Alienígena faz exames médicos e enfrenta gripe no segundo dia na Seleção
[author] [author_image timthumb=’on’]https://www.canhota10.com/arquivo//wp-content/uploads/2011/06/LARRY.jpg[/author_image] [author_info]“Ontem [5/7] foi um dia muito tranquilo. A gente acordou às 6h30 para fazer exames de sangue e do coração. E à tarde mais exames, de nutrição. A parte de isso, a gente não teve mais nada na programação. Eu estava passando mal ontem. O médico falou para mim que eu estava com gripe. Ele me deu remédio e acordei hoje bem melhor. Então, esse foi meu dia, vou escrever mais hoje à noite. Até mais.”[/author_info] [/author]
A charge foi publicada domingo no diário Lance!, justamente o dia que não o leio. Mas chegou em minhas mãos pelo próprio GUSTAVO DUARTE, esse gênio do traço e bauruense sem limites. Uma linda homenagem ao nosso gringo-brasuca Larry Taylor e, claro, a camisa do Norusca, paixão do Gustavo, também representada. Provavelmente ele homenageou dois bauruenses na charge, mas confesso não conhecê-los. Você sabe quem é?
A primeira impressão que tive ao entrar no salão de festas do Paulistano – aliás, que clube bacana! – foi constatar o quanto sou baixinho. Ou não. Eles é que são altos demais. Muito basqueteiro junto me fez olhar bastante para o alto! Baixinho, ali, ou era cartola ou jornalista…
Muitos rostos conhecidos marcaram presença: a rainha Hortência, o técnico da seleção feminina, Enio Vecchi, o locutor Roby Porto, do Sportv, os árbitros, diretores dos clubes, os atletas de Brasília e Pinheiros em peso. De Franca, vieram Hélio Rubens, seu filho Helinho, além de Dedé e Benite.
A diretoria do Bauru Basket foi representada pelo presidente Pedro Poli, o vice Joaquim Figueiredo e o diretor Vitor Jacob. Guerrinha, recém-chegado da China, veio acompanhado da esposa. “Estou confuso”, brincou, fazendo trocadilho com o fuso horário.
Enquanto o bufê servia os convidados (uísque, champanhe, cerveja, refrigerante, água e salgados), a premiação foi antecedida pela fala do presidente da Liga Nacional de Basquete (LNB), Kouros Monadjemi. E o homem foi com alfinetes nos bolsos! Ao citar a Penalty, parceira da competição, lembrou da polêmica sobre a qualidade da bola e disse que o material melhorou muito. Mas, finalizou dizendo esperar que a bola chegue na “qualidade que desejamos”. Isto é, ainda está devendo… Kouros elogiou a postura dos 15 clubes (“Não é fácil ser correto, justo e transparente como todos os 15 clubes foram”), mas fez questão de dizer que espera que continuem na linha, sem causar confusões em quadra. Por fim, na maior das alfinetadas, ao comemorar o bom nível dos atletas locais, que podem servir a Seleção, disse que o pivô Nenê seria um ídolo caso se dedicasse mais ao Brasil.
Começa a premiação, apresentada pelo global Luis Ernesto Lacombe. O jornalista tentou descontrair, arranca tímidas risadas aqui e ali. Forçou a barra ao pedir que Hortência contasse uma história em que Cleber Machado a pegou no colo no estúdio da Globo e ambos caíram. Tivesse mantido a formalidade, seria nota dez com sua boa voz, mas derrapou.
Entre os premiados (confira a lista completa abaixo), Larry Taylor como melhor armador. No telão, grandes jogadas suas, inclusive a rebodunk contra Franca, com direito a barulho da torcida vibrando com o lance. O presidente Pedro Poli recebeu o troféu em seu nome, pois o norte-americano passa férias nos Estados Unidos.
Terminadas as formalidades, cumprimentei o gerente da liga, Sergio Domenici, bati um papo com o pessoal da Globo Marcas, que estavam felizes com os resultados do NBB3, principalmente a repercussão do Jogo das Estrelas – comenta-se que desejam repetir a dose em Franca na próxima temporada. O assessor de imprensa da LNB, Guilherme Buso, comentou ter sido um pecado Bauru perder o quarto jogo para o Flamengo. Ele esteve na Sem Limites naquele dia. “Bauru merecia ir para o quinto jogo!”, lamentou. Buso demonstrou preocupação com a questão da Panela de Pressão, após concordar que o Jogo das Estrelas aqui seria uma boa.
Com o clima bem descontraído, convidados confraternizavam enquanto era servida uma boa massa. Hortência com a filhinha de Cipriano no colo, o pessoal de Franca assinstindo em um notebook o vídeo motivacional preparado para o eventual quinto jogo. Troquei ideia com o árbitro Pacheco, muito simpático, que disse ter lido e gostado da entrevista que fiz com ele. Por fim, entrevistei o MVP Guilherme Giovannoni – conteúdo que postarei em breve.
Renderia muito mais entrevistas, mas preferi observar os bastidores, fazer contatos.
E, claro, conversei bastante com Guerrinha. Ele deu boa notícia: é quase certa a renovação com Jeff Agba. E mais: recebeu um convite extra-oficial para fazer a pré-temporada do Bauru Basket na China. Aliás, estava encantado com o país oriental, contando os sinais do progresso capitalista por lá, a facilidade para andar de trem, as características dos comerciantes, a beleza dos ginásios. “A molecada adorou!”. Lamentando não ter conseguido enviar e-mail com notícia do último amistoso, contou que o Brazilian All Star Team perdeu, fechando a viagem com quatro vitórias e quatro derrotas. “Mesma campanha de Brasília quando foi lá”, ressaltou. Segundo o treinador, Douglas Nunes anotou 34 pontos no derradeiro compromisso. “Jogou muito!”.
NOVIDADES DO BAURU BASKET
Claro que falamos de Panela de Pressão, ele se mostrou preocupado e afirmou que o assédio do pessoal de Campinas – presente à festa – continua. “O time não vai acabar”, adiantou. Portanto, sem ginásio… Já me despedindo de Guerrinha, ele conta que o Itabom/Bauru, fechando a cota de copatrocínio master, vai atrás de um bom pivô brasileiro e, para o NBB4, de mais um estrangeiro. Por ora, para o Paulista, arrisco que Gaúcho é nome quase certo, pelo entusiasmo que ele falou da participação do atleta na excursão. E citou o pivô André (1,89m, 20 anos***) – atuou no último NBB por Assis – como provável reforço.
***Atualizado agradecendo ao torcedor “LucasMRV”
Finalizo este longo texto (espero que tenha chegado até aqui), com uma foto que simboliza cada torcedor do Bauru Basket. Se jornalista tem a missão de levar informação, entrego a vocês o troféu de Larry Taylor. Afinal, cada torcedor que vibrou com as jogadas mágicas do Alienígena, que o apoiou, merece tocar nessa taça. E, ao pedir aos diretores para tirar essa foto, disse que o faria em nome da torcida. Aqui está:
Abaixo, a lista completa dos premiados do NBB3:
Melhor Jogador (MVP)
Guilherme Giovannoni (Brasília)
Sigo em contato com Guerrinha, por e-mail, a exemplo dos colegas do Jornal da Cidade. No início da tarde desta quarta (18/5), o treinador do Bauru Basket enviou e-mail informando o resultado da terceira partida da série de amistosos na China, já valendo por um segundo quadrangular.
O combinado brasileiro perdeu para o time de Santa Barbara, dos Estados Unidos, por apenas dois pontos (ele não especificou o placar). Guerrinha descreve detalhes da partida:
“Sem poder contar com o jogador Pilar, que teve um leve entorce no tornozelo e provalvemente joga o quadrangular na sexta e sábado. A equipe brasileira fez ótimo primeiro quarto, terninado em 25 a 25. No segundo, melhorou na defesa e fez vários contra-ataques, fechando o primeiro tempo com vantagem de oito pontos, 50 a 42.
No terceiro quarto, a equipe americana melhorou seu ataque, apoiando-se no rebote ofensivo e fechando o quarto com vantagem dos brasileiros, 62 a 58. O último quarto foi emocionante, com as equipes alternado no placar. Faltando 28 segundos, com o jogo empatado e posse da bola para bater o lateral no ataque, o árbitro chinês decidiu o jogo a favor dos americanos, penalizando a equipe brasileira com uma falta técnica, quando o jogador americano da equipe de Santa Bárbara discutia com o americano Jason, da equipe brasileira, que estava na quadra, e com outro americano, Lebron, que estava no banco, e com todos.”
Números enviados pelo treinador como destaques do jogo:
• Gaúcho: 23 pontos, sendo quatro bolas de três pontos de seis arremessadas
• Douglas: 22 pontos e 13 rebotes
• Amiel: 12 pontos
• Jason: 11 pontos
Na sexta feira (20/5), o “Brazil All Stars” enfrenta o Shanxi Dragons, da liga chinesa, em Shijiazhuang. O combinado croata enfrenta Santa Barbara na outra partida do quadrangular.
Abaixo, foto da equipe:
O cubano Amiel Vela, ala/pivô, terminou o último NBB pelo Vitória com média de 14,4 pontos ; Alex, segundo Guerrinha, tem 2,12m; os norte-americanos: Lebron Benning (pivô) tem passagens pelo basquete da Suíça e do Chipre, Adam Brooks (ala) , saiu agora da universidade e Jason Fontennet (armador) é da cidade de Phoenix e já jogou na Grécia e na Itália; já o armador Guilheme Guimarães apenas compôs o grupo do Flamengo. Atualizado: o Guilherme da foto é Guilherme Guerra, filho de Guerrinha, que viajou a convite dos organizadores da excursão e vestiu uniforme apenas para completar os 12. Ele já jogou basquete, mas hoje é engenheiro ambiental e trabalha em Ribeirão Preto.
Por fim, Guerrinha perguntou como vão as coisas por aqui, finalizando com a palavra ginásio seguida de reticências… Contei a ele o que Batata, secretário de esportes, comentou comigo há uma semana: texto da licitação no jurídico da Prefeitura. Quando sair e o martelo for batido, acha que em um mês a reforma será concluída. Ele acha possível entregar a tempo de o Bauru Basket pleitear a sede do Sul-Americano de Clubes. Eu não sou tão otimista, mas torço por isso.
Recebi na quinta-feira (12/5) o convite para participar da votação dos melhores do Novo Basquete Brasil 3 e, de prima, enviei meus indicados.
O júri dos destaques do NBB 3, eleição promovida pela Liga Nacional de Basquete, é formado pelos técnicos e assistentes de todas as equipes, personalidades do basquete e membros da imprensa especializada (é aí que eu entro).
Agradeço o convite. Abaixo, os votos do Canhota 10, comentados:
Armador: LARRY TAYLOR (Itabom/Bauru)
O Alienígena não esteve na sua mais brilhante temporada, mas certamente na mais madura, em que se tornou mais solidário – até porque o time de Bauru, mais qualificado, passou a depender um pouco menos dele. E, como sempre, os amantes do basquete vibraram com suas jogadas mágicas. Larry protagonizou os dois lances mais bonitos do NBB 3: a rebodunk contra Franca e a enterrada-show no Jogo das Estrelas.
Ala: MARCELINHO (Flamengo)
Por mais marrento e intocável que seja, impossível deixar o camisa 4 rubro-negro de fora. Experiente, Marcelinho não se desconcentra da partida, não dá a mínima para provocações de torcedores e tem uma precisão impressionante em seus chutes. Mas espero que tenha consciência de sua importância para o basquete e deixe de protagonizar cenas lamentáveis – invariavelmente as confusões começam com chiliques dele.
Ala: SHAMELL (Pinheiros/Sky)
Outro norte-americano que oscila entre a eficiência e o estilo showman. Como Larry, às vezes peca em momentos decisivos, mas só erra quem tenta e eles não fogem de suas responsabilidades. “Brasileiríssimo”, o carismático ala também é admirado por outras torcidas e foi um dos grandes responsáveis pela grande campanha do Pinheiros.
Pivô: GIOVANNONI (Uniceub/BRB/Brasília)
O cara é completo. Bom reboteiros, exímio chutador e jogador que se impõe na quadra. Sua experência com a Seleção e no basquete europeu está evidente em seu comportamento durante uma partida. Quando torcedores sonham com um reforço de peso, é sempre um dos primeiros a ser lembrado. Também votei em Giovannoni como MELHOR JOGADOR DA TEMPORADA
Pivô: DOUGLAS NUNES (Itabom/Bauru)
Tivesse menos de 21 anos, também mereceria o troféu de revelação – e confesso que não votei nele como ‘Jogador que mais evoluiu’ para não ser bauruense demais nos votos! Douglas personificou a alma guerreira do time e rapidamente passou de promessa a selecionável, como parte da crônica já requisita uma Amarelinha para ele. Seus chutes de três na hora certa foram fundamentais. Falta evoluir na defesa, como o próprio Guerrinha diagnosticou.
Sexto homem: BENITE (Vivo/Franca) Revelação (sub-21): BENITE (Vivo/Franca) Jogador que mais evoluiu: BENITE (Vivo/Franca)
O menino de Franca correspondeu às expectativas lançadas sobre ele antes do início do NBB 3. Rápido e habilidoso, fez 24 pontos na partida que eliminou o Flamengo nas semifinais. Até o final dessa fase, tinha boa média de 14,8 pontos por partida e aproveitamento de 53,4% em seus arremessos. Vai longe.
Melhor defensor: OLIVINHA (Pinheiros/Sky)
Nada mais justo do que o melhor reboteiro (8,61 por jogo). De quebra, é o segundo jogador mais eficiente do NBB 3 (dados até o fim das semifinais).
Técnico da temporada: GUERRINHA (Itabom/Bauru)
Parece um voto caseiro, mas não é. Aqui pedi ajuda ao meu amigo Oswaldo Thompson, expert no assunto, para encontrar o melhor critério. “Pegue um time inferior no papel que chegou longe”. Isto é, um treinador que explorou bastante o potencial de cada jogador. Aí, ficou fácil. O 12º elenco em orçamento terminou o campeonato em quinto.