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Coluna da semana: Noroeste não pode mais errar

Nem tudo está perdido, mas o Norusca não tem mais o direito de errar… Confira o texto publicado na edição de 16 de abril de 2012 no jornal BOM DIA Bauru, que também fala do bom início do Itabom/Bauru nas oitavas do NBB4.

Terra arrasada?

Não, ainda não. O termo é o treinador do Noroeste, Amauri Knevitz, ao raciocinar que “quando ganha, nem tudo está certo, quando perde, nem tudo está errado, não é terra arrasada”. O problema é que, depois da derrota de ontem, o Noroeste não pode errar mais. A goleada sofrida em Penápolis surpreendeu o mais pessimista dos alvirrubros. Mas há tempo de corrigir esse trajeto.

Vice-líder, o Norusca ainda depende só de si. Se vencer Penapolense e Red Bull, os dois próximos jogos no Alfredão, fica perto da vaga. Mas é bom não comemorar dez pontos como o número do acesso. A nota de corte segura para a classificação para a Série A-1 é de 11 pontos. Quem chegar a essa pontuação não será alcançado pelo terceiro colocado. Já com dez, o passaporte para a elite pode ser decidido no saldo de gols — e é aí que a derrota de ontem ganha um peso desastroso no sonho noroestino.

Então, duas vitórias em casa e um empate com o São Bernardo, na última rodada: essa é a conta segura. Mas será preciso correr dobrado para alcançá-la. Um vacilo jogando em Bauru e adeus Paulistão.

Caminho mais fácil
Entre as combinações de resultados que recolocam o Noroeste na elite, essa é a melhor: se vencer os dois jogos no Alfredo de Castilho e o Penapolense ganhar do São Bernardo, em Penápolis, na penúltima rodada, os dois chegam a dez pontos e não podem mais ser alcançados. Essa é minha aposta – ou esperança…

Dúvida
Afinal de contas, é “o” Penapolense ou “a” Penapolense? Partindo do princípio que é o Clube Atlético Penapolense, é no masculino. Mas a Sociedade Esportiva Palmeiras é “o” Palmeiras… A maioria da crônica bauruense fala “a”, a imprensa de Penápolis diz “o”. Enfim, isso não vai mudar o preço do dólar, até porque o próprio site oficial do time não se decide – usa os dois gêneros em textos distintos – e também porque os torcedores preferem chamar de CAP ou Pantera.

Camisa 9
Se Zé Carlos foi decisivo em 2010, o Noroeste sofre este ano na posição de centroavante. Boka, Roberto, Diego… Ninguém se firmou. Mas daí colocar Nena de titular, só porque fez o gol salvador na rodada anterior? É notório que se trata de um atacante limitado. Tomara que volte a queimar a língua de todos. Se uma façanha dessa acontecer, que construam dois bustos na Vila Pacífico: para o artilheiro improvável e para o treinador que insistiu nele! Mas prefiro que Knevitz escale dois velocistas no ataque e deixe a opção de um trombador para o segundo tempo, se necessário.

Papo de basquete
Tudo leva a crer que o Itabom/Bauru fecha a série contra a Liga Sorocabana na próxima sexta-feira, em 3 a 0, depois abrir esse confronto das oitavas do NBB vencendo fora de casa. Após semanas de contusões, longas viagens, e desgaste (físico e emocional), o time volta aos trilho na hora certa. Se Larry Taylor e Jeff Agba estão jogando no limite de suas forças, Fischer e Pilar voltam inteiros e logo estarão no ritmo dos colegas. A ótima notícia é a boa fase de Gaúcho, o que melhora o revezamento na ala. Sem contar o trio de “moleques maduros”: Gui, Luquinha e Andrezão são a maior prova do potencial do projeto Bauru Basket. Os elogios da imprensa especializada a eles se multiplicam.

Premiado
Anote aí: Gui vai concorrer a pelo menos dois prêmios ao final da temporada: melhor jogador jovem e atleta que mais se desenvolveu – troféu que Andrezão também merece disputar.

Necessário
A relação Douglas Nunes/Bauru, hoje, não é das melhores. Marrento, quando ele está invocado em quadra, os pontos se multiplicam. Introspectivo, quando não protagoniza jogadas, murcha… No último sábado, jogou apenas 19 minutos e anotou apenas três pontos. É preciso uma conversa franca entre as partes para extrair o melhor desse jogador nessa reta final do NBB.

Por Fernando Beagá

Mineiro de Ituiutaba, bauruense de coração. Jornalista e mestre em Comunicação pela Unesp, atuou por 16 anos na Editora Alto Astral, onde foi editor-chefe e responsável pela implantação e edição das revistas esportivas. É produtor de conteúdo freelancer pelo coletivo Estúdio Teca. Resenhou 49 partidas da Copa do Mundo de 2018 para Placar/Veja. Criou o CANHOTA 10 em 2010, a princípio para cobrir o esporte local (ganhador do prêmio Top Blog 2013), e agora lança olhar sobre o futebol nacional e internacional.

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