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Noroeste perde para Catanduvense. E o laboratório?

Termo controverso é tema da coluna da semana

Termo controverso é tema da coluna da semana. Texto publicado na edição de 8 de agosto de 2011 do jornal Bom Dia Bauru

O controverso laboratório

As últimas participações do Noroeste na Copa Paulista foram marcadas pela palavra laboratório. Com o segundo semestre de orçamento reduzido, a solução sempre foi contratar jogadores de pouca expressão com a missão de mostrar serviçoe cavar uma vaga no Paulista, no ano seguinte. E nunca deu certo.

O laboratório comprometeu os resultados na competição. Desde o título de 2005, só fiascos: caiu na primeira fase em 2007 e 2009 e na segunda em 2008 e 2010 – não disputou em 2006. Também não surtiu efeito como formador de elenco. Do inesquecível elenco de 2006, apenas oito eram campeões da Copinha no ano anterior – e só dois titulares absolutos, Bonfim e Luciano Bebê. Nesta temporada, curiosamente, cinco bons remanescentes: Yuri, Giovanni (o único que não rendeu tanto na A-1, mas de sabido talento), França, Gustavo Henrique e Diego Oliveira. De qualquer forma, o time caiu. Então, não deu certo. Talvez algum deles rendagrana ao clube, sobretudo o atacante Diego. Mas, por enquanto, estamos no talvez.

Onde quero chegar com esse raciocínio? Sem essa de laboratório. Tem de jogar a Copa Paulista para ganhar. O garimpo é natural, independemente de vitória ou derrota. Mesmo em 2011, com a inédita preocupação de dar espaço a vários garotos da base, o foco tem de ser a taça. Até porque o discurso da diretoria e do treinador Jorge Saran, até o momento, é de que este é o time que irá disputar a próxima Série A-2, reforçado por uma meia dúzia de jogadores. Então, moçada, se é o que temos, trabalhem muito, comam grama, acertem-se nos trilhos. Noroeste coadjuvante de Copinha, tomando sufoco de Inter de Bebedouro, temendo Penapolense… Não dá mais!

Meninos em Catanduva
Se jogador rodado oscila boas e más atuações, imagine um garoto. Felipe Barreto, bem contra a Santacruzense, foi mal no último sábado, na derrota para o Catanduvense. Mariano também passou batido e Dwann entrou na fogueira. Por isso, é preciso cautela: pedir quase o sub-20 todo como titulares e achar que o Norusca vai arrebentar, não é assim que funciona. Mesmo que a pressão sobre os meninos seja menor, paciência de alvirrubro tem pavio curto.

Para não perder o hábito de arquivar as fichas das partidas do Norusca!

Papo de basquete
Bacana o reencontro da torcida com o Itabom/Bauru, apesar de os guerreiros terem vencido na estreia com o freio de mão puxado. Quem estava sorrindo à toa era o sêo Paulo, pai do ala Gaúcho, que voltou para casa. Concorda que o filho evoluiu nesse período fora da Sem Limites e cravou: “Ele está pronto”.

Angústia
Fico apavorado de pensar como será a Copa do Mundo de 2014 com nossos precários aeroportos. Em viagem recente ao Rio de Janeiro, no exato dia do sorteio para as Eliminatórias, flagrei como está saturado o estacionamento do aeroporto do Galeão (foto) – e olha que o Santos Dumont só seria fechado à tarde, por causa do evento. Carros parados em todos os canteiros! Na garagem coberta, tudo igual: a turma fazia baliza sobre a guia, entre um pilar e outro. Voltei na segunda – uma segunda qualquer, feriado só em Bauru – e tomei aquele chá de cadeira: voo cancelado e quatro horas de espera até o próximo. Brasil-sil-sil!

Flagrante: o saturado estacionamento do aeroporto do Galeão. Foto de Fernando BH

As duas notas abaixo não foram publicadas na edição impressa por questão de espaço (a foto do Galeão). Ainda bem que o digital não tem limite!

Homem de fé
O meia Altair, há duas partidas fora, acredita em seu retorno na próxima quarta, contra o Oeste. Contou à coluna, ao final da missa, estar recuperado de contusão na coxa esquerda.

Vai começar
Expectativa para o próximo dia 11, quando serão abertos os envelopes da licitação da reforma do ginásio Panela de Pressão. Tomara que a empresa vencedora seja correta e faça bom serviço dentro do prazo. Imagine o Bauru/Basket jogando as finais do Paulista em sua velha casa!

Foto na home de Thiago Navarro/ECN

Por Fernando Beagá

Mineiro de Ituiutaba, bauruense de coração. Jornalista e mestre em Comunicação pela Unesp, atuou por 16 anos na Editora Alto Astral, onde foi editor-chefe e responsável pela implantação e edição das revistas esportivas. É produtor de conteúdo freelancer pelo coletivo Estúdio Teca. Resenhou 49 partidas da Copa do Mundo de 2018 para Placar/Veja. Criou o CANHOTA 10 em 2010, a princípio para cobrir o esporte local (ganhador do prêmio Top Blog 2013), e agora lança olhar sobre o futebol nacional e internacional.

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