Para muitos, não foi surpresa a convocação do ala-armador Larry Taylor, do Paschoalotto Bauru, para a Seleção Brasileira que disputará o Mundial, na Espanha. Primeiro, porque o treinador Rúben Magnano já havia dado pistas nesta entrevista ao Uol, dizendo que já tinha seu naturalizado quando perguntado sobre Shamell. Depois, ao ficar fora da lista para o Sul-Americano, outra pista: o Alienígena deveria estar entre os que não precisavam de teste, como Alex Garcia (também do Dragão!), Giovannoni, Marquinhos, além dos da NBA. Por fim, em rápida passagem pela Cidade Sem Limites, para visitar a Seleção sub-18 (que acabou ficando fora do Mundial sub-19 em 2015…), o treinador praticamente cravou a convocação, ao dizer ao Jornal da Cidade que Larry é seu homem de confiança.
“Larry é meu homem de confiança. Gosto dele como pessoa e também como profissional. É um cara que eu gosto muito, um atleta que acredito que todo treinador queria ter”, disse Magnano ao JC. Conforme comentei há alguns dias, o camisa 4 de Bauru (e já cativo com a 7 verde-amarela) é xodó do treinador. Por merecimento: obediência tática e empatia do elenco.
Feito o registro, vamos ao que toca a Bauru: a convocação reforça a relevância do jogador para o elenco comandado por Guerrinha. E num momento providencial, antes que as desconfianças recaíssem sobre o ídolo. Com as chegadas de Alex Garcia e Robert Day, é certo que Larry perderá minutos. Até mesmo começar partidas do banco. Nada, entretanto, que abale sua importância. Será o responsável por dar descanso a Ricardo Fischer e também atuará na posição 2, quando igualmente Alex precisará respirar. E não está descartada uma formação de perímetro com Ricardo, Larry e Alex, já que o treinador bauruense tem uma bem-sucedida parceria na armação, das duas últimas temporadas, que certamente não será descartada das opções táticas.
A convocação vem em boa hora, ainda, para recolocar o Alienígena entre os grandes nomes do basquete brasileiro. Afinal, ele esteve ausente da última edição do Jogo das Estrelas. Fez falta ao evento por seu carisma e suas jogadas plásticas, mas realmente não havia feito um bom primeiro turno do NBB6.
Na Seleção, Larry terá a felicidade de enfrentar, mais uma vez, os Estados Undidos. Na primeira, atuou diante de Barack Obama. Agora, será ainda mais especial: a partida será em sua cidade natal, Chicago.
Assim, o dedicado gringo-brasuca vai escrevendo mais um capítulo de uma bela história no país que o acolheu. E voltará da Espanha com fome de bola para ajudar o Dragão a conquistar novas taças. E não vai jogar apenas com currículo. Ainda tem lenha pra queimar.
Em tempo: se o basquete brasileiro já tem pouco espaço na mídia esportiva, imagine na Copa! Mas ainda bem que o jornalista Luís Araújo trouxe aspas da coletiva de Magnano, que ajudam a entender a lista. Vale a leitura, aqui.