Neste sábado, não cobri o jogo entre Paschoalotto Bauru e Paulistano, pois iria participar de uma prova de 5km e não daria tempo de contemplar os dois eventos. Mas pedi a gentileza ao colega jornalista Marcelo Ricciardi, parceiro de muitas publicações esportivas e dono de um texto que admiro muito, para escrever uma crônica sobre a partida. Boa leitura!
SÓ NA LEMBRANÇA
Time que se viu em quadra nem de longe lembrou o campeão paulista
Por Marcelo Ricciardi
Embora tenha sido um minichavão da rodada, não dá pra falar de Bauru Basket e Paulistano sem citar o último encontro de ambos, ainda em 2013. Um marco nessa nova fase do basquete daqui, que, após um ressurgimento na base de muita força de vontade e investimentos modestos, enfim parecia superar suas próprias limitações técnicas e financeiras para dar início a uma nova fase, agora com títulos.
Se enfrentar o clube da capital trazia toda uma atmosfera positiva, assim parecia seguir tão logo teve início a nova partida pelo NBB. Jogando de uma forma empolgantemente franca, as duas equipes tiveram um primeiro quarto intenso, em que cada ataque era prontamente respondido pelo adversário, com poucos rebotes e interrupções. Nesse chumbo trocado, Bauru parecia levar fácil vantagem até, num piscar de olhos, o rival encostar e virar. Vantagem do vice-campeão paulista no primeiro quarto (20 a 16), margem que se manteve ao final do período seguinte (39 a 35).
Veio a segunda metade do jogo e o time de Larry parecia ter resgatado tudo aquilo que lhe garantiu a volta olímpica, há cerca de dois meses apenas. Se não estava lotada como se viu naquela decisão, a Panela de Pressão vibrou como antes numa sequência impressionante dos anfitriões. Então, fantasmas antigos parecem ter ressurgido em quadra (jogadas de pouca movimentação e seguidos arremessos precipitados de três pontos) e, outra vez, a dianteira se evaporou no ar – justiça seja feita, muito graças ao arisco Dawkins, que passou a arrebentar nos arremates de fora do garrafão. Mesmo assim, o 67 a 64 era totalmente reversível no quarto decisivo.
Era até estourar o entrevero envolvendo reclamações bauruenses com os critérios da arbitragem, uma catimbeira comissão técnica do Paulistano no meio e a torcida altamente inflamada berrando alto. Os atletas de Guerrinha dispersaram de vez naquele momento. Na teoria, encerrou-se também o próprio jogo, visto o bisonho festival de bolas perdidas que os anfitriões protagonizaram a partir dali. Assim, nem chega a surpreender a parcial de 23 a 13 só no último quarto.
Números
Murilo Becker: 20 pontos
Larry Taylor: 19 pontos, 7 assistências, 4 rebotes
Josimar Ayarza: 17 pontos
Fabian Barrios: 11 pontos, 8 rebotes
Fala, Guerrinha
“Fizemos uma partida com muita intensidade e tivemos bons momentos no jogo. Poderíamos ter conquistado essa vitória se não fosse por um critério mal utilizado pela arbitragem. O Paulistano bateu 16 lances livres a mais que nós na partida, sendo a maioria no último quarto. Fica difícil nós batermos 8 lances livres no último quarto enquanto eles batem 20. Isso é claramente diferença de critério”, comentou o treinador, via assessoria de comunicação.
Foto: Sergio Domingues/HDR Photo/Bauru Basket