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Novo ginásio em Bauru: como estamos e quando o teremos?

Pelo terceiro ano seguido o Bauru Basket disputa a final do NBB. Mais uma vez, viu-se obrigado a buscar uma “casa” provisória para mandar os jogos decisivos, já que a Liga Nacional de Basquete exige arenas de maior capacidade para valorizar seu produto. Em 2015 e 2016, a torcida migrou para Marília. Neste 2017, Araraquara será a sede do jogo 3 da decisão e um eventual jogo 5 será em Botucatu, aumentando a saga itinerante do Dragão. Tudo isso porque o sonho de um ginásio de grande porte em Bauru segue apenas no papel…

Diante disso, o assunto novo ginásio veio novamente à tona. Lembro que questionei todos os candidatos a prefeito sobre este assunto, na bancada do Informasom da 94FM, ano passado. Todos deram respostas evasivas, de buscar recursos, blablablá. Novamente, este Canhota 10 ouviu alguns personagens-chave para viabilizar a Arena Bauru.

Roger Barude: “Temos que criar uma comissão”

Barude: na luta desde 2014
Barude: na luta desde 2014

Hoje vereador pelo PPS, Roger Barude foi quem articulou, enquanto secretário de esportes no governo Rodrigo Agostinho, o que existe de concreto até agora em relação à Arena Bauru. “Fiquei um ano e meio atrás de pessoas, entidades e associações para viabilizar o projeto executivo”, lembrou Barude, que convenceu a Assenag (Associação dos Engenheiros Arquitetos e Agrônomos de Bauru) a fazer um concurso, patrocinado pela Paschoalotto (então patrocinadora máster do Bauru Basket), para viabilizar o projeto. O vencedor foi o escritório do arquiteto Carlos Ricci. “Com o projeto pronto, fui a Brasília três vezes atrás de recursos com o então ministro do esporte, George Hilton. Infelizmente, o país já dava sinais de crise e não foi possível conseguir um repasse de R$ 20 milhões para a construção”, descreveu o vereador.

O passo seguinte foi procurar a iniciativa privada. Roger reuniu-se com os empresários Walter Torre (da construtora W.Torre, que fez a arena do Palmeiras) e Roberto Graziano (notório por investir muito no Guarani de Campinas), mas não teve êxito. O que está a seu alcance, agora como vereador, é mobilizar quem pode ajudar. “Nos bastidores, conversei com vários deputados. Percebo que está faltando vontade política de todos os interessados. Não aceito dizerem que não têm recursos. Que sinalizem com alguma coisa, um valor menor… Conversei com o Gazzetta, ele tem vontade de fazer. Acho que temos que criar uma comissão e ir pra cima, avançar. É uma vergonha para Bauru não ter um ginásio, por tudo o que tem conquistado no esporte”, finalizou Barude, que é figura assídua nas partidas disputadas na Panela de Pressão.

Pedro Tobias: à disposição

Assim que o Bauru Basket conquistou a classificação para a final do NBB 9, a fanpage do deputado estadual Pedro Tobias publicou uma homenagem ao time. Não demorou para receber críticas nos comentários, que viram oportunismo do deputado, pouco notado no cenário esportivo da cidade.

Por meio de sua assessoria, ele se mostrou disposto a ajudar. “Estou à disposição das autoridades locais para discutir esse assunto e voltar à pauta essa prioridade, mas a responsabilidade primeira é do município. É preciso juntar esforços e disponibilizar recursos nos níveis local, estadual e federal”, disse. Entretanto, Tobias demonstrou desconhecimento sobre o andamento do assunto Arena Bauru: “Esse projeto não sairá do papel se a prefeitura não colocar à disposição a doação de uma área bem localizada.” Na verdade, o local já está definido: um terreno de 100 mil metros quadrados na Avenida Nações Norte, em área denominada Parque Água do Castelo.

O deputado lembrou que viabilizou, em 2002, uma verba de R$ 600 mil junto ao deputado federal José Aníbal para o início da construção de um ginásio, mas que a prefeitura da época não apresentou projeto executivo. Pudera: na época Bauru estava quebrada e com ambiente político bastante turbulento.

Em resposta aos questionamentos de bauruenses no Facebook, o parlamentar afirmou que desde 2002 nunca mais foi procurado pelas autoridades locais para falar sobre ginásio. Não concordo que alguém do quilate político dele se acomode numa posição de expectativa. Pelo menos ele se disse disposto a dialogar, mesmo não estando familiarizado com o tema. Que Gazzetta e as famosas “forças vivas” da cidade batam à porta de seu gabinete.

O prefeito Gazzetta e o deputado estadual Pedro Tobias: a cidade aguarda
O prefeito Gazzetta e o deputado estadual Pedro Tobias: a cidade aguarda

Gazzetta: viabilizar até 2020

Anote a promessa aí, bauruense: o prefeito Clodoaldo Gazzetta pretende viabilizar a Arena Bauru até 2020. A princípio fora de seu plano de governo, o ginásio com capacidade para 5 mil pessoas será contemplado no Plano Plurianual (PPA), segundo a assessoria de comunicação da Prefeitura, em resposta ao Canhota 10. O PPA é o planejamento da administração municipal para os próximos quatro anos e está em fase de elaboração para envio à Câmara Municipal. Para conseguir os cerca de R$ 20 milhões, “o município vai buscar a captação de recursos, seja através de parceria público-privada (PPP), Imposto de Renda Pessoa Jurídica (lucro real) ou convênios junto às esferas estadual e federal”, prometeu Gazzetta.

Ginásio no papel

Vale recordar que a Arena Bauru teve projeto executivo aprovado em outubro de 2014 e entregue à Semel (Secretaria Municipal de Esportes e Lazer) em abril de 2015. Nesse período, houve comitivas em busca de recursos, mas no olho do furacão da crise política e econômica, o assunto esfriou. Abaixo, algumas imagens do projeto do arquiteto Carlos Ricci:

A fachada da Arena Bauru
A fachada da Arena Bauru

 

Visão interna: projeto prevê cerca de 5 mil lugares
Visão interna: projeto prevê cerca de 5 mil lugares

 

Área na Nações Norte prevê estacionamento
Área na Nações Norte prevê estacionamento

Fotos: Divulgação

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Bauru Basket

Bauru 2, Flamengo 3: depois do abatimento, o texto

retranca-final-nbb-8Lá vou eu de novo com atraso. Mas até o atraso ajuda a compor este texto. Porque eu simplesmente não consegui escrever naquele sábado em que o Flamengo massacrou o Paschoalotto Bauru por 100 a 66 e venceu o NBB pela quinta vez. Fui tomado pelo abatimento. Essa é a melhor definição, por saber que poderia ter sido diferente, por saber que cada um daquele time queria muito vencer, mas não conseguiu executar sua excelência naquela tarde.

Uns preferem chamar de frustração ou vergonha, o que acaba por transformar vice-campeões em culpados ou incompetentes. Mas vice-campeões têm seu valor. O vira-latismo brasileiro é que não entende isso. Essa reflexão acaba por me levar a outro ponto: não acho que time nenhum tem obrigação de ganhar nada. Por maiores que sejam os salários, a estrutura.

Por outro lado, também não entro na questão da arbitragem. É assunto para o qual nunca dei bola. Malemá identifico um ou outro apitador (Maranho, Andréa, Benito e só), nunca olhei escala antes da partida. Tem sua relevância no desenrolar de um resultado, claro, mas prefiro me ater aos boleiros. E por mais que a bola presa do jogo 3 tenha sido algo escandaloso, mesmo assim não há como aranhar a legitimidade do título rubro-negro. Incomoda-me muito mais a marra desse time, a arrogânca, do que o suposto apito amigo. Lamento muito mais o Flamengo ser campeão por ver um Ricardo Machado sorrindo por último, depois de tudo o que sempre fez de desserviço ao esporte à beira da quadra, do que por uma atuação desastrosa de um árbitro.

Enfim, apesar dos marrentos, o Flamengo mereceu. Para cada mala que fica na orelha da arbitragem o jogo inteiro, existe um Olivinha raçudo, um Rafael Mineiro dedicado, gente que merece demais. E existe Marcelinho, o capítulo à parte. Encrenqueiro, provocador, mas inegavelmente vencedor. Aos 41 anos, o cara faz 26 pontos, pega dez rebotes e distribui seis assistências em 35min em quadra! O esporte é saboroso também pelos controversos.

Nunca saberemos se o Bauru teria vencido o jogo 3 sem a bola presa. Mas sabemos que aquilo foi o combustível para a partidaça que fizeram em Marília no sábado seguinte. E sabemos também que as confusões do jogo 4 foram o combustível para a entrega rubro-negra na finalíssima. Com o adendo de o rival, Vasco, ter conquistado a Liga Ouro na véspera…

Foi um dia ruim, tudo deu errado e a temporada terminou sem títulos. Mas com uma decisão intercontinental histórica contra o Real Madrid, o passeio pela NBA, o vice das Américas mesmo com o time todo desmontado e mais uma final de NBB. Com troca de comando, com problemas físicos — apenas Robert Day jogou todas as 40 partidas do nacional — e, mais uma vez, sem uma casa para disputar a final. Já falei sobre isso, Marília foi bacana, baita acolhimento, mas não é a mesma coisa. Quantas outras decisões serão assim?…

Ao Paschoalotto Bauru, adiantei-me em enaltecer a temporada na carta que publiquei antes da derradeira partida. Porque, como gosto de dizer, é só um jogo, gente. Ganhar é bom demais, claro, mas rapidinho começa tudo de novo e vai ser divertido, como sempre. Com ou sem troféu.

 

Foto: FotoJump/LNB

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Arena Bauru: sonho avança mais um passo após encontro em Brasília

A busca pela verba de R$ 20 milhões para a construção da Arena Bauru, ginásio municipal multiuso há tempos necessário, ganhou um bom capítulo nesta quarta-feira. O prefeito Rodrigo Agostinho e o secretário de esportes Roger Barude foram a Brasília levar o projeto ao ministro do Esporte, George Hilton. Acompanharam a caravana o deputado federal Vinicius Carvalho (PRB-SP), o empresário (e noroestino roxo) Marcio Teixeira,  vice-presidente da legenda em Bauru, e o advogado bauruense Henrique Crivelli.

Carvalho e Teixeira já haviam intermediado encontro de Agostinho e Barude, semana passada, com o secretário de esportes do estado de São Paulo, Jean Madeira, também do PRB.

“A reunião foi excelente, o ministro ficou impressionado com o nosso projeto e disse que não vai medir esforços para viabilizá-lo. Sobre os recursos, ele não pode adiantar nada, tendo em vista que os orçamentos de todos os ministérios não foram votados ainda”, detalhou Roger Barude ao Canhota 10.

A aproximação com o partido dos chefes das pastas estadual e federal é mesmo o pulo do gato para encurtar o caminho da concretização do projeto.

Reunião em Brasília (a partir da esquerda): Márcio Teixeira, Roger Barude, Rodrigo Agostinho, Vinicius Carvalho e Henrique Crivelli. Foto: Divulgação
Reunião em Brasília (a partir da esquerda): Márcio Teixeira, Roger Barude, Rodrigo Agostinho, George Hilton, Vinicius Carvalho e Henrique Crivelli. Foto: Divulgação