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Coluna da semana: análise tática do Noroeste

Ao contrário do que se imaginava, time evoluiu ofensivamente do 4-4-2 para o 3-5-2

Ao contrário do que se imaginava, time evoluiu ofensivamente do 4-4-2 para o 3-5-2

MELHOROU

 Texto publicado na edição de 25 de julho de 2011 no jornal Bom Dia Bauru

Ainda não foi um show de eficiência, mas, depois de muito tempo, pode-se dizer que o Noroeste fez uma boa partida no Alfredão. A vitória por 2 a 0 sobre o Linense no último sábado, a primeira nesta Copa Paulista, pode ensinar muito à equipe: repetir as virtudes, como o volume ofensivo, e evitar erros – o preciosismo ao concluir em gol é irritante.

Quando o último treino coletivo antes do jogo indicou que o Norusca atuaria com três zagueiros, a reação geral foi a de que o time iria a campo cauteloso, com medo de mergulhar numa crise se perdesse para o Linense, um visitante normalmente indigesto. O técnico Jorge Saran, entretanto, avisou na véspera: daria liberdade total aos laterais (ou alas, como preferir), sem deixar a defesa vulnerável a contra-ataques. A primeira parte foi cumprida com louvor, pois Betinho e Gustavo apoiaram bastante. Já os contra-ataques… Mesmo muito fraco, o Linense chegou duas vezes com muito perigo. É que, além dos alas (ou laterais, como preferir…), Juninho também atuou avançado, como meia, deixando França sobrecarregado na marcação do meio-campo.

Juninho, aliás, é o grande destaque desse início de Copinha. Volante de origem, adaptou-se à função de aproximar-se dos atacantes e foi premiado com o belo gol que abriu o placar, sábado. Rápido, desdobra-se para recompor a marcação, mas a verdade é que o Noroeste jogou com um triângulo no meio, às antigas, com Juninho na meia-direita e Altair na meia-esquerda. Do empate contra a Inter de Bebedouro para esta última partida, o Alvirrubro evoluiu. Que siga nessa toada.

Análise tática


Formação na partida contra a Inter, a partir dos 22 minutos do primeiro tempo, quando Tiago Ulisses entrou no lugar do contundido Renam: apesar do quadrado no meio, o time ficou sem força na direita, pois Betinho apoiava pouco, deixando um buraco naquele setor – Juninho sem opção para tabelar e Anderson Cavalo parado na área. Do outro lado, o eficiente Gustavo desceu muito e contou com a aproximação de Altair e Adilson.


Desenho tático na vitória sobre o Linense: os dois lados fortes. Anderson saiu mais, caindo bastante pela direita. Ele e Adilson alternavam – quando um abria, o outro ficava na área. O primeiro gol foi um ótimo exemplo da eficiência do esquema, quando Altair, da esquerda, lançou para Cavalo do outro lado. Betinho se aproximou, recebeu a bola e tocou para Juninho concluir.

Engatinhando
O título de capitalização ‘É Goool!’ ainda não emplacou para o Noroeste. Entre os 14 clubes paulistas participantes, ocupava a 11ª posição até ontem. O site do jogo, que repassa ao clube 50% do valor de cada título (que custa R$ 6) vendido, informava que o Alvirrubro havia arrecadado R$ 675. O São Paulo, líder, já faturou R$ 404 mil. O melhor do Interior é o Guarani, com apenas R$ 3,6 mil.

Foto na homepage de Juliana Lobato/Agência Bom Dia

Por Fernando Beagá

Mineiro de Ituiutaba, bauruense de coração. Jornalista e mestre em Comunicação pela Unesp, atuou por 16 anos na Editora Alto Astral, onde foi editor-chefe e responsável pela implantação e edição das revistas esportivas. É produtor de conteúdo freelancer pelo coletivo Estúdio Teca. Resenhou 49 partidas da Copa do Mundo de 2018 para Placar/Veja. Criou o CANHOTA 10 em 2010, a princípio para cobrir o esporte local (ganhador do prêmio Top Blog 2013), e agora lança olhar sobre o futebol nacional e internacional.

Uma resposta em “Coluna da semana: análise tática do Noroeste”

Apesar de ainda apresentar muitas falhas, o Norusca jogou melhor nesta formação. Vejo a entrada do Marcelinha como fator positivo, pois melhorou a saída de bola e, deu mais consistência à defesa, havendo sobra quando o time avançava a marcação e saia os contra ataques adversários. Precisa treinar mais. O ponto dificil ainda é o meio de campo, tendo o Juninho como segundo volante e atuando como meia. Bem disse o BH, sobrecarrega o primeiro volante e deixa o time vulnerável..!! É preciso dois meias de ofício, um esquerdo e um direito, que armem as jogadas e municiem o ataque com bastante agilidade e rapidez, fazendo a aproximação na área, para arremate. E precisa CHUTAR para o Gol… E certo..!! Nunca vi perder tanto gol, e não definir a jogada; alguém tem que enfiar o bico na bola, e colocá-la na rede..!! E o Adilsom é fraquinho hem..!! Talvez seja hora de o Saran escalar o Vitor Hugo para sair jogando. Um ataque formado com um Cavalo e Ligeirinho, com bons arremates, talvez seja a solução para a bola entrar na rede adversária. Vamos todos para Santa Cruz do Rio Pardo ver o próximo jogo.!!! Força Norusca.

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