Conduzindo bem a diferença no placar e atento nos rebotes – mais que o dobro dos adversários, o Bauru Basket venceu Limeira por 99 a 79, no ginásio da Luso. A vitória era importantíssima (e obrigatória) na caminhada do time neste NBB, mas não prometia ser fácil – principalmente pelos desfalques de Pilar e Douglas Nunes. Mas, com noite inspirada de Larry Taylor (mais uma…), a vitória foi folgada.
O Alienígena anotou TRIPLO-DUPLO – o terceiro dele no NBB (segundo nesta temporada), com 24 pontos, 10 rebotes e 10 assistências. Mais tarde volto com aspas do jogo. Curta as fotos no post abaixo.
Atualizado: a torcida FÚRIA está promovendo uma rifa para levantar grana para viajar até Franca e marcar presença no Jogo das Estrelas. Vale a pena dar uma força. Uma camisa autografada por todos os jogadores – e pelo Guerrinha – está entre os prêmios. Se quiser participar, basta procurar o FELIPE COELHO LOPES (o moço da foto aí do lado!) no jogo de sábado. Ah! E a torcida mandou muito bem ao gritar ‘FICA, ITABOM!’ durante o jogo. Deve ter sensibilizado Pedro Poli… Vontade a ele não falta, apaixonado que é pelo basquete bauruense. Estamos todos na torcida. Esse time carrega o nome de Bauru Brasil afora, não pode parar.
Atualizado 2: seguem os papos com Larry Taylor, o craque do jogo (do campeonato, do ano, de sempre) e Guerrinha.
LARRY TAYLOR, O CARA
É seu terceiro triplo-duplo na história do NBB, recorde nesse quesito. Por isso você sai tão suado da quadra… e melhor: contra um adversário forte.
Eu corri muito, a bola vinha na minha mão e no jogo anterior ela não estava caindo. Dei cento e dez por cento no jogo, que era muito importante pra gente. Fiz meu máximo. E cada jogador tinha que fazer um pouco mais, pois sentimos muito a falta do Douglas e do Pilar.
A Liga das Américas está chegando e com ela a volta da Panela. Você já deve ter ouvido falar da energia daquele lugar…
Todos falam que é um lugar muito bom. Estou ansioso para esse momento, mas também vou sentir muita falta da Luso.
(Para quem não é de Bauru, vale relembrar: Larry é entrevistado em PORTUGUÊS, perguntas e respostas. Tomara que vá para Londres defender o Brasil!)
GUERRINHA
Como está programada a adaptação dos jogadores à Panela de Pressão? [pergunta do colega João Paulo Benini, do Jornada Esportiva]
Vamos treinar lá na segunda [dia 5], terça, quarta vamos para Franca. Quem vai ficar para o All-Star Game fica até sábado treinando lá, quem não for treinará aqui com o Hudson na quinta e na sexta. Nessa semana já estaremos em casa.
Pilar e Douglas estarão prontos para a Liga das Américas? [ainda o JP, sempre mandando bem]
A expectativa é contar com eles a partir da semana que vem. Mas contusão é igual dívida: só pode contar com o dinheiro hora que ele cai. Enquanto eles não entrarem e jogarem, não podemos contar com eles. Esse período sem eles foi até bom para desenvolver o time de outro jeito. Que pena que perdemos jogos importantes… Se fosse como hoje, que quem entrou foi bem, haveria um ganho, pois mostra a força do elenco. Temos um jogo muito importante sábado, contra Araraquara. Ganhando, definitivamente não seremos oitavo. E começamos a brigar para ficar entre sexto e sétimo, possivelmente um quinto lugar, que vai depender de Uberlândia, que caiu muito no campeonato.
[Agora eu] Guerrinha, te confesso que vim preocupado para esse jogo, pela fase, pelos desfalques. Mas o time se desdobrou e até construiu um placar folgado.
Eu tive o mesmo sentimento que você… Mesmo estando aqui no dia a dia, a gente tinha certeza de que era um jogo importantíssimo, um divisor de águas para voltar a ter energia positiva. As coisas estava ruins pra gente e, felizmente, o jogo de hoje resgatou tudo isso. Temos que pegar esse embalo e seguir adiante.
O ginásio não estava cheio, mas quem estava aqui gritou, apoiou, vaiou o adversário, fez o papel de sempre e ainda foi brindado pelo triplo-duplo do Larry.
A gente sabe que tem uma parte da torcida que vem em função das vitórias. E uns vêm sempre, para apoiar. Com todo time é assim. Quando ganha empolga mais, jogos importantes, playoffs… É normal. Mas quem veio, fez como o time, se desdobrou. Torceu por dois e sentimos um calor muito grande, como se estivesse lotado.
E o Larry jogou por três…
Como sempre!
O Andrezão respondeu bem à responsabilidade como titular, certo?
Sim! Ele, o Gaúcho, o Gui contribuiu muito… A bola do Fischer voltou a cair, o Jeff, enquanto pôde jogar – em função da estatura deles – jogou bem.
Há algo de diferente nos treinos às vésperas da Liga das Américas? Está estudando adversários? Como você está preparando o time para esse grande momento da história do projeto Bauru Basket?
Nesse nosso momento, não há como pensar nos outros. Estou me desdobrando dentro e fora da quadra, como técnico, dirigente, só está faltando jogar. Nossa diretoria está muito reduzida e estou ajudando muito o Joaquim e o Vitinho fora da quadra, na organização da Liga das Américas. Sei das características dos times, dos jogadores, mas até o All-Star Game estamos focados no time, principalmente nos jogos de sábado e contra Franca. Aí passaremos a focar a Liga. Mas tudo isso que estamos passando está sendo útil para fortalecer o time.
Você foi escolhido para comandar o time do NBB Brasil no Jogo das Estrelas. Com um peso grande do voto dos seus colegas treinadores, um reconhecimento, além de capitães e imprensa. Comente esse privilégio.
Fiquei muito feliz, mesmo. Nas últimos três edições perdi batendo na trave! Fiquei feliz por ser escolhido por pessoas que jogam contra mim, isto é, o adversário sente que eu tenho valor. Fui muito bem votado e, com certeza, para minha carreira é como se eu estivesse representando a Seleção Brasileira. Fiquei muito orgulhoso por ter sido escolhido pelos colegas.