Diante de 53 pagantes e com apenas 14 jogadores relacionados para a partida, sendo um deles o goleiro reserva e outro machucado, o Noroeste terminou de forma melancólica sua participação na Série A-3. Futebol profissional para o Alvirrubro, agora, só na quarta divisão, em abril de 2015…
Para ilustrar o clima de fim de feira, pouca gente responsável pela queda apareceu para fechar o caixão. Não dá pra citar nomes para não correr o risco de ser injusto. Mas posso garantir que quase ninguém da direção do clube e do Conselho Deliberativo apareceu para testemunhar a derrota de 2 a 1 para o Votuporanguense.
E, pasme: quase metade do público pagante era composta de bauruenses torcendo CONTRA o Noroeste. Torcedores de um time amador da cidade, que revelou um atacante do Votuporanguense, foram lá aplaudir o amigo. Que fase!
Entre os poucos noroestinos, pessoal da Sangue Rubro, que saiu do estádio cabisbaixo, em clima de velório; e aqueles torcedores apaixonados, engajados e mal-compreendidos, a já famosa turma da “meia-dúzia”.
A bola rolava lá no campo, mas nem dava para prestar atenção. Pareciam zumbis. Olhar aquele jogo era exercício de masoquismo. Vi o Marcão indo embora mais cedo. Nem ele, outro com assiduidade 100% no Alfredão, aguentou. Nem o gol noroestino saiu de pés locais — foi contra. A virada veio no segundo tempo, sem fazer força. E seria outra goleada, não fosse o bom goleiro Aranha.
O Noroeste se despediu do futebol profissional neste ano jogando com Wellington Aranha; Daniel Rufino (Aguiar), Bira, Lucas Matheus e Fernando Henrique; Marcelo Pinheiro, Ruan, Gustavo e Douglas; Lauro César e Jairo.
Nos próximos dias — e tem muito tempo pra isso… –, o Canhota 10 segue com a série Inferno Alvirrubro, refletindo sobre a desgraceira noroestina. Ver o Noroeste nessa situação seria inacreditável, não fôssemos testemunhas dessa tragédia anunciada.
Abaixo, alguns cliques.