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Corinthians merecido, apesar de Neymar

O Corinthians, time de melhor campanha do Paulistão 2025 até aqui, venceu o Santos jogando em casa, por 2 a 1. Normalíssimo.

As manchetes internet afora, entretanto, destacam com maior ênfase a ausência do santista Neymar na partida. Um edema na coxa esquerda o deixou o tempo todo no banco de reservas — mais uma presença de pressão psicológica no adversário do que uma possibilidade de entrar em campo.

A torcida corintiana, no seu direito de vencedora, aderiu ao meme de que Ney pipocou. Ok, a ficção cabe na zoeira.

A torcida brasileira se preocupa com o recém-convocado. Estará pronto para as partidas das eliminatórias? Ou poupou-se hoje para defender a seleção?

Neymar pode ter mil defeitos, mas fugir do embate não é um deles. Mesmo a lenda de que se machucava providencialmente perto do carnaval já foi desfeita pelos números.

A verdade é que cada passo seu, neste momento de sua carreira e do futebol brasileiro, é amplificado. O Corinthians ganhou, mas Neymar não jogou.

Se ele faria a diferença nesse domingo? Jamais saberemos.

O que sabemos é que Yuri Alberto segue decidindo e que Garro é um finalizador raro. Timão na final, merecidamente.

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Barcelona 3, Corinthians 0: sinal amarelo

A má atuação na fase anterior, contra o Universidad Central da Venezuela, foi um prenúncio desse encontro desastroso, fora de casa, contra o Barcelona, do elegante treinador Segundo Castillo.

O traje à beira do campo avisava a importância que sua equipe, duas vezes vice-campeã na história da Libertadores, dava à partida. Não que o Corinthians não se importou, mas não se portou como favorito que é no confronto.

Caberia a frase de efeito de que o goleiro Contreras mal sujou o uniforme, mas vale também dizer que pouco apareceu no vídeo. O Timão, com força máxima, mas um tanto cauteloso com linha defensiva de cinco jogadores, deixou Memphis e Yuri Alberto como espectadores — à espera de uma bola.

E cabe a cautela de nomear este texto como “sinal amarelo”, porque sabemos como estará a arena corintiana na próxima quarta-feira: abarrotada, gritando até o apito final. A vaia só virá depois, se o sinal ficar vermelho. Mas não é impossível que o time se inflame e busque a difícil vitória por três gols de saldo, confiando na estrela de Hugo na disputa de pênaltis.

Antes disso, para manter a adrenalina alerta, tem o Santos de Neymar, também em Itaquera. Aperitivo e tanto para inflamar os ânimos.

Por enquanto, apreensão. Esta Libertadores pareceu tão improvável numa campanha contra o rebaixamento, e agora parece escorrer pelas mãos.

O Corinthians terá que ser mais Corinthians do que nunca.

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Neto, o inexplicável

(4/10) Chegou a hora do encontro com o herói da infância. Idolatria não se aplica ao melhor, ao mais vencedor. Cada fã tem sua nuance. Acho que Neto me encantou pelo drible que dava na balança, pela criticada lentidão compensada por lançamentos longos e precisos (já raros naquela época) e, claro, pela característica que atribuíam a ele como negativa, e eu adorava: “só fazia gol de falta”. Um deleite cada gol dele nesse quesito (um top 5 no vídeo abaixo). Na foto acima, ele comemora o que considero o gol mais bonito de sua carreira: contra o São Paulo, na primeira fase do Brasileirão de 1990. Mas não sejam injustos: fez gols de cabeça, de pé direito, em arrancadas, de bicicleta…

Eu via os jogos do Corinthians para ver o Neto jogar. Em 1994, quando foi para o Atlético Mineiro, houve um jogo em Uberlândia, cidade vizinha da minha Ituiutaba. Pedi para o meu pai me levar. Ele foi substituído no intervalo, mas já foi bom vê-lo de perto, principalmente quando foi cobrar escanteio próximo ao meu setor… Foi como ver um astro do rock do pé do palco. A carreira dele desandou a partir dali, eu era novinho quando ele estourou no Guarani, mas tudo bem. O auge no Timão valeu a pena.

Anos mais tarde tive a oportunidade de encontrá-lo num evento. Descrevi a experiência no jornal Bom Dia Bauru, em 2011 — eu era colunista na época. Já tive minhas restrições com o comentarista, mas hoje me divirto com o apresentador Craque Neto e sobretudo com o youtuber. Um comunicador com um jeitão só dele, transparente, ríspido e dócil ao mesmo tempo, como era o jogador. Um craque contestado, um “gênio amado e incompreendido”, “incomparável”, como descreveu uma edição de Placar, em 1993 (reprodução abaixo). Para um fã, inexplicável basta.

Craque Neto

Texto da série de 10 jogadores que influenciaram meu gosto pelo futebol. Neto é o quarto na minha cronologia.

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Mundial de 2000: o controverso e merecido título do Corinthians

Em 14 de janeiro, comemora-se a conquista do Mundial de 2000 pelo Corinthians. Aconteceu no Maracanã, contra o Vasco, a decisão do primeiro Mundial de Clubes organizado pela Fifa. Uma participação pela indicação como representante do país-sede, motivo de questionamentos, sobretudo dos rivais do time paulista. No vídeo abaixo, explico como foi concebida aquela competição e falo de algumas curiosidades.

ASSISTA: a seleção do tetra e a importância para uma geração do futebol brasileiro.
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