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Outro vacilo no fim tira vitória do Bauru Basket

Limeira, desfalcado, se supera em quadra em leva a melhor em confronto na Luso

Limeira, desfalcado, se supera em quadra e leva a melhor em confronto na Luso

Larry teve muito trabalho e pegou apenas um rebote. Foto de Sérgio Domingues/HDR Photo/NBB

A exemplo do que ocorreu contra Araraquara, no último dia 16, o Itabom/Bauru perdeu um jogo que parecia ganho – se é que esse tipo de expressão pode ser usado no imprevisível basquete, em que tudo muda a cada segundo.

O time bauruense foi superado por Limeira, campeão paulista, por 97 a 94, após fechar o primeiro tempo com 13 pontos na frente. A reação dos visitantes, com poucas opções de revezamento, concretizou-se a partir dos últimos cinco minutos de partida. “Jogamos com garra, com pegada e demos a virada na hora certa. Eu disse que tínhamos que jogar como no Paulista. É um elenco que se supera e mostra toda sua satisfação de jogar basquete”, disse o técnico Demétrius ao microfone de Thiago Navarro, do Jornada Esportiva. Sofrendo com contusões no elenco, por causa do desgaste da recente maratona de jogos, o treinador de Limeira sugeriu mudanças para 2011. “Os clubes paulistas precisam sentar e rever esse calendário. Os paulistas não têm feito grande campanha no NBB…”, concluiu, sobre a simultaneidade dos torneios nacional e estadual.

Pelo lado bauruense, o ala Fischer falou pelo time: “Não poderíamos deixar escapar. Foi uma derrota triste. Vacilamos no segundo tempo, não contávamos com essa derrota em casa”, lamentou.

Guerrinha, como sempre, foi mais duro – sempre ao microfone do Jornada. “Falei para os jogadores no vestiário: quem deu toco no Tatu? Quem fez falta na hora errada? Hora que peço falta, não fazem… Como você quer ganhar o jogo tomando 35 pontos no último quarto dentro de casa? É um jogo que vai fazer muita falta, é um confronto direto”.

Nesses momentos, Guerrinha sempre relembra a imaturidade do time. “Quantos anos tem o Douglas? 23. Que maturidade que ele tem? Ele estava bravinho porque o Larry não passou a bola num ataque. Mas tem que ficar puto é com quem falhou na defesa!”.

Guerrinha ainda foi questionado sobre a mudança do jogo contra o Paulistano para Assis (dia 11/2, às 16h), em acordo logístico entre clubes, Liga e TV. Mas isso é assunto para outro texto.

Por Fernando Beagá

Mineiro de Ituiutaba, bauruense de coração. Jornalista e mestre em Comunicação pela Unesp, atuou por 16 anos na Editora Alto Astral, onde foi editor-chefe e responsável pela implantação e edição das revistas esportivas. É produtor de conteúdo freelancer pelo coletivo Estúdio Teca. Resenhou 49 partidas da Copa do Mundo de 2018 para Placar/Veja. Criou o CANHOTA 10 em 2010, a princípio para cobrir o esporte local (ganhador do prêmio Top Blog 2013), e agora lança olhar sobre o futebol nacional e internacional.

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O time bauruense realmente deixou mais uma vitória certa escapar entre os dedos. Com a contusão do Mineiro ainda no primeiro tempo e com o Daniel Alemão pendurado pelo lado de Limeira, o time da casa em vez de forçar o jogo de garrafão preferia tentar jogadas individuais, quase sempre perndendo a posse.
O Alex mais uma vez hesitou na hora de chutar de 3, principalmente nos dois últimos quartos. Ala que não chuta do perímetro fica complicado.
O Guerrinha, mesmo vendo o Limeira encostar no placar, demorou a pedir um tempo e esfriar o jogo.
Mas acredito que o fator primordial para a derrota do Itabom/Bauru foi a marcação imposta por Limeira no segundo tempo do jogo. Mesmo com o elenco reduzido, o time do Demétrius dobrava a marcação, quase sempre forçando o erro ou, ao menos, a perda de tempo com o cronômetro correndo.
Falta ao time bauruense a experiência para trabaçhar mais a bola. Quando tem que acelerar eles trabalham, mas quando tem que trabalhar como no jogo de ontem, quando viraram o tempo com 13 pontos de vantagem, aceleram e partem para jogadas individuais.

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