Vitória apertada – e espetacular! – sobre Franca abre vantagem no playoff; Itabom Bauru pode fechar série hoje
Direto da Luso
(colaborou Oswaldo Thompson***)
Aqui valem todos os clichês: teste pra cardíaco, de tirar o fôlego, jogo de nervos e por aí vai. O que importa é que o Itabom/Bauru se impôs em casa (85 a 82), seu quinteto titular estava afinado e o time abriu vantagem (2 a 1) sobre Franca nos playoffs das quartas de final do Paulista de basquete.
Foram dois cochilos no placar, no final do segundo quarto e na abertura do último período. Na maior parte do tempo, porém, os guerreiros estavam ligados. Jeff foi soberado no garrafão, com nove rebotes (sete deles defensivos) e cinco tocos, além de anotar 18 pontos. Os pivôs estavam mesmo com a mão calibrada: Jeff acertou 70% de seus arremessos e foi perfeito nos lances livres; Douglas guardou três bolas de três (60% de suas tentativas), errou apenas um lance livre em sete, e fechou o jogo com 19 pontos.
Larry Taylor, claro, foi um caso à parte… Duplo-duplo (20 pontos, dez assistências), além de cinco rebotes. Mais que isso, comandou o time, dando significado pleno ao termo liderança técnica.
Fischer e Alex, 13 pontos cada, foram os guerreiros de sempre. Muito tempo em quadra, marcação incansável, bolas decisivas.
Com o quinteto jogando de forma tão intensa, claro que cansaram no fim. Valeu a superação. Entre os suplentes, importante destacar os oito minutos em quadra de Thyago Aleo – a maior parte dividindo a armação com Larry. Thyaguinho só repetiu uma vez sua já característica infiltração afoita. Mas deixou sua marca com dois pontinhos, dois rebotes, uma roubada de bola e boa articulação. Já Ricardo, muito discreto, e falhando na marcação sobre Márcio (cestinha do jogo, com 26 pontos), está cada vez mais distante do nível dos colegas.
Outro grande fator para a vitória bauruense, diga-se, foi a torcida. Só parou de cantar nos dois últimos lances livres de Bauru, tamanha a apreensão – e a necessidade daqueles dois pontos, convertidos. Àquela altura, o placar marcava 85 a 81. Falta em Helinho, a 2s do fim. Ele acertou um e forçou erro em outro para Franca ganhar o rebote e tentar milagroso chute de três. Mas o gigante Jeff Agba abraçou a bola e o alívio se misturou à adrenalina. Ufa!
Ao final de partida, cumprimentei um entusiasmado Luciano Dias, treinador do Noroeste, que disse ter curtido o clima do ginásio, a raça do time e garantiu presença na partida de hoje (8/12). Ainda dei pitaco no Jornada Esportiva – nada refeito da emoção do jogo, falei como torcedor, não como jornalista. Aliás, como é difícil ver um jogo de basquete sem se envolver, se emocionar… Por isso o bloco, a caneta – e mesmo o notebook – ficaram em casa. Ontem, eu fui só mais um furioso guerreiro.
E hoje tem mais! Já que falei de clichês no início do texto, que você me permita lembrar Galvão Bueno: haaaja coração, amigo!
*** Poucos têm o privilégio de assistir a uma partida de basquete ao lado de alguém que entende de basquete. Meu amigo Oswaldo Thompson, pivô nas horas vagas, traduz o jogo, prevê situações. Eu, claro, pergunto o tempo todo e melhoro meu repertório.
Foto na homepage: Renato de Faria/Franca Basquete
Uma resposta em “Falta um!”
#tamojunto!
É como você disse. O quinteto titular foi muito bem. Depois de uma partida fraca contra o Flamengo, Jeff voltou. Douglas foi ótimo no ataque. Larry como sempre, MONSTRO! E Fischer e Alex, bem marcados, ainda pontuaram bem.
A defesa que deixou um pouco a desejar, deixando Drudi fazer seus eficientes arremessos de média distância (o Jeff não pode dar espaço pro chute, até mesmo porque, ele também é lento, e não vai bater pra dentro), e quando marcamos zona, tomamos umas 3 ou 4 bandejas completamente livres. Isso não pode acontecer em marcação zona!
Mas o saldo foi positivo, aliás, bem positivo. E outra, o Helinho foi mal pacas!!!! ahahaha