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Derrota para o Palmeiras evidencia o desgaste do Paschoalotto Bauru

Quinteto titular do desfalcado Dragão sucumbiu ao Palmeiras pelo cansaço. Confira a opinião do CANHOTA 10

(Estive offline este fim de semana, mas ainda asism vale o registro da derrota do último sábado, sobretudo refletir sobre ela. Vamos lá)

A derrota para o Palmeiras na abertura do returno do Campeonato Paulista (76 a 75) tem vários pontos de vista — um deles a vantagem física dentro do garrafão, com Toyloy e Átila dos Santos versus Mathias —, mas todos são unânimes sobre o time bauruense estar cansado. Afinal, tem revezado sete jogadores e o quinteto titular ficado muito tempo em quadra.

O próprio técnico interino Hudson Previdelo reconheceu, em sua entrevista pós-jogo: “(…) sofremos com o desgaste. Com os desfalques, nossos jogadores têm ficado muito tempo na quadra, viemos de uma partida intensa na quinta-feira e não conseguimos o resultado positivo aqui em Bauru”, ponderou, via assessoria.

E podemos ficar com esse quesito. Discutir se o jogo do Dragão “encaixa” ou não contra os palmeirenses não vale aqui porque havia desfalques dos dois lados e a última vez que a pauta encaixe assombrou Bauru, os guerreiros foram lá e varreram o Paulistano na final estadual.

Acho que o Paschoalotto Bauru está no lucro até aqui. Esperava mais derrotas, pelo fato de o elenco estar reduzido, mas principalmente pela ausência de Murilo, que faz muita falta. Vitórias fora de casa contra Mogi e Franca, entretanto, mostram a força de elenco e projetam um playoff dominante, quando todas as feras estiverem reunidas.

Ainda sobre o desgaste, discordo de que a sequência de jogos do Paulista está pesada. As partidas são quinta e sábado, a exemplo da Liga Nacional. Pode-se discutir a fórmula da competição, mas não as datas de partidas. Penso que está melhor assim: campeonato mais curto, disputa enxuta, o que foi comemorado pelos clubes, exatamente para não atrapalhar o NBB. É preciso admitir que o estadual tem importância menor e que três meses é tempo mais do que suficiente no calendário. O time campeão terá no mínimo 19 e no máximo 25 partidas, contra as 34 que Bauru jogou em 2013 (que poderiam ter sido 38). Convenhamos, 38 partidas para ser campeão paulista é demais…

Em resumo, penso que o desgaste bauruense se deve às poucas opções de banco, não ao calendário. O Dragão está pagando o preço de ter um elenco de altíssimo nível e, por isso, ter três desfalques que estão no Mundial. Risco calculado, a vaga virá e nos playoffs a conversa será outra.

 

Foto: Henrique Costa/Bauru Basket

Por Fernando Beagá

Mineiro de Ituiutaba, bauruense de coração. Jornalista e mestre em Comunicação pela Unesp, atuou por 16 anos na Editora Alto Astral, onde foi editor-chefe e responsável pela implantação e edição das revistas esportivas. É produtor de conteúdo freelancer pelo coletivo Estúdio Teca. Resenhou 49 partidas da Copa do Mundo de 2018 para Placar/Veja. Criou o CANHOTA 10 em 2010, a princípio para cobrir o esporte local (ganhador do prêmio Top Blog 2013), e agora lança olhar sobre o futebol nacional e internacional.

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