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Coluna da semana: bom começo noroestino

Com atraso, mas em tempo, reproduzo aqui o texto publicado na edição de 9 de abril de 2012 no jornal BOM DIA Bauru, que fala da ótima vitória do Noroeste na abertura da fase decisiva da Série A-2 – hoje tem jogo contra o Red Bull. Falo ainda do momento do Bauru Basket antes da magnífica vitória sobre Brasília.

Vitória fundamental

Futebol é simplicidade, não tem o que inventar. Por isso o título acima, essa verdade absoluta: para retornar à elite paulista, estrear vencendo em casa na fase final da Série A-2 era fundamental para o Noroeste. Afinal, os dois próximos confrontos serão fora de casa. Era imprescindível (permita-me o clichê) fazer o dever de casa. E o Norusca fez. No sufoco, na raça, mas quem disse que vai ter jogo fácil? Mais uma vez, o acesso virá com sangue (rubro!) nos olhos, determinação em cada dividida, dando chutão sem ter vergonha.

Na agradável noite de sábado, tudo conspirava a favor. Mais uma vez fardado como deve ser (seja rubro, Norusca! – a campanha deu certo!) e com bom público (quase três mil pagantes) apoiando. Mas o São Bernardo jogou solto no primeiro tempo, merecia ir para o intervalo com a vitória. As vaias e a conversa no vestiário devem ter acordado o time. No segundo tempo, a atitude e a entrega em campo é que garantiram o triunfo. Porque os sustos continuaram, Nicolas (goleiraço!) salvou pelo menos dois gols certos deles, mas o Noroeste, finalmente, assustou os aurinegros do ABCD, com chutes de fora da área. Se não funcionou na articulação, que seja na bola aérea, que encontrou Thiago Junio (assim mesmo, sem o R) na pequena área completar de canela. Numa hora dessas, gol de canela é golaço.

Líder
Com o empate entre Penapolense e Red Bull, na outra partida do grupo, o Noroeste se isola na liderança. Contra esses dois times é que o Norusca vai decidir sua vida nos próximos quatro jogos, os dois primeiros fora de casa – dois empates já seriam bem-vindos – e depois decidir a vida no Alfredão, para não precisar do resultado no dificílimo confrontro contra o São Bernardo, lá na terra do Lula.

Invasão noroestina
Concordo com o Rafael Antônio, do Jornada Esportiva: é precisa pintar de vermelho o estádio Moisés Lucarelli, em Campinas, nessa quarta. Um ônibus já está confirmado, no valor de R$ 5 e cada um arca com seu ingresso – faltam poucos lugares. Interessados devem procurar o Pavanello no telefone 3011-1936. Por ser quarta, a disponibilidade da galera é menor, mas noroestinos quem moram em Campinas e região ou mesmo na capital deverão reforçar a torcida. Para domingo, em Penápolis, a expectativa é de três ônibus partindo de Bauru.

Lamentável
A galera alvirrubra está em festa pelo rebaixamento do XV de Jaú para a quarta divisão paulista, é justo e essa é a graça do futebol. Mas não posso deixar de lamentar que esse vizinho e tradicional clube tenha chegado ao fundo do poço. Os noroestinos Pedro, Léo e Nathan participaram da campanha do Galo.

Papo de basquete
O Itabom/Bauru vive seu pior momento físico e técnico justamente no momento mais importante da temporada, a reta final do NBB. A derrota para a Liga Sorocabana na última sexta evidenciou o mau momento do time, que acumula lesões, desgaste físico e também (está saltando aos olhos) falta de entusiasmo em quadra. Mesmo sem Fischer, Pilar e Jeff, não seria normal (ou aceitável) perder para Minas jogando em casa. E os mineiros quase saíram de Bauru com a vitória. Se não vencerem Brasília amanhã, na Panela, os guerreiros terminam a primeira fase no sétimo lugar e encaram ninguém menos do que Franca, de cara, nas oitavas… Vencendo, o adversário será a Liga Sorocabana.
[Atualizado: o time reagiu na hora certa e vai para os playoffs com moral após bater Brasília em seu último compromisso na fase de classificação. Por outro lado, o que era iminente explodiu: Douglas Nunes destoando do grupo em relação a comprometimento, segundo Guerrinha.] 

Bom Mosso
Ele saiu do banco para decidir a partida de ontem [domingo]. Fez sete pontos decisivos no último período, inclusive os quatro últimos. O pivô Mosso, que passou boa parte da temporada quieto na reserva, chegou a não viajar em alguns jogos, mas nunca desistiu. O técnico Guerrinha relatou que o camisa 25 emocionou o grupo recentemente quando pediu a palavra e disse a todos para aproveitarem a oportunidade de defender Bauru, que oferece boa estrutura. Aos 30 anos, ele já dormiu no chão e comeu muito pão amassado Brasil afora. Disse que limpa a quadra se for preciso e que está à disposição mesmo que seja para jogar só um minuto. É desse espírito que o Bauru Basket precisa nessa reta final.

Por Fernando Beagá

Mineiro de Ituiutaba, bauruense de coração. Jornalista e mestre em Comunicação pela Unesp, atuou por 16 anos na Editora Alto Astral, onde foi editor-chefe e responsável pela implantação e edição das revistas esportivas. É produtor de conteúdo freelancer pelo coletivo Estúdio Teca. Resenhou 49 partidas da Copa do Mundo de 2018 para Placar/Veja. Criou o CANHOTA 10 em 2010, a princípio para cobrir o esporte local (ganhador do prêmio Top Blog 2013), e agora lança olhar sobre o futebol nacional e internacional.

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