Finalmente foi publicado o balanço patrimonial do Noroeste referente ao ano de 2014 no site da Federação Paulista — o prazo estabelecido pelo Estatuto do Torcedor é o último dia útil do mês de abril. Apesar do atraso, vale mencionar a melhora na pontualidade: ano passado, foi publicado em julho e, no retrasado, em setembro!
A melhor notícia, entretanto, é que o passivo do clube regrediu consideravelmente. Tudo porque as dívidas com pessoas físicas com a família Garcia (o ex-presidente Damião, os filhos Paulo, Beto e o neto João Paulo) e com a Kalunga (empresa da família), que somam quase R$ 8,2 milhões, não constam mais no documento. Assim, o montante caiu de R$ 14,3 milhões para R$ 6,1 milhões, em nome da D. Garcia Gráfica Brasil. O passivo do clube, que era de R$ 17,4 milhões ao final de 2012, agora é de R$ 10,1 milhões, uma redução de 40%.
Constam ainda dívidas com o ex-presidente Anis Buzalaf (R$ 53,7 mil), com o grupo de investimentos Liga (R$ 150 mil — segundo o colega Emerson Luiz, da 94FM, referente à Copinha 2013, despesa que deveria ser da Prefeitura), com o gestor de futebol Toninho Gimenez (R$ 17,4 mil) e com Marcio Luis Borges Diogo (R$ 6,1 mil).
Comparando as duas recentes administrações, de fato a gestão Buzalaf foi mais onerosa. No ano de 2013, em que esteve até novembro, as obrigações trabalhistas pendentes quase dobraram — de R$ 448 mil para R$ 874 mil. O balancete de 2014, já sob a presidência de Emilio Brumati, mostra que esse número está em R$ 879 mil (aumento de 0,5%). A diferença entre receitas e despesas no ano passado foi negativa em quase R$ 356 mil; em 2013, foi de R$ 437 mil.
Números que estão longe do ideal, mas que mostram que a prometida austeridade foi colocada em prática — falando sempre de acordo com o documento oficial apresentado pelo clube.
A demonstração financeira do Noroeste é pública e pode ser encontrada neste link.