Depois de reencontrar a vitória, na última quarta-feira (3 a 2 sobre a Inter de Limeira), o Noroeste tinha uma dupla missão nesse sábado de forte calor: além de escapar do Z-6, voltar a vencer no Alfredão (jejum de quatro partidas). Não me recordo de ver o Norusca com uma sequência de aproveitamento tão baixo atuando em Bauru como agora. São apenas sete pontos conquistados em sete partidas na Vila Pacífico (aproveitamento de 33%). Os pontos perdidos da vez foram contra o Comercial de Ribeirão Preto, igualmente fugindo do fantasma. O placar não se mexeu… O Noroeste dorme em 13º, com 17 pontos, mas corre o risco de acordar na segunda na zona.
BOLA ROLANDO
Pra variar, o Noroeste teve mais volume de jogo, mais posse de bola, criou tramas ofensivas, mas pouco finalizou. Sem exagero: o goleiro comercialino não sujou o uniforme. No primeiro tempo, a zaga rebateu um cruzamento perigoso e Marcelo Santos chutou duas vezes sobre o travessão. Na segunda etapa, um chute de Marcão desviado pela zaga, um cruzamento rasteiro que atravessou a pequena área e novamente Marcão, no finalzinho, driblou o goleiro, mas perdeu o ângulo. Defesa do guapo, nenhuma. Já nosso Roni… Teve que trabalhar! Cara a cara com o ataque do Leão do Norte, fez duas defesas importantes na primeira metade do jogou e outra na segunda.
AJUSTE E PROBLEMAS
O zagueiro Rafael Pontoli recebeu dois cartões amarelos ainda no primeiro tempo, deixando o Noroeste com um a menos. Não foi preciso repor imediatamente, pois o volante Maicon Douglas recuou para a quarta-zaga — já estava próximo dali mesmo, em marcação individual no atacante Negueba. Aos 19 do segundo tempo, foi a vez do outro camisa 3, Alemão, devolver equilíbrio numérico, também expulso com dois cartões.
Se ajustou a zaga facilmente, o técnico Vitor Hugo teve um desafio no ataque, leve demais. Toda hora é tranco em cima de Ueslei e Everton — além do baixinho Tuxa, a flecha que se aproxima deles. Difícil os moleques ganharem uma dividida em bola que vem quebrada da defesa. Os supergêmeos foram muito mal nesse jogo. Marcão entrou e deu mais presença ofensiva ao time, que pelo visto não pode jogar sem um legítimo camisa 9 para assumir umas trombadas lá na zona do agrião.
CATIMBA
Pô, um reencontro com Varlei de Carvalho, nome impregnado na história do clube e hoje no Comercial… Já estava bolando as perguntas, saber se há saudade, por que nunca mais voltou. Mas aí o treinador traz um time disposto tumultuar, fazer cera e ter até a capacidade de ignorar o fairplay, não devolvendo uma bola. E foi-se o encanto. Até expulso Varlei foi. Velhaco, demorou uma vida pra sair do campo. Andou devagar, parou na área técnica do pupilo Vitor Hugo e de lá passou umas instruções. Só com a insistência da polícia é que foi para o chuveiro mais cedo. Esse clima tenso da partida quase descambou para o arranca-rabo, mas a turma do deixa-disso apartou. Clima que começou fora do estádio, antes do jogo, em início de confronto entre noroestinos e comercialinos vindos de Ribeirão Preto. Sobrou gás de pimenta para os brigões.
ABRE ASPAS
“Faltou pontaria. O nosso ataque agrediu bastante a defesa do Comercial, tomamos alguns sustos, mas não podemos perder tantos gols dessa maneira. Agora é trabalhar novamente e buscar a vitória na quarta-feira”, disse o técnico Vitor Hugo, via assessoria, que avisou que neste domingo tem treino!
Falei com o lateral-esquerdo Hipólito…
… e com o zagueiro Rafael Pontoli:
O Noroeste empatou mais uma em casa jogando com Roni; Guilherme, Rafael Pontoli, Herick Samora e Hipólito; Maicon Douglas, Alemão, Marcelo Santos (Rafael Olinto) e Tuxa (Marcão); Ueslei (Marinho) e Everton.