Quem não faz, toma. Após três bolas na trave, foi com essa impressão que muitos torcedores saíram de Alfredo de Castilho depois da derrota do Noroeste para o Aquidauanense, por 2 a 1, na abertura da 45a Copa São Paulo de Futebol Júnior. Teoricamente, era para ser o adversário menos complicado do Norusca, mas a molecada bauruense, apesar da luta, não conseguiu vencer. O placar se definiu no primeiro tempo, com Patrick aos seis, Juninho empatando aos 32, mas, no minuto seguinte, Patrick, de novo, deu a vitória aos visitantes.
O resultado compromete muito as pretensões de classificação do Alvirrubro, já que só passa o primeiro colocado, que aparenta ser mesmo o favorito Flamengo, que impôs 4 a 1 ao Santo André na segunda partida da tarde. Tarde, aliás, escaldante. Correr às 14h num sol que foi registrado como a oitava maior temperatura do dia no mundo, foi de judiar a meninada…
Agora, é vencer o Santo André, torcer por um empate no outro jogo, para embolar a classificação, e partir para um jogo épico contra os rubro-negros, com Alfredão cheio. Dificílimo, claro, mas noroestino não desiste nunca. Beliscas uma das vagas de segundo colocado por índice técnico será igualmente complicado, então, o negócio é vencer, vencer e secar.
A impressão de torcedores que foram ao Alfredão é de que a zaga alvirrubra comprometeu. O meio campo tem vigor e certo talento, o ataque pressionou, mas a defesa, que pede experiência — e os garotos noroestino estão abaixo da média de idade da competição –, deixou a desejar. “Laterais, central e quarto-zagueiro são fracos, mas muito fracos. Perdemos gols que normalmente não se perde”, analisou o sempre presente Niltinho. “Tem que arrumar a zaga. Do meio pra frente está bem”, comentou o colega Bruno Mestrinelli.
Segunda (6/jan), 19h, o Norusca ganha um refresco do sol e tenta se reabilitar contra o Santo André. O comandados de Luciano Sato que foram a campo: Guilherme; Léo, Kevin, Andreone e Rafael; Igor (Diego), Caetano (Júlio César), Bruno e Douglas (Rodrigo); Juninho e Aguiar.
Douglas, o cara
Titular em algumas partidas da Copa Paulista, o menino Douglas já havia mostrado potencial no time profissional e assumiu a responsabilidade entre os meninos. Seu chute venenoso foi o trunfo noroestino na bola parada e ele arrancou muitos elogios. No mínimo, será importantíssimo na Série A-3. Isso se a vitrine da Copinha não o levar antes…