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Coluna da semana comenta a Uefa Euro 2012

Com poucas novidades no Norusca e no Bauru Basket, lá vamos nós dar uma cornetada na Euro. Confira o texto publicado na edição de 18 de junho de 2012 no jornal BOM DIA Bauru.

Sobre a Euro

O Noroeste precisa começar a jogar logo. Já não há muito o que falar. A montagem do elenco estacionou, os jogos preparatórios pouco revelaram… Então, vamos aproveitar a abrangência que o nome da coluna oferece e lançar o olhar sobre a Eurocopa, que está na reta final de sua fase de grupos.

Acho que já disse por aqui, nunca morri de amores pelo futebol europeu. Uma partida da Série B me diverte mais. O que destoa por lá – e enche os olhos da molecada – são três clubes italianos, quatro ingleses, os dois poderosos espanhóis, o alemão de Munique e não muito mais do que isso. Aí sim temos a nata se enfrentando na Champions League, cheia de talentos sul-americanos e africanos, diga-se.

Na Euro, não tem Messi nem Drogba e as feras estão espalhadas. Ibrahimovic tem que se virar entre os perebas suecos. A badalada Espanha tem que se contentar com Fernando Torres no ataque. A Inglaterra não joga nem rascunho da qualidade do futebol praticado em sua liga. Claro que tem uma pitada de mau humor nas minhas letras, não posso ignorar a qualidade da Fúria, tampouco a objetividade alemã. A Rússia também teve seus lampejos de talento, apesar de ter voltado pra Moscou. Mas a Holanda… Já diria Dadá Maravilha que é feio não fazer gol. Os laranjas criam, ciscam, mas a rede pouco balança.

Cada vez mais me convenço de que não vale a pena discutir sobre futebol bonito, espetáculo, arte… O que interessa é que o jogo divirta seu espectador. Por isso, o fator emoção é o que tem mais peso hoje. E por isso o Brasileirão é o melhor dos campeonatos, pois há imprevisibilidade, zebras, viradas, alternância de liderança. Por isso também a Euro passa no meu crivo. Mas não há como um torneio curto e eliminatório não ser divertido.

E a competição do Velho Mundo também serve como reflexão. Será que teremos arenas tão bonitas em 2014? Não consigo imaginar o remendado Beira-Rio tão reluzente quando o estádio de Varsóvia… Perceba, estou elogiando a pontualidade, porque aqui vai ter buraco sendo maquiado na véspera. Na Ucrânia e na Polônia também sobrarão elefantes brancos, o que é uma pena. Fifa e Uefa deveriam ser inteligentes ao escolher países-sedes repletos de bons estádios que exigissem poucas adaptações. Mas só pensam no impacto econômico de grandes empreitadas em países em desenvolvimento.

Portanto, no campo ou fora dele, lá como cá, tudo igual. Sobra emoção e vontade no campo e muita irresponsabilidade fora dele. Queria puxar a sardinha no desempate, dizer que por aqui não há intolerância, manifestações racistas de grupos de torcedores, como as que têm nos assustado mais uma vez nesta Euro, mas as arquibancadas verde-amarelas também têm seus males e não são poucos. Pior: se lá a violência tem  (injustificável e horroroso) argumento, por aqui é gratuita, enrolada num baseado.

Norusca devendo
Está escrito na Lei Pelé que as agremiações esportivas têm que publicar seus balanços financeiros do ano anterior até o último dia útil do mês de abril. Pois o Noroeste não cumpriu. O clube informou à coluna que deve disponibilizar a informação nos próximos dias. Vale lembrar que as contas geraram acalorada discussão numa reunião do Conselho Deliberativo, em fevereiro. É grande a curiosidade se aumentou ou diminuiu a dívida com a família Garcia (eram R$ 12,2 milhões em dezembro de 2010).

Papo de basquete
A torcida está apreensiva, pois o mercado do basquete esquentou e as novidades em Bauru são poucas. É que a euforia do efeito Paschoalotto tomou conta de alguns. Outros, mais sensatos, têm a real noção: não está chovendo dinheiro e não será montado um supertime. Será um elenco forte, claro, mas principalmente pela manutenção da base. E mais: para a próxima temporada, talvez sonhar com títulos seja demais. Chegar à final do Paulista e entre os quatro do NBB já seria um grande feito do projeto. Um passo de cada vez.

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Coluna da semana: entrevista com Rubén Magnano, técnico da Seleção Brasileira de basquete masculino

Depois de breve problema na hospedagem e uma virose, voltando a canhotar. A seguir, a entrevista exclusiva com Rubén Magnano, publicada na edição de 13 de junho de 2012 no jornal BOM DIA Bauru.

Fala, Magnano

Somente uma vez este espaço, predominantemente voltado para o futebol, pediu licença para falar só de basquete. Pois chegou a segunda. Afinal, não é todo dia que se fala com um campeão olímpico: Rubén Magnano, medalha de ouro treinando a Argentina, em 2004, e hoje técnico da Seleção Brasileira de basquete masculino. A coluna ouviu o comandante às vésperas da apresentação dos jogadores – a preparação para a Olimpíada começa hoje, em São Paulo. Conforme contei aqui, estou escrevendo a biografia de Larry Taylor e Magnano contribuiu com precioso depoimento sobre o novo armador brasileiro. O papo rendeu aspas que reproduzo a seguir – sobre o Alienígena rumo a Londres e também a participação de Ricardo Fischer, agora jogador do Bauru Basket, no período de treinamentos.

Larry em Londres
“Tem que trabalhar, ganhar sua vaga. Agora, tenho que ver como ele se encaixa nesse novo processo de convocação, esse novo trabalho, e avaliar isso. Acho que vai dar certo, ele tem boa condição, boa mentalidade. Vamos treinar e vamos ver.”

Estilo de jogo
“Eu não vou tirar a natureza de jogo do Larry. Ele tem que continuar jogando com naturalidade e tranquilidade, entendendo que o ímpeto ofensivo é importante, mas que o aspecto solidário do jogo é muito importante. Saber basicamente que um time nacional não é um clube. Acho que ele vai conseguir fazer isso, pois é muito inteligente, tem boa cabeça. Devo fazer minha avaliação, não é a mesma coisa jogar no clube e na seleção, pela responsabilidade, pela pressão, tudo isso vou avaliar e tomar uma decisão.”

Menos tempo em quadra
“Geralmente, um atleta acostumado a ser pontuador em seu clube não tem a mesma quantidade de arremessos, por exemplo, que tem no time. Nem tantos minutos de jogo. A ideia é que ele, na quantidade de tempo em que estiver em quadra, produza cem por cento de tudo o que faz defensiva e ofensivamente.”

Alienígena na ala
“Acho que ele pode atuar na ala, apesar de não ter tanta estatura. Mas pela força que tem, pelo arremesso, poderia fazer a posição dois eventualmente, sem dúvida. Taticamente, há muitas variáveis que posso usar. Essa é uma possibilidade.”

Gente boa
“Quando ele trabalhou comigo, na preparação para o Pré-olímpico, sem dúvida ele fez o que pedi. Aí, conheci mais de perto o Larry como indivíduo, como jogador. E fiquei impressionado com a qualidade de pessoa que ele é.”

Ricardo Fischer
“Esse garoto ganhou essa oportunidade de ser convidado para treinar com a Seleção adulta pelo seu trabalho. Pelo que vi durante a Liga, pela conversa que tive com Régis Marrelli. Minha ideia é que ele viva essa experiência para ver em que nível chegará em relação a atletas de sua posição. Com certeza, se for inteligente, vai fazer uma avaliação de onde se encontra. Por isso convoco jovens para trabalhar conosco.”

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Coluna da semana: Noroeste precisa de atacante novo para a Copa Paulista

Esta é a opinião que defendo no texto publicado na edição de 28 de maio de 2012 no jornal BOM DIA Bauru.

Falta ataque

O primeiro treino coletivo da preparação do Noroeste para a Copa Paulista mostrou um bom rascunho do time titular: Nicolas; Mizael, Oliveira, Hélio e Giovanni; Kasado, Juninho, Velicka e Leandro Oliveira; Daniel Grando e Roberto. Avaliando cada setor do campo, é possível medir a força noroestina – nada definitivo, apenas um exercício para imaginar até onde pode chegar esse time na Copinha.

Goleiro, ok. Nicolas foi um dos melhores jogadores na campanha da Série A-2. Tem tudo para fazer longa carreira em Alfredo de Castilho e entrar para a história do clube. A linha defensiva ainda não parece a definitiva. Mizael deverá dar lugar a Bira, que renovou contrato e é mais experiente – não foi brilhante na A-2, mas também não comprometeu. A manutenção de Oliveira no elenco foi a grande cartada alvirrubra, mas, pelo currículo, seu parceiro deverá ser Lima, apresentado na última sexta. Será uma zaga experiente, o que é uma vantagem contra jovens atacantes que costumam povoar a Copinha. Já a lateral-esquerda deve ter boa disputa. Giovanni, a eterna promessa, tem mais uma chance, mas Ralph não chegou apenas para compor elenco. Há a opção da joia noroestina atuar no meio-campo.

Na faixa central, Kasado, pouco aproveitado no primeiro semestre, deverá dominar a camisa 5 com a saída de Betinho. Juninho segue, mas precisa incrementar seu jogo, não ser apenas o homem do chute perigoso. Velicka e Leandro Oliveira atuarão pela primeira vez lado a lado na armação. Na luta pelo acesso, quando Velicka foi para o meio, empurrou Leandro para o ataque. Essa formação clássica, um armador de cada lado, um destro e um canhoto, pode fazer estrago em muitos jogos.

O problema está no ataque. Mesmo com os passes que deverão chegar redondos, falta qualidade na frente. Daniel Grando ainda não justificou sua contratação, depois de um ano no clube. Roberto até balançou as redes, mas não conseguiu se firmar com camisa 9, mesmo concorrendo com o irregular Boka e com o fraco Nena. Com isso, é provável que os meias do elenco ganhem vaga no ataque, principalmente Romarinho – o recém-contratado Lauro corre por fora. O menino Lucas, depois de anunciado como craque por Jorge Saran, segue uma incógnita. Garotos do sub-20? Mariano e Vitor Hugo querem outra oportunidade.

Não me animo muito com reforços para a Copa Paulista, mas no ataque tenho que fugir à regra. Falta chegar um nome rodado para gerenciar a área adversária. Não vai ser fácil achar, a margem de erro é grande, basta lembrar a decepção que foi Anderson Cavalo por aqui. Mas será preciso encontrar para equilibrar o time, que está bem armado nos outros setores do campo e pode lutar pelo título.

Onde está Betinho?
O fraco lateral-direito Betinho se reiventou. Tornou-se um volante de ótimo passe e boa chegada ao ataque. Por isso mesmo, deve ter chamado a atenção no mercado da bola. Mas o combinado não é caro. Seu compromisso com o Noroeste vai até 30 de junho. Se tem proposta melhor, que sente para conversar.

No aguardo
O atacante guatemalteco Henry Lopez é outro que está com o contrato por vencer e ainda não sabe se continua no clube. Ele fez apenas uma partida no profissional, naquele desastroso jogo contra o União São João, mas não agradou. O jovem está em Bauru aguardando o desfecho. Enquanto isso, a seleção da Guatemala se prepara para a fase decisiva das eliminatórias para a Copa de 2014, que começa em junho. Herói do sub-20, ele não compõe o elenco principal.

Papo de basquete
O desmanche do elenco de Franca vai mexer bastante com o mercado basqueteiro. Se o pivô Drudi já negocia com o Bauru Basket, há outros dois nomes que cairiam bem aqui, para agregar experiência ao elenco (Fernando Penna e Ricardo Probst) e alcançar aquele nível que sempre falta em um playoff decisivo. Aproveitando: fantástica a classificação de São José para a final do NBB. E que maturidade de Ricardo Fischer em quadra… Vem pra Bauru, rapaz!

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Coluna da semana: Noroeste, Copa Paulista e o novo Bauru Basket

Começando a falar da Copa Paulista e, claro, repercutindo as (boas) novidades do basquete. Texto publicado na ediçnao de 14 de maio de 2012 no jornal BOM DIA Bauru.

Copa Paulista pra quê?

De uma vez por todas: qual é a função da Copa Paulista no calendário do Noroeste? Agora que a gestão alvirruba está revitalizada, chegou a hora de refletir bastante. Afinal, vamos dar bagagem para os jovens ou contratar jogadores que serão testados para a montagem do elenco de 2013? É bom lembrar que a segunda opção nunca deu certo. Em ambas, não há pretensão de título.

Em 2011, o Norusca contratou, entre outros, o zagueiro Bruno Lopes, o meia-atacante Da Silva e os atacantes Renam, Daniel Grando e Anderson Cavalo – além de insistir no zagueiro Cris, no volante Tiago Ulisses e no meia Altair. Somente Daniel Grando ficou para a Série A-2 e foi um fiasco. Se fizer a mesma lista para os anos anteriores, o aproveitamento será o mesmo: baixíssimo.

Por enquanto, veio o jovem goleiro Walter, do XV de Jaú, com passagem pelo futebol paranaense – e provavelmente conhecido pelo técnico Amauri Knevitz. Que venham apostas jovens e pontuais. Nomes rodados, somente os comprovadamente úteis, como um Luciano Gigante.

O vice-presidente João Paulo Garcia falou em manutenção da base para formar-se uma espinha visando 2013. Mas já saíram Marcelinho e Everton Garroni – e outros deverão seguir rumo às divisões inferiores do Campeonato Brasileiro. Aí é que está: manter quem foi reserva (como Hélio, Kasado, Bruno Oliveira ou Roberto, entre outros), compensa? Melhor dar bagagem para a molecada. Pensar em Bira (que já renovou), Nicolas, Thiago Jr, Velicka, Leandro Oliveira e Diego, ok. Não muito mais do que isso, entre os que não foram gerados pelo clube. Entre os prata-da-casa, chegou a hora da verdade para Mizael, Giovanni Juninho – além de boa vitrine para Romarinho. E momento ideal para lançar como titulares, sem medo: o zagueiro Ruggieri, o lateral-esquerdo Pedro e o meia Nathan . Laboratório, só se for com jovens. O contrário disso é retrocesso.

Papo de basquete
Desde que o frigorífico Itabom anunciou sua saída do projeto Bauru Basket, sinceramente não temi que a cidade perdesse seu time de guerreiros. Em nenhum momento a diretoria vestiu-se de pessimismo – algo corriqueiro em outras temporadas. Nem o técnico Guerrinha precisou acionar um discurso mais alarmista. Dessa vez, o chororô deu lugar ao argumento. Com um ótimo produto em mãos – um carismático e raçudo time que briga por Bauru em nível internacional –, a certeza da continuidade veio assim que terminou a temporada.

Depois de um necessário obrigado à Itabom, seja bem-vinda, Paschoalotto. As marcas devem ser, sim, exaltadas, por acreditarem e darem sobrevida a quem emociona tanta gente e sabe como envolver a comunidade. O Bauru Basket é um patrimônio, seu fim jamais deveria ser especulado. Ainda bem que empresas da região entendem isso e se identificam com o projeto.

Agora começa um divertido período de sonhar com nomes de peso, rabiscar possíveis escalações, torcer pela permanência de uns e a chegada de outros. Os primeiros movimentos apontam para o pivô Drudi, de Franca, e o gringo Otis Polk, que esteve aqui na Liga das Américas defendendo o chileno Leones. Robert Day é o grande sonho de um posição 3 pontuador. Já a permanência de Jeff Agba, mais uma vez, aguarda leilão.

Mas é bom ir com calma, gente. A coletiva de anúncio do novo patrocinador falou em cascalho, time campeão, mas a grana disponível não será suficiente para trazer medalhões. Somente um, se vier – Day, por exemplo. A aposta será em norte-americanos que ganham em patamar menor em outros países latino-americanos ou brasileiros jovens, como um ala-armador que está disputando as semifinais do NBB – cuja negociação será oportunamente revelada.

Mais Bauru
Curioso o Palmeiras estar sediado em Bauru no futebol feminino e mandar jogos em Pederneiras… Difícil imaginar uma identificação, pensar em continuidade e eventual envolvimento do empresariado local. Enquanto isso, o Futsal da FIB rala na Liga Paulista – vai mal – e está na final da Copa TV TEM.

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Coluna da semana: tchau, Norusca; até breve, Itabom?

A despedida do Noroeste na Série A-2 e a saída da Itabom no basquete são o tema do texto publicado na edição de 30 de abril de 2012 no jornal BOM DIA Bauru. Esqueci de colocar a errata das contas mal feitas na conta anterior… Enfim, o assunto Itabom merece mais aprofundamento, mas é feriado e ninguém é de ferro.

As lições da temporada

O ano de 2012 ainda não acabou, mas a temporada do Noroeste, pelo menos em relação a prioridade, já acabou.

Como era esperado, o Norusca não conseguiu vencer o São Bernardo no ABCD. Se dependesse dessa vitória para subir, já era. Mas despediu-se antes do sonho. Sobre a continuidade da comissão técnica, vale questionar, imaginar cenário melhor, mas não dá para chamar de incoerente. Pensar em continuidade, planejamento, vislumbrar um futuro melhor é louvável. O que não impede concluir que Amauri Knevitz poderia ter despertado um espírito mais vencedor no elenco. O discurso sempre foi conformista – e particularmente não me conformo com a escalação do time reserva na última rodada da primeira fase.
Para não voltar o velho papo do “laboratório”, que fique bem claro: a Copa Paulista precisa ser jogada por quem estiver em Bauru. Como sempre, servirá para a molecada correr, mostrar serviço, assim como aqueles que não encontrarem posição em uma das divisões do Brasileiro – ao contrário do volante França, negociando com o Coritiba. O que tem que ser diferente dos anos anteriores é não fazer contratações para essa competição. Se faltar gente para completar o elenco, que se recorra ao sub-20, ao sub-17…
Se desde 2005 não se disputa a Copinha pensando em título, que não seja em 2012. Se após os insucessos contra o Penapolense falaram em imitar o adversário, que assim seja. Montar um base. Luciano Gigante e Fio formam a dupla de ataque em Penápolis há um século. Se vai dar certo na elite, é outra história. Mas funcionou na caminhada até esse momento histórico.
Balanço 
Realmente foi uma boa campanha, a do Noroeste, ao pensar que a preparação começou atrasada. Entretanto, a partir do momento em que o acesso tornou-se uma realidade, que o nível técnico dos adversários não era nada assustador, vale sim pensar que poderia ter sido diferente. A torcida fez sua parte, viajou atrás do time, encheu o Alfredão. A estreia na segunda fase com vitória sugeria bom aproveitamento em casa, mas foi só aquela… Enfim, leite derramado, lições aprendidas, 2013 tem mais.
Pontos positivos 
É possível citar muitos nomes que foram bem na campanha noroestina na Série A-2. O goleiro Nicolas é de time grande. Marcelinho só precisa tirar a dúvida se só joga com a camisa alvirrubra – pois foi mal no Santo André na Série B. Everton Garroni fez falta na reta final.
França foi o pulmão da equipe, enquanto Juninho se destacou apenas pelo chute perigoso. Velicka, que tanto se acreditava fazer a diferença na armação das jogadas, só jogou bem naqueles 5 a 3 sobre o Red Bull. Leandro Oliveira, apesar da fama de pipoqueiro na reta final, mostrou qualidade na finalização. Romarinho é um diamante bruto, que ainda precisa de mais lapidação.
Papo de basquete 
A notícia da saída da Itabom para a próxima temporada do Bauru Basket não chega a ser surpreendente, mas é de se lamentar. Ninguém, entretanto, pode questionar o quanto o frigorífico de Itapuí ajudou o basquete bauruense. Termina um ciclo vitorioso, que gerou histórias maravilhosas. Quem viu de perto a rebodunk (o rebote seguido de enterrada) de Larry Taylor sobre Franca, ou  a cesta por trás da tabela há poucos dias, ou o crescimento do menino Gui, a mão certeira de Fischer, inúmeras partidas emocionantes, vitórias heroicas…
Todos esses momentos patrocinados pela Itabom, que pode pegar uma cota menor, retornar lá na frente quando o mercado melhorar ou, até mesmo, salvar a pátria se nenhum patrocinador master aparecer – mas essa é uma crença particular, prefiro mesmo que outros investidores se tornem guerreiros. O retorno é garantido, o garra e o carisma do time agregam muito à imagem de qualquer segmento.