Por João Francisco Tidei de Lima
PAÍS CONGESTIONADO
Não há como ignorar — e silenciar — diante do país congestionado por caminhões, ônibus, carros e motos, nas ruas e nas estradas. Realidade que vem de décadas, mais aceleradamente a partir de 1995/96 , etc, o país administrado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, comandando privatização desastrada das ferrovias, o PSDB também governando o Estado.
A partir da eleição presidencial de 2002, o PT elege Luís Inácio, o Lula. Mas, quem toma posse é o Lulinha Paz e Amor, em vez do Lula comprometido com programa de reformas, entre elas a recuperação e extensão das ferrovias, principal meio de transporte de carga e de passageiros dos países civilizados na América do Norte, Europa e Ásia.
Da geração dos torcedores da velha guarda, mais de meio século atrás cansamos de acompanhar o E.C. Noroeste pelos trens rápidos da saudosa Companhia Paulista ou pelos trens fretados da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil.
Hoje, com tristeza e indignação, vemos este subcontinente, com míseros 10.000km de ferrovias, projetos interrompidos desde a década de 1990, sob olhares indiferentes dos agentes políticos de todos os Estados e do Poder Central, filiados a quase todos os partidos, PT, PSDB, PMDB, PPS, PSB, PR, PTB, etc.
(Na foto acima, dos anos 1950: torcedores fretavam trens para acompanhar o Noroeste)
ANIVERSÁRIO COM LÁGRIMAS
Neste início de abril, a torcida do Guarani de Campinas deveria festejar os 104 anos do clube. Mas, a notícia do leilão do seu estádio — o Brinco de Ouro — caiu como uma bomba, estilhaços e lágrimas por todo lado. Conjuntura de descompasso absoluto com aqueles tempos gloriosos, a culminância o título brasileiro de 1978, em cima do Palmeiras de Leão & Cia.
O timaço da foto, o maior da história do Guarani: em pé, a partir da esquerda, Zé Carlos, Gomes, Edson, Mauro, Neneca e Miranda; agachados, Capitão, Renato, Careca, Zenon e Bozó.
João Francisco Tidei de Lima é historiador e professor universitário aposentado — passou pelos campi da Unesp de Assis e Bauru e pela USC. Possui especialização no Institut Européen des Hautes Études Internationales, da Universidade de Nice, na França. Organizou o arquivo do Museu Ferroviário de Bauru. Com experiência como radialista, é autor do livro ‘Alô, Alô, ouvintes: uma história do rádio em Bauru’.