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Coluna ‘Papo de futebol’ de 24 de janeiro

No jornal Bom Dia Bauru, Fernando BH avalia o empate do Norusca com o Corinthians

FALTA ARRUMAR A ZAGA!

Se o Corinthians encarou o Noroeste como mais uma oportunidade de se acertar para o confronto da Pré-Libertadores (contra o colombiano Tolima, no Pacembu), Tite terá trabalho… Cochilou no segundo tempo, quando o Norusca se soltou e por pouco não virou a partida – tivesse o árbitro Flávio Guerra marcado pelo menos um dos dois pênaltis duvidosos sobre Aleílson.
Com três jogos disputados, já é possível opinar sobre o Noroeste sem parecer vidente ou corneteiro. Até porque o que você lerá a seguir não é muito diferente do que torcedores têm diagnosticado em butecos reais e virtuais. O zagueiro Matheus é prejudicial à saúde dos noroestinos! E os laterais, muito ofensivos, têm deixado brechas, dando muito trabalho aos volantes na cobertura – função bem cumprida por Marcelinho na esquerda; já Francis quase foi expulso do outro lado e foi bem substituído por Júlio César.
Apesar de ainda fora de forma, Vandinho merece menção por protagonizar as duas melhores jogadas do Alvirrubro, puxando contra-ataques. Apesar disso, vejo-o como opção de banco para quarta, contra o Bragantino, quando Otacílio Neto retorna – mantendo Marin, que saiu cuspindo cobras e lagartos ao ser substituído por Doda.
Resumindo: três jogos, três empates, uma invencibilidade esquisita que gera otimismo. Nem de longe parece um time que vai brigar para cair. Se a zaga ainda assusta, o que comemoro é que o time reage à adversidade. Em 2009, quando o adversário abria o placar, já se sabia que o Noroeste terminaria derrotado.

Problema na direita
Com a (infantil) expulsão de Márcio Gabriel, Luciano Dias terá trabalho para escalar um novo camisa 2. Aposta no jovem Betinho, que chegou mais para completar treinamento do que encarar uma partida desde o início? Em Mizael, recém-chegado da Copa São Paulo de juniores, certamente não – ele não agradou muito ao treinador atuando pela Copa Paulista, ano passado. Na pré-temporada, o canhoto Gustavo Henrique atuou duas vezes improvisado na direita. Há ainda a possibilidade de algum volante atuar por ali (Júlio César ou França) e até mesmo – pensando de forma mais ousada – apostar em Vandinho, que já atuou na posição no próprio Norusca, em 2007. Por fim, Matheus, que gosta de avançar, poderia ser testado ali. Melhor não… Empatar com o Bragantino, quarta-feira, está fora de cogitação.

Itabom/Kalunga/Bauru
O papo da coluna é futebol, mas como envolve o Noroeste, vamos lá: o que falta para o assunto Panela de Pressão ter um final feliz? Grana. Ela passa por cima da lerdeza burocrática da prefeitura. Então, se Noroeste e Bauru Basket amarrassem um acordo financeiro? Os mecenas Pedro Poli (Itabom) e Damião Garcia (Kalunga) poderiam jantar juntos e anunciar uma parceria que salvaria o esporte bauruense. Que tal?

Luz amarela no Pacaembu
Empatar com Bragantino e Noroeste deixou os corintianos desconfiados. O Timão não parece apto a garantir bom saldo para o jogo de volta. Afinal, tem apostado demais em Bruno “Chuta-chuta” César e entra pouco na área adversária. Fazendo uma analogia, fosse time de basquete só arremessaria para três pontos. Com Ronaldo paradão como um pivô, Jorge Henrique e Dentinho precisam infiltrar mais para darem a assistência perfeita ao camisa 9 alvinegro.

Rivaldo no São Paulo
A camisa 10 tricolor está tão órfã que o clube resolveu apostar do último campeão do mundo pela Seleção que vestiu esse número – há oito anos. Pode dar certo? Pode. Mas é aposta com prazo definido. Ninguém imagina Rivaldo jogando uma Libertadores em 2012.

Texto publicado na edição de 24 de janeiro de 2011 do jornal Bom Dia Bauru