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Coluna da semana: tchau, Norusca; até breve, Itabom?

A despedida do Noroeste na Série A-2 e a saída da Itabom no basquete são o tema do texto publicado na edição de 30 de abril de 2012 no jornal BOM DIA Bauru. Esqueci de colocar a errata das contas mal feitas na conta anterior… Enfim, o assunto Itabom merece mais aprofundamento, mas é feriado e ninguém é de ferro.

As lições da temporada

O ano de 2012 ainda não acabou, mas a temporada do Noroeste, pelo menos em relação a prioridade, já acabou.

Como era esperado, o Norusca não conseguiu vencer o São Bernardo no ABCD. Se dependesse dessa vitória para subir, já era. Mas despediu-se antes do sonho. Sobre a continuidade da comissão técnica, vale questionar, imaginar cenário melhor, mas não dá para chamar de incoerente. Pensar em continuidade, planejamento, vislumbrar um futuro melhor é louvável. O que não impede concluir que Amauri Knevitz poderia ter despertado um espírito mais vencedor no elenco. O discurso sempre foi conformista – e particularmente não me conformo com a escalação do time reserva na última rodada da primeira fase.
Para não voltar o velho papo do “laboratório”, que fique bem claro: a Copa Paulista precisa ser jogada por quem estiver em Bauru. Como sempre, servirá para a molecada correr, mostrar serviço, assim como aqueles que não encontrarem posição em uma das divisões do Brasileiro – ao contrário do volante França, negociando com o Coritiba. O que tem que ser diferente dos anos anteriores é não fazer contratações para essa competição. Se faltar gente para completar o elenco, que se recorra ao sub-20, ao sub-17…
Se desde 2005 não se disputa a Copinha pensando em título, que não seja em 2012. Se após os insucessos contra o Penapolense falaram em imitar o adversário, que assim seja. Montar um base. Luciano Gigante e Fio formam a dupla de ataque em Penápolis há um século. Se vai dar certo na elite, é outra história. Mas funcionou na caminhada até esse momento histórico.
Balanço 
Realmente foi uma boa campanha, a do Noroeste, ao pensar que a preparação começou atrasada. Entretanto, a partir do momento em que o acesso tornou-se uma realidade, que o nível técnico dos adversários não era nada assustador, vale sim pensar que poderia ter sido diferente. A torcida fez sua parte, viajou atrás do time, encheu o Alfredão. A estreia na segunda fase com vitória sugeria bom aproveitamento em casa, mas foi só aquela… Enfim, leite derramado, lições aprendidas, 2013 tem mais.
Pontos positivos 
É possível citar muitos nomes que foram bem na campanha noroestina na Série A-2. O goleiro Nicolas é de time grande. Marcelinho só precisa tirar a dúvida se só joga com a camisa alvirrubra – pois foi mal no Santo André na Série B. Everton Garroni fez falta na reta final.
França foi o pulmão da equipe, enquanto Juninho se destacou apenas pelo chute perigoso. Velicka, que tanto se acreditava fazer a diferença na armação das jogadas, só jogou bem naqueles 5 a 3 sobre o Red Bull. Leandro Oliveira, apesar da fama de pipoqueiro na reta final, mostrou qualidade na finalização. Romarinho é um diamante bruto, que ainda precisa de mais lapidação.
Papo de basquete 
A notícia da saída da Itabom para a próxima temporada do Bauru Basket não chega a ser surpreendente, mas é de se lamentar. Ninguém, entretanto, pode questionar o quanto o frigorífico de Itapuí ajudou o basquete bauruense. Termina um ciclo vitorioso, que gerou histórias maravilhosas. Quem viu de perto a rebodunk (o rebote seguido de enterrada) de Larry Taylor sobre Franca, ou  a cesta por trás da tabela há poucos dias, ou o crescimento do menino Gui, a mão certeira de Fischer, inúmeras partidas emocionantes, vitórias heroicas…
Todos esses momentos patrocinados pela Itabom, que pode pegar uma cota menor, retornar lá na frente quando o mercado melhorar ou, até mesmo, salvar a pátria se nenhum patrocinador master aparecer – mas essa é uma crença particular, prefiro mesmo que outros investidores se tornem guerreiros. O retorno é garantido, o garra e o carisma do time agregam muito à imagem de qualquer segmento.

Por Fernando Beagá

Mineiro de Ituiutaba, bauruense de coração. Jornalista e mestre em Comunicação pela Unesp, atuou por 16 anos na Editora Alto Astral, onde foi editor-chefe e responsável pela implantação e edição das revistas esportivas. É produtor de conteúdo freelancer pelo coletivo Estúdio Teca. Resenhou 49 partidas da Copa do Mundo de 2018 para Placar/Veja. Criou o CANHOTA 10 em 2010, a princípio para cobrir o esporte local (ganhador do prêmio Top Blog 2013), e agora lança olhar sobre o futebol nacional e internacional.

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