tomara que o projeto dos guerreiros perdure. Porque eles realmente merecem palmas.
Foto de Caio Casagrande/Bauru Basket