Dos mais óbvios aos mais subjetivos, é uma lista extensa. Claro que outra lista para justificar não trazer a taça para a Sem Limites também existe — a maior delas, a combinação Flamengo/Maracanazinho. Mas o Paschoalotto Bauru está pronto para brigar por mais um título histórico.
1. É o único time invicto da competição.
2. Tem a melhor defesa (excelente média de apenas 69,3 pontos sofridos por partida), o melhor aproveitamento em chutes para dois pontos (57,6%) e é o semifinalista que mais pegou rebotes (41 por jogo). Veja o quadro comparativo das quatro equipes.
#LDA 2015 | PTS + | PTS – | 3PT% | 2PT% | LL% | REB |
BAURU | 93,5 | 69,3 | 37,1% | 57,6% | 72,6% | 41 |
PEÑAROL | 79,3 | 71 | 29,8% | 55,1% | 60,6% | 35,1 |
FLAMENGO | 95,5 | 75,8 | 39,6% | 56,8% | 81,0% | 40 |
PIONEROS | 83 | 76,5 | 40,6% | 52,8% | 73,9% | 33,5 |
(PTS+ = pontos marcados; PTS- = pontos sofridos; 3PT% = aproveitamento em chutes para três; 2PT% = aproveitamento em chutes para dois; LL% = aproveitamento em lances livres; REB = rebotes; todos os números são médias por partida)
3. Ainda sobre o quadro acima, Bauru tem o melhor saldo de cestas (24,2 pontos por jogo, contra 19,7 do Flamengo, 8,3 do Peñarol e 6,5 do Pioneros).
4. Alex Garcia é um trunfo que só o Dragão tem. É o atleta que mais vezes atuou na competição, o maior assistente e foi campeão, com Brasília, em 2008. Não se impressiona com vaias e cobra muito todos os colegas. Isto é, se por acaso, numa eventual final contra o Flamengo, a pressão da torcida rubro-negra funcionar, o camisa 10 vai chamar o time do grito para uma reação.
5. O técnico Guerrinha sabe o que é calar um ginásio. Vale usar esse argumento na palestra pré-jogo ao time. O ouro no Pan-Americano de 1987 é lembrado até hoje, quase 30 anos depois — e será lembrado para sempre —, porque foi uma façanha vencer os norte-americanos como será uma senhora de uma façanha calar o Maracanazinho. Isso, claro, falando da suposta final entre os dois favoritos. Primeiro, é preciso Dragão e Urubu baterem Peñarol e Pioneros, respectivamente.
6. Para a semifinal, os números bauruenses são muito mais expressivos sobre os dos argentinos. Com a concentração e o esforço coletivo habituais, o Paschoalotto deve transformar teoria em prática e chegar à final.
7. O elenco, certamente, irá transformar a ausência de Jefferson em superação. E, convenhamos, ter Murilo, um MVP de NBB, como substituto, é luxo para poucos.
8. O time de guerreiros não estará sozinho! Dois ônibus, com as torcidas Fúria e Loucos da Central, vão para a Cidade Maravilhosa. Além de quem vai de carro, bauruenses que moram no Rio e — por que não? — antiflamenguistas e torcedores gringos dos outros dois times.
9. Além da experiência, da garra e da qualidade de Alex, há motivos de sobra para confiar no conjunto de talentos do time: a grande fase de Ricardo Fischer, os coelhos da cartola de Larry, o fôlego de Gui, a mira de Robert Day, a onipresença de Hettsheimeir, o sangue nos olhos de Murilo, os tocos de Mathias e a juventude de Wesley Sena, Carioca e Gabriel.
10. Por fim, a motivação de manter aproveitamento total de taças na temporada, para fazer história!
Dá pra acreditar, não dá?